Histórico de actividades 2011
- 10-12-2011 - Luisa Dacosta no almoço de Natal
- 03-12-2011 - De Freixo à Maia - Guerra Junqueiro e Luís de Magalhães
- 03-12-2011 - Visita Cultural a alguns espaços emblemáticos do Porto
- 20-11-2011 - Visita à Casa da Música
- 11-11-2011 - S. Martinho "com castanhas e vinho"
- 21-10-2011 - Entrega dos prémios escolares do concurso literário
- 08 e 09-10-2011 - Visita Cultural a Cascais e Sintra
- 01-10-2011 - Dia Mundial da Música
- 24-09-2011 - Visita Cultural ao Douro Vinhateiro
- 12-08-2011 - Património Cultural Imaterial
- 09-08-2011 - Dia Internacional dos Povos Indígenas
- 02-07-2011 - Convívio em Favões
- 17-06-2011 - À mesa com Eça de Queirós
- 17-05-2011 - Maio mês do coração
- 28 e 29-05-2011 - Visita a Foz Côa e Freixo
- 15-04-2011 - 1º aniversário do Clube
- 07-04-2011 - Dia Mundial da Saúde
- 26-03-2011 - Visita à Fundação Castro Alves e Museu do ouro
- 18-03-2011 - 3º Serão Cultural: análise do conto de Miguel Torga: "O alma grande"
- 11-03-2011 - Dia Mundial da Mulher
- 21-02-2011 - Dia Internacional da Língua Materna
- 18-02-2011 - 2º Serão Cultural: análise do conto de Miguel Torga: "Destinos"
- 30-01-2011 - Visita à Citânia de Sanfins e Almoço-convívio com a Confraria do Capão de Freamunde
- 28 e 29-01-2011 - Primeiro encontro de Clubes e Centros UNESCO de POrtugal
- 08-01-2011 - Visita ao Mosteiro de Tibães
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10-12-2011 - Luisa Dacosta no almoço de Natal
O clube UNESCO da Maia celebrou o Natal
Perante largas dezenas de associados, simpatizantes e convidados, o almoço de Natal foi oportunidade para boa disposição, convívio e cultura.
Apraz recordar que o paradigma adoptado foi o habitual nos eventos do clube: relevância para a cultura do espírito.
Assim, o tema aglutinador desta festa de Natal foi a obra da escritora Luísa Dacosta, convidada especial para este convívio. Também o clube, tal como os Magos da obra: "Os magos que não chegaram a Belém", percorre caminhos, em demanda de objectivos em que acredita, perspectivando percursos de verdade, guiados pela luz de esperança, da paz entre todos.
Após o almoço, no qual a gastronomia natalícia portuguesa, transmitida ao longo de sucessivas gerações, fez o regalo ao gosto, passámos àquilo que consideramos o ponto elevado deste convívio: a comunicação da escritora Luísa Dacosta.
E neste campo, poderemos afirmar quão gratificante foi o encontro com a autora dos Magos que não chegaram a Belém. Estruturou a sua brilhante comunicação sobre o valor da palavra, referiu a dinâmica estrutural dos provérbios e aflorou o espírito do Natal. Após a resposta a questões levantadas pelos presentes sobre a obra da escritora, seguiu-se a sessão de autógrafos, em que os mais pequenos tiveram lugar privilegiado, pois, como sabemos os livros que Luísa escreveu para eles fazem parte do Plano Nacional de leitura.
Foi entregue a todos os presentes um exemplar da obra: "Moinhos do Leça", edição do Clube.
Na intervenção de Natal, o professor Raul da Cunha e Silva centrou a sua comunicação na doutrina do caminho e da luz "Afinal se se estava no Natal que é caminho e luz, se se ia recordar os magos que não chegaram a Belém, era oportuno ter presente os caminhos que todos trilhamos nos nossos percursos de vida. Deixou clara a importância dos caminhos, seja nos povos nómadas, seja nos semitas do deserto, seja no homem que, um dia, sentirá a necessidade de escolher o seu destino."
Poderemos afirmar que o clube Unesco , ao celebrar o seu segundo convívio natalício, o viveu com alegria, sã camaradagem e sentido de partilha e de amizade.
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03-12-2011 - De Freixo à Maia - Guerra Junqueiro e Luís de Magalhães
Artigo publicado no Jornal Maia Hoje
De Freixo à Maia - Guerra Junqueiro e Luís de Magalhães
Quem desconhecer a vida e obra de Luís de Magalhães não conhece Guerra Junqueiro.
Efectivamente, estes dois vultos da geração de 70 foram grandes amigos e cúmplices em situações diversas.
O conselheiro Luís de Magalhães nasceu em Lisboa, mas adoptou a Maia - Moreira da Maia - como segunda terra natal, onde passou a viver depois do casamento. Junqueiro nasceu em Freixo e foi nesta terra acolhedora, de clima agreste, que cresceu. Terra para viver ou um santo ou um bandido. Terá sido também esse clima que moldou o seu temperamento. Contundente, ríspido, mordaz, destemido, altruísta, mas também um homem apaixonado: Não há diferença nenhuma/ em nossas almas, eu creio/Que foram feitas só de uma/ Que Deus dividiu ao meio. (Quadra inédita de Junqueiro, dedicada, certamente, a Filomena, sua mulher por quem tinha grande estima).
A Quinta do Mosteiro, em Moreira, foi local de encontro dos maiores valores da cultura portuguesa de então. A correspondência entre Eça, Junqueiro e outros vultos ligadas às letras e Luís de Magalhães constitui um espólio monumental, muito do qual ainda não estudado.
Guerra Junqueiro e Luís de Magalhães estiveram sempre muito atentos aos movimentos políticos que os novos ventos impunham e vão cruzar-se em situações várias. Apesar de perfilharem diferentes formas de governo objectivaram, contudo, quer um, quer outro, um País moderno, a exemplo de outros países da Europa.
A contextualização dos seus ideais e actuações políticas é imprescindível para podermos inferir intenções, perscrutar ideais, tirar conclusões. O Portugal de então exigia mudanças. E é num contexto sociopolítico e cultural muito próprio que vão actuar, agindo em contextos políticos antagónicos (o conselheiro foi monárquico durante toda a vida; ministro de João franco, ministro dos estrangeiros da "Junta Governativa do Reino", no governo de Paiva Couceiro, muito próximo do rei deposto, D. Manuel, com quem troca vasta correspondência. O "o poeta da República" nunca se desviou dos seus ideais republicanos e foi uma figura incontornável da República).
Nesta breve análise, cabe aflorar relações de amizade e de entreajuda entre o freixiense e o maiato de Moreira. Sublinhem-se alguns dados: Luís de Magalhães é o amigo que salva Junqueiro de ir para a eternidade com a cabeça partida, aquando da publicação de: "A Velhice do Padre Eterno"; é o responsável pela publicação da 4ª reedição de: "Pátria"; é a quem Junqueiro faz o testamento literário para a publicação de "Prometeu libertado".
Por sua vez, Junqueiro está muito presente, aquando da prisão de Luís de Magalhães, em 1919, em nome d´uma velha amizade. É também Junqueiro, homem da República, de incontornável prestígio, que não se poupa a esforços para que a amnistia para com os "revoltosos" da " Monarquia do Norte" se concretize.
A propósito da publicação de "A Velhice do Padre Eterno":
Logo que esta receba peço-lhe o obséquio de ir procurar o Leitão e dizer-lhe da minha parte que a velhice do Reverendo Omnipotente não pode ser posta à venda no dia 20, A razão é simples. No dia 19 vou a Braga e daí para o Porto. Ora se o livro aparecesse no dia 18, arriscava-me a ir a Braga para a Eternidade com a cabeça partida por algum hissope. (Carta de Junqueiro a Luís de Magalhães).
Na reedição de "Pátria" há a preocupação de Luís de Magalhães em que seja Junqueiro a corrigir com o seu punho ou por sua mão o novo texto da obra (conforme correspondência de Luís de Magalhães a Junqueiro), e muito ao contrário de outros críticos, a propósito da modificação do texto original, escreve: «. pois nada marca melhor um carácter do que o público reconhecimento dos erros próprios (.) quis expurgá-lo de tudo o que se lhe afigurou uma injustiça ou uma ofensa para aqueles que cruelmente crivara de dardos agudíssimos na sua terrível ironia».(1)
Pelo punho de Junqueiro, podemos ler: Este esboço do Prometeu libertado deve publicar-se logo em seguida ao caminho do céu, com um prefácio de Luís de Magalhães.
O prefácio de "Prometeu Libertado" é um prefácio extenso, explicativo das intenções do "Mestre", e é, também, um acto de gratidão pela deferência da escolha de Junqueiro:"
«À morte de Guerra Junqueiro foi encontrado o manuscrito, que ele levara consigo para Lisboa, e em cuja página de guarda havia, como num codicilo de testamento literário (...) Era a confirmação do honrosíssimo encargo e era ainda, na ligação do meu nome aquela obra tão amada do Mestre e que ele, infelizmente, nos deixa mais em sonho do que em realidade, uma última demonstração d'uma velha amizade que tão solícita, dedicada e carinhosa se me havia provado n'um lance político da minha vida em que eu ficara do lado dos vencidos e ele do dos vencedores».(2)
Curiosa a análise que Luís de Magalhães faz da conclusão de "Prometeu libertado. ".Só em Deus - no amor, na renúncia, no sacrifício, na solidariedade humana - está o bem (...) só na esfera espiritual está a liberdade".Seria esta a conclusão que Junqueiro pretendia se tirasse.
Efectivamente, a obra de Junqueiro, tão estudada, neste 1º centenário da República, ficaria mais completa se conhecêssemos melhor a obra de Luís de Magalhães, já que, como vimos, houve presenças imprescindíveis em momentos determinantes das suas vidas e um sentido de amizade e de entreajuda, apesar de ideais políticos tão dissemelhantes.
Síntese da comunicação realizada na Fundação Guerra Junqueiro, a 3 de Dezembro de 2011.
Lourdes Graça - direcção do Clube UNESCO da Maia1 MAGALHÂES, Luís, Campo-Santo, (coordenação de Miranda de Andrade), Braga, livraria Cruz, 1971, p.231 e 235.
2 JUNQUEIRO, Guerra, Prometeu libertado, Porto, Livraria Chardron, 1926, p.10. -
03-12-2011 - Visita Cultural a alguns espaços emblemáticos do Porto
Na manhã do dia 3 de Dezembro foi realizada uma visita cultural a alguns espaços emblemáticos do Porto.
A partir do Jardim de S. Lázaro, ou antes Marques de Oliveira, que percorremos e cuja história ficámos a conhecer, observámos a Biblioteca Pública Municipal do Porto e o Colégio de Nossa Senhora da Esperança tendo em atenção alguns pormenores curiosos e ouvindo ler textos de Alberto Pimentel, Eugénio de Andrade e Aarão de Lacerda a propósito do Jardim e do ambiente que o cerca. Seguimos pela Avenida Rodrigues de Freitas em direcção à Rua de Entreparedes passando pela Rua do Duque de Loulé para observar o palacete Bijou. Na Rua de Entreparedes foram referenciados alguns edifícios relacionados com a história da Cidade. De seguida, na Praça da Batalha, falámos da sua história e de alguns edifícios que a definem, bem como da estátua de D. Pedro V. Foram lidos textos de Alberto Pimentel e de Júlio Dinis.
Antes de entrarmos na Rua de 31 de Janeiro assinalámos o obelisco outrora aí existente e que ainda se encontra escondido ao lado da Igreja de Santo Ildefonso.
Na Rua de 31 de Janeiro houve uma chamada de atenção para algumas lojas e para a sua importância arquitectónica. Foi dado particular relevo à história do Teatro Baquet, construído no local que depois foi o dos Armazéns Hermínios, também já desaparecidos.
Chegados à Praça da Liberdade, falou-se da sua génese, observámos os principais monumentos e fizemos uma análise muito particular da estátua de D. Pedro IV, recordando os Mártires da Liberdade. Também aqui foi lido um texto de Alberto Pimentel que retrata o ambiente neste local, em pleno século XIX.
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20-11-2011 - Visita à Casa da Música
Artigo publicado no Jornal Maia Hoje
Clube UNESCO da Maia visitou Casa da Música
O Clube UNESCO da Maia persegue os seus objectivos estruturais e culturais interagindo na comunidade e fora dela para proporcionar momentos de cultura e de lazer e foi por isso que, no dia 20 de Novembro, realizou uma visita de estudo à Casa da Música com o objectivo de assistir ao concerto "Fala-me dos Sopros", da Orquestra Sinfónica do Porto da Casa da Música.
De acordo com Ana Alice, do Clube Unesco, foram «momentos de enlevo, mas também de formação artística e musical, já que os associados e simpatizantes do Clube Unesco da Maia tiveram oportunidade de conhecer a família das madeiras, com as flautas, oboés, clarinetes e fagotes, e a família dos metais, com as trompas, os trompetes, os trombones e as tubas, e de sentir como se combinam e que timbres exploram».
Na primeira parte do concerto o grupo ouviu a Sinfonia nº1 de Beethoven, reescrita para sopros e contrabaixo e na segunda parte uma obra moderna, Gran Duo para Sopros, de Magnus Lindberg.
Trata-se de um grupo de executantes invulgar que transmitiu aos assistentes uma nova forma de sentir e compreender a música, devido à «transformação efectuada na obra já conhecida de Beethoven, na qual as melodias da sinfonia estavam totalmente presentes e puderam ser apreciadas na sua total simplicidade», referiu Ana Alice.
A segunda parte transmitiu a evolução musical dos últimos anos, numa obra escrita propositadamente para instrumentos de sopro.
Assim decorreu mais uma acção cultural organizada pelo Clube Unesco da Maia. Ana Alice termina salientando que «quanto mais cultos formos, mais progressiva é a aculturação de todos».
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11-11-2011 - S. Martinho "com castanhas e vinho"
O Clube UNESCO da Maia comemorou S. Martinho.
No dia 11 de Novembro, associados e amigos do clube festejaram com muita alegria o dia de S.Martinho.
O evento começou com algumas actividades que se prendem com o património imaterial alusivo ao evento: adivinhas, jogos, provérbios, e também a dramatização da lenda do santo, da oferta da sua capa a um mendigo - tudo muito bem caracterizado por um grupo de associados. Após a ceia, a lembrar a época, a animação do dr.Normando e esposa e a concluir o tradicional bailarico. Registemos também os belos momentos de poesia, a propósito do tema do evento.
O presidente do clube, prof dr. Raul da Cunha e Silva, fez, na oportunidade, uma breve intervenção que assim se pode resumir:
S. Martinho, soldado romano, viveu antes de 476 (data da queda do império romano do Ocidente). Foi reconhecido, em 2005, pelo Conselho da Europa, como personagem europeia. Realçou a importância do santo na criação e difusão dos ideais da Europa.Recordar a sua vida, estudar os provérbios (o vinho, o pão, o porco, as castanhas, a água do moinho, a sementeira do cebolinho temas dos provérbios de S. Martinho) e adivinhas é manter vivo o património imaterial da humanidade.
S.Martinho divide o ano agrícola em duas partes: tempo das colheitas (verão.);tempo de testar as colheitas principais (início do inverno):
Em jeito de conclusão o presidente recordou a "colheita" do clube:
A publicação da obra: "Moinhos do Leça" e exposição de quadros e desenhos dos moinhos; o seminário sobre o 1º centenário da República; os serões com história; as viagens culturais, o 1ºaniversário; a entrega de prémios aos melhores trabalhos sobre a temática da UNESCO, que alguns alunos da escola secundária da Maia fizeram, foram algumas das muitas actividades levadas a cabo por este jovem clube.
E a sementeira, a fazer para os próximos tempos: a festa de Natal, a conferência na fundação Guerra Junqueira sobre as relações entre o maiato por adopção, conselheiro Luís de Magalhães, e o transmontano Guerra Junqueiro, no dia 3 de Dezembro. Afirmou, finalmente, que a planificação do próximo ano está concluída e que, oportunamente, será tornada pública.
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21-10-2011 - Entrega dos prémios escolares do concurso literário
Promover a investigação sobre os principais objectivos e filosofia da UNESCO
No dia 21 de Outubro, de acordo com o estabelecido na planificação do clube UNESCO da Maia de 2011, procedeu-se à entrega dos prémios escolares relativos ao concurso literário, cujos objectivos eram: promover a investigação sobre os principais objectivos e filosofia da UNESCO.
Direccionou-se este concurso apenas a alunos do 9º ano da Escola Secundária da Maia, dado o seu carácter experimental. O júri constituído para o efeito (sócios do clube e professores da escola) procedeu à seriação dos candidatos. Assim, atribuiu os três primeiros prémios aos seguintes alunos: Daniel Brusaca, Ana Rita Nunes e Marcelo Laínho, aos quais foi entregue um cheque-fnac, no valor de 150; 100 e 50 euros, respectivamente para o 1º, 2º e 3º prémios. Aos restantes concorrentes foi também entregue, além do diploma de participação, o livro: "Moinhos do Leça", editado pelo clube.
A mesa desta sessão era constituída pela Dra Helena Fonseca, directora da escola; prof. Raul da Cunha e Silva, presidente do clube UNESCO da Maia; Dr Óscar Bártolo, vice-presidente do clube, Dr Paulo Melo, presidente do Conselho Geral da escola, Dr Alberto santos, vice-presidente da FAPMAIA - Federação das Associações de Pais e Encarregados de Educação do concelho da Maia.
Releva-se neste evento a presença dos alunos do 9º D, sob a orientação da professora Elisabete Costa, que adaptaram o conteúdo da obra: " As mais belas coisas do Mundo ", de walter hugo mãe, aos pressupostos do Acto Constitutivo da UNESCO: "Se a origem da guerra está na mente humana é na mente humana que tem de ser combatida, através da ciência, cultura e investigação".
Das intervenções salientou-se a do prof Raúl que enfatizou a importância da investigação, proferindo: "É andando que se aprende a andar. É estudando que se aprende a estudar. É investigando que se aprende a investigar." A Drª Helena Fonseca congratulou-se com a iniciativa e importância deste acto, tendo mostrado disponibilidade para continuar a colaborar com o clube. Por sua vez, o Dr Paulo Melo afirmou que a biblioteca estará sempre disponível a colaborar com actividades culturais. O prof. Esteves Rei, secretário da Assembleia do clube, realçou a importância da atribuição de prémios de mérito, numa escola de massas.
E porque a música é uma arte sublime, imprescindível numa cerimónia deste género, o associado e professor da escola, Domingos Mateus, encerrou o evento com um momento musical, acordes de guitarra.
Ana Alice Cunha e Lourdes Graça
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08 e 09-10-2011 - Visita Cultural a Cascais e Sintra
Cascais e Sintra foram os destinos que o Clube escolheu para a visita de estudo do mês de Outubro.
Assim, nos dias 8 e 9, 25 associados do clube rumaram a sul, em demanda de uma parte muito particular do Património - Sintra e Cascais.
Em viagem, prestaram-se algumas informações sobre factos ligados à História e à Literatura.
Assim, na região do Vouga, lembrou-se a importância desta região, na defesa da República, particularmente em 1919, aquando da denominada Monarquia do Norte. Referiu-se também o papel da imprensa local, concretamente o conhecido " Povo de Aveiro", não esquecendo a distinção desta cidade na atribuição do grau de oficial da ordem de Torre e Espada, do Valor, Lealdade, e Mérito, concedida a Aveiro, pelo decreto nº 5: 262.
Cascais surpreendeu-nos por motivos diversos: a sua paisagem; o crescimento da vila, outrora terra de pescadores; a preferência de monarcas e de aristocratas pelas águas que a bordejam. Nos dias de hoje, apetite das pessoas com posses, transformaram esta vila num grande aglomerado populacional.
Lembrou-se a figura de D. Carlos, que juntamente com D. Luís ajudou a projectar a "vila da corte". D. Carlos era um homem apaixonado pelo mar e em Cascais fizeram-se muitas regatas.
Em Cascais recordamos as estadias de Eça de Queirós, hóspede no Hotel Globo, em casa do seu amigo, o Conde da Arnoso, as cartas aqui escritas para a sua esposa D: Emília de Castro Pamplona, e ainda a missa de sétimo dia aqui celebrada.
Eça é o crítico da alta burguesia lisboeta dos finais do séc. XIX em romances como: O Primo Basílio e Os Maias . De Cascais, pôde observar o modo como esta camada social vivia, visto a corte, a partir de meados do séc. XIX, ali se ter fixado para veraneio. Na sua produção literária, nomeadamente nos romances acima referidos, Cascais, Seteais, Sintra e Colares são espaços privilegiados.
Espaços emblemáticos que visitámos nesta vila: o Museu Castro Guimarães, o Museu Paula Rego, O Palácio Nacional; o Palácio de Sintra.
Falou-se da dificuldade de definir os termos romântico e romantismo, dado que este movimento adquiriu características próprias, segundo as circunstâncias locais e ocasionais. Foram dadas as seguintes definições: movimento intelectual e artístico ocidental, surgido no final do séc. XVIII tanto na música como na literatura e artes plásticas. O romantismo constitui uma tomada de consciência e uma conquista dum senso histórico e dum senso crítico novo aplicado aos fenómenos da cultura.
Enumeraram-se as circunstâncias políticas, económicas e sociais associadas a esse "mal du siècle". Definiu-se também a psicologia do homem romântico: o culto do "eu", a ânsia de liberdade, o espírito idealista e o choque com a realidade. Concluímos que o romantismo foi a revolta contra a autoridade e a ortodoxia literárias.
Focámos também o processo de instauração do romantismo em Portugal, isto é, o contexto sociopolítico em que surgiu: anos posteriores às invasões francesas, um tempo em que germinam os ideais liberais, guerra civil entre miguelistas e liberais, exílio de Garrett e Herculano. Garrett foi o criador da modernidade na prosa e na poesia, sobretudo com Viagens na Minha Terra e Folhas Caídas. Herculano com Lendas e Narrativas foi o criador do romance histórico.
O museu Castro Guimarães foi uma doação do seu proprietário, Manuel de Castro Guimarães, um palacete revivalista, devidamente mobilado com todos os pertences do seu proprietário.
Sintra oferece o que de mais belo o movimento romântico criou.
No Palácio da Pena relembrou-se a figura de D. Fernando II, 2º marido de D. Maria II e o seu sonho romântico, que por cima do antigo mosteiro, mandou edificar uma residência de verão. É uma obra colorida e eclética, onde se misturam, intencionalmente, diversos estilos, bem ao gosto do estilo romântico.
Sublinhou-se a presença dos últimos reis de Portugal, o papel de D. Carlos e da Rainha D. Amélia, bem como os últimos momentos da monarquia aqui vividos pela rainha.
No museu do mar, a presença de D. Carlos sentia-se de forma intensa. A exposição de pinturas do penúltimo monarca português a todos surpreendeu.
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01-10-2011 - Dia Mundial da Música
A Orquestra como paradigma das organizações humanas
Numa organização do Clube UNESCO da Maia, com o alto patrocínio da Câmara Municipal da Maia e da Associação empresarial da Maia, realizada no passado dia 1 de Outubro, Dia Mundial da Música, Victor Dias, proferiu no Fórum Jovem da Maia, uma conferência que abordou as relações interpessoais e os métodos de trabalho de uma das mais eficientes organizações humanas.
Para Victor Dias, "o paradigma da orquestra, tenha ela uma dimensão de Câmara, Clássica ou Sinfónica, radica no facto do seu sucesso, depender fundamentalmente das pessoas, ou seja, dos músicos e do seu Maestro".
Segundo o conferencista, "instrumentos, partituras, estantes, iluminação, cadeiras, sala de concertos, são aspectos importantes para a sua produção artística, mas não deixam de ter uma função secundária, porque o que é verdadeiramente importante e está sempre em primeiríssimo plano, são as pessoas, os instrumentistas e o seu líder".
Victor Dias afirmou: "numa orquestra o todo é muito mais do que a soma das partes, equação que só um excelente Maestro consegue resolver na perfeição. É o líder que explora, valoriza e integra os desempenhos individuais de excelência e virtuosismo, para enriquecer a performance do conjunto. O Maestro é um género de líder cuja autoridade é reconhecida na superioridade do seu conhecimento e experiência, tornando-se consentida. São essas qualidades que lhe permitem pedir a cada músico, a cada naipe, secção ou a toda a orquestra que lhe dê tudo quanto ele lhes pede, no tempo e no modo solicitados".
Numa visão que integra alguns dos contributos teóricos de um dos maiores gurus da gestão, Peter Drucker e que vai na senda das experiências levadas a cabo, com sucesso, pelo Maestro, Benjamin Zander, a apresentação de Victor Dias, tocou áreas como, a Sociologia das Organizações, a Música e a Comunicação, num discurso fluente e cativante, ricamente ilustrado pela projecção de vídeos cujo conteúdo facilitava imenso a compreensão dos conceitos abordados, além de proporcionar momentos de pura fruição intelectual.
Ao longo de quase uma hora, Victor Dias, conseguiu manter intacta a atenção e interesse da sala, completamente lotada por um público de alta qualidade, constituído por empresários, gestores, altos quadros técnicos, músicos e pessoas de Cultura.
A presidir o momento solene de abertura da conferência esteve o Vereador do Pelouro da Juventude da Câmara Municipal da Maia, Hernâni Ribeiro, o Presidente do Clube Unesco da Maia, Raul da Cunha e Silva, o Presidente da Assembleia Geral da Associação Empresarial da Maia, António Ambrósio e o Vice-Presidente da FAPMAIA, Alberto Santos.
Entre os presentes contavam-se ainda alguns autarcas e jovens estudantes de Música. e associados do clube UNESCO da Maia.
Numa referência global aos trabalhos, o presidente do Clube UNESCO da Maia agradeceu a presença de todos os intervenientes, louvou a competência do Dr. Víctor Dias e a sua brilhante comunicação, bem patente no seu currículo que foi lido publica- mente.
Recordou ainda que o dia mundial da Música era tributária da UNESCO tendo como objectivos:
- Promover a música em todo os estratos da sociedade;
- Aplicar os ideais da UNESCO como a paz, a cultura entre as pessoas e as sociedades;
- Desenvolver a educação, os valores artísticos e religiosos da humanidade.Raúl da Cunha e Silva
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24-09-2011 - Visita Cultural ao Douro Vinhateiro
No dia 24 de Setembro o Clube UNESCO fez uma visita cultural ao Douro vinhateiro, património Mundial da UNESCO.
Iniciou-se a viagem em Campanhã, onde tomámos o comboio até à Régua. De autocarro chegámos a uma quinta que produz o vinho do Porto.
Foram muitos os elementos patrimoniais que queremos registar: As canções populares da região , sabiamente cantadas e dançadas por um grupo etnográfico; o almoço, cuja ementa reproduziu a comida dos camponeses na faina das vindimas; depois a pisa das uvas ( depois do mosto ter levantado a manta); ou a colheita dos galelos que ficaram propositadamente esquecidos e que fizeram a delícia de quantos quiseram entrar nas vinhas e saborear os bagos de uva que, ao tempo, já muito doces.
Foi entregue um pequeno dossier com aspectos gerais da cultura do vinho do Porto e a sua história.
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12-08-2011 - Património Cultural Imaterial
Artigo publicado no Jornal Maia Hoje
A 17 de Dezembro de 2003 a UNESCO, reunida em Paris, aprova a convenção para a salvaguarda do Património Cultural Imaterial da Humanidade.
Trata-se de um documento da maior importância para a promoção e defesa de valores e de culturas fundamentais, para a definição e conservação da identidade do homem, das comunidades locais, regionais, nacionais e internacionais.
Antes de mais, devemos definir o que a UNESCO entende por valores culturais imateriais. De uma maneira geral, podemos dizer, seguindo muito de perto o artigo 2º da Convenção para a Salvaguarda do Património Cultural Imaterial, que são as práticas, representações, expressões, conhecimentos e competências, bem como objectos, espaços culturais a eles associados.
São transmitidos de geração em geração, recriados e adaptados incessantemente, interagindo sistemicamente com as comunidades envolventes, garantindo- Ihes a sua continuidade e identidade. Estão na base do multiculturalismo, do multilinguismo, dos ritos e memórias que constituem em parte a nossa identidade.
A semântica do património cultural imaterial inclui tradições e expressões orais, como, por exemplo, a língua materna, práticas sociais, rituais e actos festivos, artes do espectáculo, técnicas artesanais.
É um vasto universo de investigação que o artigo 14º da Convenção indica como devendo ser concretizado através de programas educativos, de sensibilização e difusão perante o público e, sobretudo, perante os jovens.
Ter o público informado das ameaças ao património imaterial, lutar pela sua conservação e apoiar as actividades de quantos trabalham na sua defesa é um dos imperativos categóricos da UNESCO na era da globalização.
O Clube Unesco da Maia iden tifica-se amplamente com estes objectivos.
Tem trabalhado, como prometeu no acto da sua constituição, em 15 de Abril de 2010, numa cerimónia a todos os títulos memorável, debruçar-se sobre o património cultural imaterial a nível local, regional, nacional e internacional.
Palestras, seminários conferências, visitas de estudo, bem como, o recente trabalho «Moinhos do Leça», volume 1º, eo2ºjá em preparação inserem-se no vasto elenco de memórias que urge estudar.
As bibliotecas, os museus, verdadeiros guardadores de memórias, as feiras medievais que reconstituem a vida de outros tempos, eis alguns exemplos da análise do património imaterial.
É que muito do que considera-mos presente não passa de afloramentos de um passado longínquo, em certos casos, bem anterior à nacionalidade.
A concluir não podemos deixar de louvar o seminário sobre o património imaterial e memória da Área Metropolitana do Porto que se realizará nos dias 20 e 21 de Outubro, no Centro Cultural de Vale de Cambra.
Raúl da Cunha e Silva
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09-08-2011 - Dia Internacional dos Povos Indígenas
Artigo publicado no Jornal Primeira Mão
A Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos dos Povos Indígenas, adoptada pela Assembleia-geral em 2007, visa defender os direitos humanos, as culturas, os sistemas de valores e inserção dos Indígenas no tempo da globalização.
As populações indígenas têm preservado uma vasta quantidade da história cultural da humanidade. Falam a maioria das línguas mundiais e vão-nos transmitindo conhecimentos, formas artísticas e tradições religiosas e culturais, importantes na evolução do fenómeno humano e na civilização.
O primeiro relatório da ONU sobre o Estado dos Povos Indígenas do Mundo, de janeiro de 2010, apresentou estatísticas alarmantes. Em alguns países, povos indígenas estão 600 vezes mais vulneráveis à tuberculose que o resto da população. A expectativa de vida de uma criança indígena é 20 anos inferior à dos seus compatriotas não indígenas.
Embora haja governos a combater e a reparar as injustiças económicas e sociais, restam ainda povos indígenas vítimas do racismo, com saúde precária e pobreza injusta. São cerca de 370 milhões espalhados por 70 países.
Em muitas sociedades, suas línguas, religiões e tradições culturais são estigmatizadas e rejeitadas. E contudo, a diversidade das línguas é importante para a humanidade, porque cada língua reúne um conjunto de conhecimentos de um povo e de saberes únicos. Por isso, a perda de qualquer língua é, antes de tudo, uma perda para toda a humanidade.
O tema do Dia Internacional dos Povos Indígenas deve servir para reflectir e melhorar substancialmente a situação dos povos indígenas na área da economia, da saúde, da escolarização e na posse dos instrumentos culturais das outras civilizações.
O estudo desses povos na área religiosa, cultural, ritual e mesmo em medicinas alternativas contribui para a riqueza da humanidade. O que eles são representa um estádio civilizacional que nós já percorremos e abrem-nos janelas para suas comunidades, culturas e história. Seus trabalhos remetem-nos para sistemas de fé e filosofias, para mitos, ritos e crenças que já foram de todos os povos.
Raúl da Cunha e Silva
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02-07-2011 - Convívio em Favões
No dia 2 de Julho, os associados do Clube UNESCO da Maia confraternizaram, mais uma vez na quinta de Favões, propriedade de uma associada. Além da gastronomia própria da região, os convivas tiveram a oportunidade de jogar jogos tradicionais.
Fizeram-se também caminhadas num belo dia de sol, saboreando a beleza dos campos tão bonita nestas regiões.
Os mais jovens deliciaram-se com os mergulhos na piscina da quinta
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14-07-2011 - À mesa com Eça de Queirós
No dia 17 de Junho 50 associados estiveram sentados "À mesa com Jacinto e Zé Fernandes", na Estalagem da Via Norte para reviver e degustar o Jantarinho de Suas Incelências tal-qualmente vem descrito na Cidade e as Serras de Eça de Queirós.
A ementa que muito apreciámos era semelhante à de Tormes.
Além da convivialidade e da alegria que resulta da presença dos associados e amigos, das favas, do frango e da moçoila que era um pitéu, usufruímos da teatralização do jantarinho e da viagem e peripécias que ocorreram durante o percurso de Paris a Tormes.
E não só.
Um sketch sobre a ceia em Tormes e o Baile cultural e escultural da nossa gente dançarina ao estilo da época (século XIX) enriqueceu abundantemente o esforço e a apreciação de todos.
Na minha intervenção reafirmei a necessidade de continuarmos a prosseguir o nosso caminho. Caminhar subindo degraus. Esta marcha é vertical. Quanto mais se sobe, mais se afasta de baixo e se aproxima do alto. Mas ao subir abrem-se janelas que nos mostram um horizonte mais vasto, espaços onde nos apetece chegar e vamos chegando. Configuram-se aqui as nossas grandes coordenadas. O movimento ascensional mais alto; o horizonte mais longe.
Tal é o paradigma do Clube UNESCO da Maia.
Raúl da Cunha e Silva
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14-05-2011 - Maio mês do coração
Artigo publicado no Jornal Maia Hoje
O Clube Unesco da Maia - CUMA associou-se à comemoração " Maio, mês do coração."
O grupo de saúde fez no dia 14 uma reflexão sobre a hipertensão que, por motivo de calendário, se realizou três dias antes do dia mundial ( 17 de Maio).
A jornada começou com a medição da tensão arterial a todos os presentes à qual se seguiu uma longa marcha pelo Parque da Cidade, em Avioso - Maia, com a finalidade de salientar a importância do exercício físico.
Posteriormente, jogaram-se jogos tradicionais portugueses cuja prática muito contribui para a cultura de uma mente sã num corpo são.
Na parte teórica desta acção pretendeu-se essencialmente focar a prevenção, eventuais factores condicionantes e consequências da hipertensão, bem como alguns conselhos gerais, individuais e colectivos, de vária ordem, a fim de melhorar o estado desta patologia, pois uma grande parte dos hipertensos desconhece sê-lo e a maioria dos doentes tratados não estão controlados, provavelmente por falta de aderência ao tratamento e à alteração dos hábitos adquiridos.
Factores condicionantes da hipertensão
Os hábitos alimentares
Foi apresentada uma introdução ao tema, focando como a alimentação é o factor que mais interfere na saúde, e que é, através dela, que obtemos os nutrientes para as funções vitais incluindo o crescimento e a reprodução. Tanto o exercício físico como o ambiente também são decisivos para uma boa saúde.
A roda dos alimentos foi o instrumento utilizado como orientação para uma alimentação equilibrada.+>
Roda dos Alimentos
É um instrumento de educação alimentar concebida para orientar as escolhas e combinações alimentares que devem fazer parte de um dia alimentar saudável.
É composta por sete grupos, com funções e características nutricionais específicas:
. Cereais , derivados e tubérculos - 28 %
. Hortícolas - 23 %
. Fruta - 20%
. Lacticínios - 18 %
. Carne, pescado e ovos - 5 %
. Leguminosas - 4 %
. Gorduras e óleos - 2 %Dentro de cada divisão que nos indica a proporção em que os vários grupos de alimentos devem entrar na nossa alimentação, estão reunidos alimentos nutricionalmente semelhantes entre si, para que possam ser regularmente substituídos, assegurando a variedade nutricional e alimentar.
No grupo dos Cereais e derivados e tubérculos existem hidratos de carbono, proteínas, vegetais, ferro, vitaminas e fibras.
No grupo das Carnes, pescado e ovos existem proteínas, vitaminas e minerais.
No grupo das Frutas existem vitaminas antioxidantes.
No grupo das Hortícolas, a sua função é regular a digestão, estimular as defesas orgânicas e promover o crescimento, porém são pobre em gorduras, proteínas e hidratos de carbono.
Quando o sistema imunitário não tem água é muito prejudicado, por isso deve-se beber dois litros de água por dia.
Hipertensão e uso do sal
Falamos sobre a relação da hipertensão e o uso excessivo de sal. Foram sugeridas alternativas para a sua redução. Apresentamos sugestões na escolha dos alimentos mais amigos, bem como as melhores alternativas para a sua confecção assim como algumas regras a seguir no dia a dia para que a qualidade seja uma realidade.Regras para uma boa alimentação
Tomar sempre o pequeno almoço
Variar o mais possível os alimentos
Não passar mais que três horas sem comer
Evitar alimentos com muito sal
Evitar alimentos açucarados ( bolos)
Evitar fritos ou alimentos com muitas gorduras
Consumir diariamente leite e derivados
Comer pelo menos três peças de fruta por dia
Comer legumes todos os dias
Comer sopa diariamente Comer peixe pelo menos quatro vezes por semana
Evitar bebidas alcoólicas
Beber muita água
Comer com calma mastigando bem
Exercício Físico(Extracto das comunicações do médico Mariano, das enfermeiras Olívia, Sebastião ,Edite)
Durante o almoço o presidente do clube referiu-se à efeméride e a enfermeira Rosinha declamou um poema alusivo ao dia. A terminar o grupo coral da Santa Casa da Misericórdia da Maia cantou para todos algumas peças do seu belíssimo repertório
Raúl da Cunha e Silva
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28 e 29-05-2011 - Visita a Foz Côa e Freixo
Cumprindo a calendarização do nosso clube, no dia 28 e 29 de Maio, fizemos uma visita cultural a Freixo. Além da prospecção do vasto Património, perspectivamos também realizar um serão cultural - o 4º da nossa planificação. Desta feita. Guerra Junqueiro - o poeta, o pensador, o político.
Esta actividade contou com a colaboração da Câmara Municipal de Freixo.
Várias intervenções de associados do nosso clube: Ana Alice Cunha, Lourdes Graça e Manuela Baptista, e também do Presidente da Fundação Guerra Junqueiro e do Vereador da Cultura.
A visita ao museu do Côa foi um dos momentos altos desta visita. Foi um regresso ao passado de nomadismo que nos deixou registos de modos de vida, maneiras de ser e de pensar de povos passados.
Permita-se-nos que registemos a gastronomia da região que, aliada ao acolhimento destas gentes fizeram desta visita uma das mais significativas.
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15-04-2011 - 1º aniversário do Clube
No dia 15 de Abril, o Clube UNESCO da Maia comemorou o seu primeiro aniversário.
Esta comemoração teve a presença do Senhor Embaixador, Fernando Andresen Guimarães, Presidente da Comissão Nacional da Unesco e da Doutora Anna Paula Ormech. Estiveram também presentes associados e convidados.
" Moinhos do Leça", obra editada pelo clube, foi apresenta nesse dia. Pretendeu-se, com esta publicação, cumprir um dos objectivos fundamentais da UNESCo, no que concerne à preservação do Património.
Sobre o mesmo tema foram desenhados os moinhos do Leça por associados e amigos. Estiveram expostos, a partir desse dia, no Fórum da Maia.A apresentação da obra esteve a cargo do professor Jorge Alves que na sua apreciação sublinhou a coerência interna do estudo; a oportunidade do tema tratado e ainda a metodologia e documentação que estiveram na base de estrutura da obra. Referiu-se à parte gráfica, muito importante como complemento informativo.
Seguiram-se as intervenções, das quais se destacam as palavras do senhor Embaixador, Fernando Andresen que se referiu à dinâmica do clube, tendo demonstrado o maior agrado pela publicação da obra atrás referida. Por sua vez, o Presidente do Clube traçou, em linhas gerais, as actividades desenvolvidas pelo Clube, neste primeiro ano de vida, registando um balanço extremamente positivo.
Foi retificado o protocolo do Clube no que diz respeito à sua duração.
Passou-se depois à visita da exposição de pintura, cuja abertura teve a participação muito agradável de "Os pequenos cantores da Maia".
O evento terminou com um jantar comemorativo deste primeiro aniversário do clube.
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07-04-2011 - Dia Mundial da Saúde
O Dia Mundial da Saúde é comemorado a 07 de Abril desde 1950, como forma de celebrar a criação da Organização Mundial da Saúde (OMS), em 1948. Desta forma, em cada ano a OMS aproveita a ocasião para fomentar a consciência sobre alguns temas chave relacionados com a saúde mundial.
Existem várias definições de Saúde mas a mais comum, difundida pela OMS, é sem dúvida "Saúde como um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não apenas ausência de doença".
Esta definição tem os seus méritos, mas provavelmente a segunda definição mais citada também pela OMS será a que mais se adequa aos nossos dias, "Saúde existe na medida em que um indivíduo ou grupo é capaz de, por um lado, realizar aspirações e satisfazer necessidades e, por outro, de lidar com o meio ambiente. " A Saúde é, portanto, vista como um recurso para a vida diária.
Esta é uma definição muito acarinhada pelos profissionais de saúde.
Na actualidade a saúde é entendida como sendo resultante de uma multiplicidade de factores a que se convencionou chamar "determinantes da Saúde " tais como:
- Ambiente social e económico;
- Ambiente físico e as características e comportamentos individuais;Segundo a OMS, os determinantes sociais da saúde são as condições em que as pessoas nascem, crescem, vivem, trabalham e envelhecem incluindo o sistema de saúde.
Assim a Saúde é mantida e melhorada, não só através da promoção e aplicação da Ciência em Saúde, mas também através de opções de vida inteligente do indivíduo e da sociedade.
Estudos que analisam a relação entre o estilo de vida e saúde, descobriram que as pessoas podem melhorar a sua saúde através do exercício físico, sono suficiente, mantendo um peso saudável, limitando o uso de álcool, e evitando fumar.
Relativamente aos factores ambientais, os que mais afectam a saúde é a qualidade da água especialmente para a saúde dos lactentes e das crianças em países em desenvolvimento.
Estudos há, que mostram ainda que em países desenvolvidos, a falta de espaços de lazer e de ambiente natural conduz a níveis mais baixos de satisfação, e níveis mais elevados de obesidade e, portanto, menos bem-estar geral.
Assim o ambiente físico é talvez o factor mais importante que deve ser considerado no estado de Saúde de um indivíduo. Isso inclui factores como a água potável, saneamento básico e limpeza urbana. Todos estes factores contribuem para uma melhor saúde da sociedade e indivíduos.
No Dia Mundial da Saúde 2011, a OMS alerta para o aumento da resistência aos antimicrobianos e para a necessidade de se implementarem medidas urgentes para a sua prevenção e controlo. Sob o lema «Resistência aos antimicrobianos: se não actuarmos hoje, não haverá cura amanhã», a Organização Mundial da Saúde chama a atenção para a importância de governos, decisores políticos, profissionais de saúde, farmacêuticos e doentes se comprometerem com a implementação de políticas e práticas que garantam a eficácia dos medicamentos que hoje são utilizados no tratamento de doenças infecciosas e reforçarem a prevenção e controlo da emergência de microrganismos resistentes.
O uso e abuso dos antimicrobianos nos últimos 70 anos, tem provocado o aumento de microrganismos resistentes a estes medicamentos, causando mortes, sofrimento, incapacidade e aumento de custos para o doente e sociedade.
A resistência aos antimicrobianos tem sido facilitada, alerta a OMS: pela falta de políticas de prescrição; devido à sua utilização incorrecta (em doses menores ou por menor tempo do que foi prescrito pelo médico), pela sua utilização no tratamento de doenças para as quais não são os mais indicados (por exemplo nas gripes e constipações); por práticas insuficientes de prevenção e controlo de infecções associadas à prestação de cuidados de saúde.
A resistência antimicrobiana ocorre quando microrganismos como bactérias, vírus, fungos e parasitas, sofrem alterações que os tornam resistentes aos medicamentos. Este fenómeno é preocupante, pois além da medicação se tornar ineficaz, há o risco de muitas das doenças infecciosas em especial o HIV/SIDA, tuberculose e paludismo se tornarem incontroláveis.
Olívia Ribeiro e José Ribeiro - profissionais de saúde - Clube UNESCO da Maia
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26-03-2011 - Visita à Fundação Castro Alves e Museu do ouro
Artigo publicado no Jornal Maia Hoje
O Clube Unesco da Maia levou a efeito, no dia 26 de Março, uma actividade cultural no sentido de reconhecer e valorizar as artes industriais, a literatura e a arquitectura.
Assim, um grupo de associados visitou, em Famalicão, a Fundação Castro Alves, em cujo museu apreciaram a beleza e perfeição de magníficas peças de cerâmica. Ana Alice Cunha, da Direcção do Clube UNESCO da Maia conta que «ficámos a saber da existência de um cidadão simples e honrado, Manuel Maria Castro Alves, já falecido que, com o seu trabalho criou esta fundação para proveito das gentes da sua terra».
Ainda em Famalicão, sentiram a presença de Camilo na sua casa em São Miguel de Seide. Ana Alice Cunha descreve que «em cada sala, quarto, biblioteca e cozinha como que impregnados pelos dramas e infortúnios ali vividos, fomos ouvindo a biografia de Camilo ao mesmo tempo que eram referidas passagens da sua extensa obra. Camilo figura entre os autores cuja obra é a sua biografia».
Depois seguiram para Póvoa de Lanhoso onde visitaram o Museu do Ouro de Travassos, onde, para além das peças de ourivesaria, ficaram a conhecer o processo que envolve toda a sua produção até ao produto final.
A viagem terminou no Santuário de Nossa Senhora de Porto d'Ave, um santuário mariano em estilo barroco. A igreja é descrita por Ana Alice Cunha como «magnífica com um rico altar de talha dourada na capela-mor onde se encontra a imagem de Nossa Senhora de Porto D'Ave. Engloba um museu de arte sacra popular, uma Via-Sacra com capelas dedicadas a episódios da vida da Virgem Maria e vários edifícios, originalmente de apoio aos peregrinos».
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18-03-2011 - 3º Serão Cultural:
análise do conto de Miguel Torga: "O alma grande"No dia 18 de Março o Clube UNESCO da Maia levou a efeito na Junta de Freguesia da Maia o terceiro serão cultural inserido nos serões com história, na rota de escritores transmontanos e beirões.
Na sequência da abordagem dos contos de Miguel Torga, em "Serões com história" foi analisado o conto: "O Alma Grande", o terceiro conto deste autor, neste ano.
O Alma Grande é um conto cujo tema é o drama da morte, ou melhor o sofrimento dos que, aparentemente, terminaram o seu percurso de vida.
A figura do Alma Grande era um serviço, como qualquer outro, necessário àquela comunidade rural e cuja função era acabar com o sofrimento dos moribundos. Era o abafador, figura sinistra, como sinistra a sua função. É este um tema actual, o do prolongamento da vida, e foi nesse sentido que o serão foi encaminhado.
A ética, a religião, a psicologia, a medicina, o direito foram as linhas orientadoras do debate. Estas áreas estavam representadas por Associados do Clube e também por convidados.
Após a iniciação do tema com a apresentação de dados biobibliográficos sobre Miguel Torga, passou-se ao debate e várias questões foram equacionadas:
Em primeiro lugar, este conto passa-se num universo de cristãos novos. " Riba Dal é terra de judeus". Os judeus convertidos, ou seja os cristãos novos, apesar do catecismo da Igreja Católica, mantinham-se fiéis à lei de Pentateuco, ou seja à lei de Moisés, à doutrina da "Thora" (lei do judeísmo). Procuravam ocultar nas suas práticas religiosas.
É dentro deste contexto e para salvar a honra do convento, surgia a figura sinistra do Alma Grande ou abafador que, em certa medida, faz recordar o anjo exterminador, de que nos fala a Bíblia.
Foram destacadas as actuações e intencionalidades de certas personagens do conto, como o filho de Isaac, Abel (nomes Judeus) que acaba por ser uma personagem fulcral no desenrolar de várias sequências. A tudo assiste, discreto, mas sem perder o rasto do abafador. A mulher de Isaac, que incumbira o filho de ir chamar o abafador. A justificação do seu acto compreendido pelo fadiga de uma doença que se previa fatal, ou para esconder sinais de religiosidade que ninguém deveria descortinar. Finalmente a actuação do Alma Grande, que rotineiramente, acostumado ao acto, sem reflexão interior, frio, de mãos abertas e joelho dobrado, cumpria certeira a missão para que era chamado.
O serão foi encaminhado sobretudo para um problema de hoje: a "eutanásia" Informaram os profissionais de saúde que a medicina dispõe hoje de soluções farmacológicas que ajudam a reduzir a dor até 95%, tratando assim, com eficácia a dor física. Sublinhou-se a importância da dignidade do ser humano que deverá ser respeitada até ao fim da vida.
O acerto de contas entre Isaac, entretanto liberto das garras do abafador, pela presença do filho, e o Alma Grande pretende questionar a incerteza da hora da morte.
Lourdes Graça Cunha e Silva
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11-03-2011 - Dia Mundial da Mulher
Artigo publicado no Jornal Maia Hoje
Foi no dia 11 de Março que o clube UNESCO da Maia comemorou o Dia Mundial da Mulher, na Estalagem da Via Norte.
A tarde foi dedicada à cultura, com um paniel de conferências que contava com múltiplos oradores.
Fina D'Armada, uma investigadora de temas relacionados com as mulheres, dissertou sobre a acção das mulheres na implantação da República. Já Esteves Rei analisou a progressão escolar e académica das mulheres no século XX, a correlação entre a escolaridade feminina, a liberdade e o desenvolvimento. Outra oradora, Ana Alice Cunha, falou sobre a alemã Carolina Michaelis, uma feminista que se dedicava a causas de interesse social. Lurdes Graça, por sua vez, falou das mulheres na época do Estado Novo, distinguindo as mulheres "diplomadas" das mulheres rurais.
Seguiu-se o jantar, com muita animação cultural a assinalar o convívio. Um grupo juvenil de Gueifães exibiu uma coreografia com as suas danças intitulada "Mulheres do amanhã".
A associada Rosinha Oliveira coreografou a enfermeira Florence Nightingale num discurso fluente. Foram ainda recitados poemas acompanhados à guitarra dedicados às mulheres.
Também o presidente do clube UNESCO da Maia, Raul da Cunha e Silva, referiu a importância do Dia Mundial da Mulher.
Rita Alves
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21-02-2011 - Dia Internacional da Língua Materna
Artigo publicado no Jornal Maia Hoje
A decisão visa celebrar e defender a diversidade linguística e cultural de todas as línguas que se falam no mundo e não só das seis oficiais da ONU (Inglês, Francês, Espanhol, Árabe, Chinês e Russo).
À sombra de nobres princípios que relevam do multiculturalismo, no âmbito da globalização, deveremos refletir sobre dados que, mesmo ignorados, são importantes. Assiste-se atualmente a uma colonização linguística e cultural do mundo pelo Inglês, seus valores e cultura que se vão tornando uma ameaça reducionista contra as outras linguagens, culturas e valores. Esta colonização mais não é que uma deriva dos processos atuais da globalização em curso cujos problemas todos nós vamos conhecendo.
Durante os últimos decénios, o Inglês tem sido, cada vez mais, usado na investigação e no ensino superior, mormente nas ciências naturais, na medicina e na técnica. É cada vez mais a linguagem da comunicação.
Tememos que, dentro de uma ou duas gerações, o Inglês venha a ser o idioma predominante em vastas regiões do mundo (incluindo Portugal), se não houver defesas das línguas maternas. Desde logo, não podemos imaginar todo o mundo a falar uma só língua, a ter uma só cultura, um só sistema social e político. A ignorar, por exemplo, a diversidade cultural.
Os dados mostram que dos cerca de 6 mil idiomas no mundo, 200 já foram extintos nas últimas três gerações. Índia, Estados Unidos, Brasil, Indonésia e México são os países com maior diversidade linguística e com mais possibilidades de idiomas em extinção.
Estima-se que o Português seja a 6ª ou a 7ª entre as línguas com maior número de falantes, cerca de 176 milhões.
O Português ocupa a 7ª posição entre as línguas mais faladas na Internet.
O problema da Língua Portuguesa é semelhante aos das outras línguas.
Assiste-se a um abastardamento da língua com inglesismo desnecessário que, desde nomes de empresa ou produtos em Inglês, aceitação de vocábulos de produtos novos mas para os quais a língua tem recursos. Exemplo "site" em vez de sítio.
Segundo o último guia interativo "em linha" de línguas sob o risco de extinção, lançado pela Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, UNESCO, só o Brasil tem 190 idiomas em perigo, muitos em áreas indígenas.
Daí a necessidade de se defender o multiculturalismo, ou seja, a diversidade das culturas e a diversidade das linguagens. E a diversidade da vida, ou seja, a biodiversidade, o pluralismo religioso, político.
De outro modo, poderíamos estar a recriar o "big brother".
As línguas são parte integrante das culturas.
Línguas e culturas são exatamente a multiplicidade, a diversidade, a diferença que existe entre as pessoas e principalmente a diferença entre as línguas, as palavras, os sons, os ritmos, os tons.
A língua materna é portadora de um capital cultural que se bebe com o leite materno. Nesse capital cultural entra a socialização, a visão do mundo e os valores essenciais.
É elemento constitutivo da identidade pessoal, regional e nacional de um povo.
O capital cultural individual liga-se à socialização no seio da família e do grupo, à construção da identidade pessoal. O universo simbólico assume determinadas características, cauciona comportamentos normativos e sanciona os desviantes.
Por que é importante a língua materna? Por que é importante defendê-la?
A UNESCO sabe e nós também devemos saber.
Raúl da Cunha e Silva
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18-02-2011 - 2º Serão Cultural: análise do conto de Miguel Torga: "Destinos"
Os serões culturais do Clube Unesco da Maia, para o ano de 2011, têm como principal objectivo a reflexão sobre temas intimamente ligados à nossa condição de seres humanos e à nossa cultura, como parte integrante da cultura ocidental, e também a divulgação da obra literária de autores portugueses.
Daí termos escolhido para o serão de 18 de Fevereiro o conto "Destinos" de Miguel Torga pela problemática que, a começar pelo título, sem dúvida ocorre inúmeras vezes à mente humana, gerando dolorosas contradições: liberdade, determinismo, omnipotência, omnisciência, existencialismo, espiritualismo, etc.
E depois da leitura expressiva/dialogada do conto, de ouvir "O Fado de Cada Um" de Amália Rodrigues e o poema de Miguel Torga "Vasco da Gama", textos que apontam para diferentes e até opostas concepções da ideia de destino, gerou-se um vivo e interessante debate entre os participantes, surgindo diversos pontos de vista apoiados em situações reais do passado e do presente e nas experiências de cada um. Uma das ideias chave apresentadas foi a incompatibilidade entre destino e democracia, destino e liberdade.
Manifesto interesse por esta actividade e sobretudo pelo gosto da leitura em grupo, foi a participação espontânea de alguns participantes na leitura e resumo de outros contos da colectânea "Novos Contos da Montanha".
Não temos a pretensão de tirar conclusões definitivas sobre a temática abordada ou outra, mas temos a certeza que esta troca de experiências/saberes contribui para o nosso enriquecimento pessoal e para a prática de princípios e ideias humanistas.
Benito Juarez, presidente do México (1806 - 1872) e herói nacional disse: "A democracia é o destino da humanidade; a liberdade o seu braço indestrutível"
E nós terminamos desejando que o nosso destino como pessoas, povos, países seja saber usar bem a liberdade.
Este serão decorreu no Auditório da Junta de Freguesia de Vermoim.
Ana Alice Cunha, Direcção do Clube UNESCO da Maia
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30-01-2011 - Visita à Citânia de Sanfins e Almoço-convívio com a Confraria do Capão de Freamunde.
1º serão cultural: a análise do conto de Miguel Torga: "A Paga"Artigo publicado no Jornal Maia Hoje
40 associados puderam contemplar a Citânia de Sanfins, monumento nacional a partir de 1946. Durante a viagem foi referida a distinção entre castro e citânia. Os castros abundam no noroeste peninsular (Minho e Galiza). Estabeleceram-se pelo século V antes de Cristo e são de origem celta. Foram em parte destruídos, pelo século III, aquando da vinda dos romanos. O de Sanfins é um dos maiores do noroeste.
In loco a guia forneceu-lhes uma visão satisfatória do que foi a vida nesses tempos. Mostrou o tipo de casas que, como sabemos, é redondo, as muralhas, a sua finalidade fortemente defensiva, o balneário castrejo para banhos de vapor e água fria, o cemitério cristão medieval.
A visita ao museu mostrou a cultura celta e a romana que se distinguem perfeitamente. De salientar as várias mós de moinhos giratórias movidas por mulheres para a transformação de cereais (milho miúdo, painço bolota, etc.).
Este relato não dispensa uma visita.
No hotel rural do Pinheiro conviveram com a Confraria do Capão, degustaram um opíparo almoço e confraternizaram.
Seguidamente dramatizaram o conto de Miguel Torga: "A Paga, numa demonstração artística dos seus associados, designadamente das personagens que intervieram na dramatização do conto.
A encerrar a jornada, o prof. Raul da Cunha e Silva analisou a sociologia da narrativa referindo os seguintes pontos:
Valores tradicionais; Lei de Talião e ajuste de contas; namoro e casamento, classes sociais.Este dia foi muito frutífero para o clube UNESCO da Maia.
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28 e 29-01-2011 - Primeiro encontro de Clubes e Centros UNESCO de POrtugal
Artigo publicado no Jornal Maia Hoje
Vários membros da Direcção do Clube UNESCO da Maia participaram, nos dias 28 e 29 de Janeiro no primeiro encontro promovido pela Comissão Nacional da UNESCO (C.N.U), realizado no palácio Marqueses da Praia e Monforte, sede da Assembleia Municipal da Loures.
Além do espaço, a Câmara pôs à disposição dos clubes e centros UNESCO um autocarro e ofereceu o jantar a todos os participantes presentes.
Foram dois dias intensos e interessantes. Cada clube expôs, sumariamente, os seus projectos concretizados e programados.
Ouviram a exposição das redes UNESCO feita pela Dr.ª Manuela Galhardo, Secretária Executiva da Comissão Nacional da UNESCO. A Dr.ª Anna Paula Ormeche, responsável pela Rede dos Centros e Clubes UNESCO referiu os objectivos e potencialidades deste organismo que considerou muito importante para o intercâmbio e entreajuda dos centros e clubes da UNESCO, nacionais e internacionais.
Após o almoço, oferecido pela Comissão Nacional da UNESCO, o clube UNESCO da Maia regressou a Penates para dar os últimos retoques sobre o evento do dia 30, ou seja, a visita à Citânia de Sanfins e almoço-convívio com a Confraria do Capão de Freamunde.
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08-01-2011 - Visita ao Mosteiro de Tibães