Histórico de actividades 2013
- 14-12-2013 - Almoço de Natal do Clube UNESCO da Maia
- 10-12-2013 - Dia dos direitos humanos
- 22-11-2013 - Visita cultural à cidade do Porto
- 15-11-2013 - Dia Internacional da Tolerância
- 08-11-2013 - S. Martinho
- 24-10-2013 - Dia internacional da informação sobre o desenvolvimento
- 11-10-2013 - Entrega de prémios Literário e Artes Plásticas
- 07-09-2013 - Notáveis da Maia - Augusto Simões
- 15-07-2013 - Notáveis da Maia - Soeiro Mendes da Maia
- 29-06-2013 - Ilustre maiato: Joaquim Antunes de Azevedo
- 15-06-2013 - Viagem cultural a Trás-os-Montes
- 29-05-2013 - 3ª Palestra Intermunicipal
- 18-05-2013 - Dia Mundial da Saúde
- 03-05-2013 - Dia Internacional da Dança
- 19-04-2013 - Apresentação do livro Moinhos da Maia
- 19-04-2013 - 3º aniversário do Clube
- 05-04-2013 - Dia Mundial dos Moinhos
- 02-03-2013 - Visita à Casa Biblioteca Ferreira de Castro e Parque Molinológico de Ul
- 21-02-2013 - Dia Internacional da Língua Materna
- 09-02-2013 - Carnaval 2013
- 12-01-2013 - Visita cultural ao Porto
- 01-01-2013 - Dia Mundial da Paz
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14-12-2013 - Almoço de Natal do Clube UNESCO da Maia
Na abertura, a dr.a Lurdes Graça que dirigiu o protocolo da sessão fez referência ao programa na presença de 70 associados e amigos.
Seguidamente Dr.a Manuela Batista fez a leitura de um poema alusivo à quadra e o P. dr. Quim falou do tempo de Natal referindo o nascimento do menino, o seu enquadramento numa família e a sua universalização, cantando a canção de Natal adesto fidelis.
Após o almoço, sobremesas e café, o dr. Sílvio Matos presidente do clube Unesco da cidade do Porto referiu a amizade que nutre pelo clube Unesco da Maia , a sua ação e o interesse que tem em colaborar com ele.
O presidente do clube Prof Dr. Raul da Cunha e Silva fez a sua habitual intervenção salientando a correlação entre o atual dia de Natal e a festa romana do natale solis invicti que ocorria pelo solstício de Inverno, ou seja em 25 de dezembro.
Aliás, o primado da luz do sol sobre as trevas é um dado bíblico existente em muitas religiões.
O Natal é tempo de fraternidade que deve unir todos os homens.
Esta doutrina encontra-se compendiada na Declaração Universal dos direitos do homem mas deve-se ter em conta que há homens mais iguais perante a lei, a liberdade e os direitos políticos (Dizia Aritóteles que nada mais difícil do que tornar iguais as coisas desiguais).
Referiu a edição de um novo livro sobre manuscritos a editar pelo 4º aniversário do clube –edição a ser integralmente custeada por si. Fez notar que a junta da cidade da Maia cedeu uma tarde do salão nobre da antiga junta da Maia, do auditório de Vermoim e da escola Príncipe das Beiras para uso do clube Unesco. Mencionou ainda dados importantes da programação de 2014.
Por fim a apresentação do livro: Obviamente Gata da associada Celeste Pereira feita por Lourdes Graça nos seguintes termos:
“Celeste Pereira foi professora, vive na Maia há 20 anos e é associada do Clube UNESCO da Maia. Escreve poesia. O primeiro livro:” Bordar a vida”, já com a 2ª edição, tem prefácio de Ana Sofia, sua filha.
“Obviamente Gata” é o 2º volume que se apresentou.
Neste livro, sentimos uma forte presença da autora, nos seus sentimentos, nos gostos, maneira de ser e de estar. Na nota introdutória encontrámos esta frase que diz muito deste livro e desta autora:
Os sentimentos” Porque adoro ser mimada Porque amo a liberdade, acima de tudo”
Às vezes uma maldade e uma certa crueldade : “A borboleta” que segundo eu julgava , apesar de ser feia, não deveria ser comida pelo gato, numa atitude consentida pela autora, mas cujo poema termina de forma justificada: “ Ela não gosta que eu faça poemas feios…
Basta pegar nos títulos dos poemas para termos o retrato, bastante fiel, de quem é a Celeste Pereira.
Outras vezes julgo que inspirada pelos mesmos impulsos de Ana Atherly atira as palavras, joga ou brinca apenas com elas… “ reticências”
É este um livro que vale a pena ler, que fica bem na casa de cada um.
A apresentação da obra esteve a cargo da Ana Sofia, filha da autora, que teve o cuidado de separar a relação mãe/filha nesta abordagem. Referiu a autora como uma sonhadora, muito voltada a temas poéticos que sentiu nela desde muito pequena. Referiu as canções e histórias de embalar, a sua alegria pela vida e também uma mãe muito atenta.”
Por sua vez, a autora agradeceu ao Clube o convite em querer apresentar aos associados a sua obra.
Fizeram –se algumas leituras, a cargo da associada Lourdes Bártolo. O acompanhamento musical foi da autoria do grupo “Triuno”, de Vª Nª de Gaia.
Na parte final, houve declamações de poemas lusófonos pelos membros do Clube UNESCO da Maia, momentos de poesia de Natal. e dinamização musical do Dr. Normando.
Raúl Cunha e Silva
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10-12-2013 - Dia dos direitos humanos
A Declaração universal dos direitos humanos foi proclamada pela resolução 217 A da Assembleia Geral das Nações Unidas em 10 de dezembro de 1948.
Tinha acabado a Segunda Grande Guerra com todas as consequências que podemos imaginar na área dos direitos do homem.
Travar a repetição de barbaridades semelhantes era o imperativo categórico e, neste contexto, compreendemos a maior decisão de todos os tempos. Com a intenção de cumprir ou não … a verdade é que a ONU produziu o documento conhecido pela Declaração Universal dos Direitos Humanos que podemos sintetizar nos seguintes princípios fundamentais:
1º - Reconhecimento da dignidade humana em todos os membros da família humana, a nível dos direitos iguais e inalienáveis como fundamento da liberdade, da justiça e da paz universal.
2º - Aspiração máxima considerada, aliás, como o mais alto desígnio do homem é a liberdade da palavra, da religião e de viver longe do medo e da necessidade.
3º - Estes direitos humanos terão de ser salvaguardados pelo Estado de Direito, de forma, a evitar o recurso à rebelião contra a tirania e a opressão.
4º - Reconhecimento de que todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos; toda a pessoa tem direito à vida, liberdade e à segurança pessoal.
5º- O uso destes direitos e liberdades não depende da raça, da cor, do sexo, da língua, religião, da origem nacional ou social, riqueza, nascimento ou qualquer outra condição.
6º- Toda a pessoa tem direito ao asilo, a casar, à propriedade, à liberdade de opinião, de pensamento, de reunião.
E também deveres. Quer uns quer outros são um ideal a atingir mediante a educação e o ensino e de medidas que progressivamente a nível nacional e internacional as vão promovendo.
Raul da Cunha e Silva
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22-11-2013 - Visita cultural à cidade do Porto
No passado dia 22 de Novembro, o Clube UNESCO,da Maia realizou uma visita cultural à cidade do Porto.
O ponto de encontro do grupo de cerca de trinta pessoas foi a Praça do Infante onde se relatou a sua história e o seu relacionamento com a burguesia liberal. Para além da explicação sobre a construção da estátua do Infante D. Henrique, foram dadas informações sobre os edifícios que a rodeiam, nomeadamente o Palácio da Bolsa, o Mercado Ferreira Borges e o Instituto dos Vinhos do Porto e do Douro.
Foi ainda lido um texto de Júlio Dinis, extraído da obra "Uma Família Inglesa", em que se mostrava a presença da colónia britânica, estabelecendo a ligação entre a Praça, a Rua dos Ingleses (actual Rua do Infante), e a Feitoria Inglesa que a seguir visitámos.
O edifício da Feitoria, hoje um clube inglês vocacionado para receber ingleses ligados ao comércio do vinho do Porto e com funções destacadas nas respectivas empresas, foi construído no séc. XVIII por influência do cônsul britânico no Porto que desenhou e acompanhou a obra, prova da influência que a comunidade inglesa exerceu na cidade, nomeadamente nos seus edifícios. A sua construção resultou da necessidade de um espaço para os ingleses, homens de negócios, ligados sobretudo ao comércio do vinho do Porto, reunirem.
Edifício monumental, a ele se acede por uma arcada exterior virada para a Rua do Infante D. Henrique. Foi-nos dado a conhecer o espaço interior, parte dele decorado com magníficos estuques. Apreciámos o vestíbulo, a sala de estar, a biblioteca, a cozinha primitiva, tudo áreas imponentes com valioso recheio, plenas de recordações recolhidas desde 1811, data do regresso dos ingleses fugidos de Portugal por causa das Invasões Francesas.
De seguida, demos um passeio pela Ribeira e almoçámos num restaurante com vista para o Douro.
De tarde, fomos à Casa do Infante onde nos foi mostrada a história do local, desde a ocupação romana até à actualidade. Visitámos o museu que conta essa história e apreciámos o documento do mês, "uma rara moeda sueva do séc. V".
Fomos à Biblioteca de Assuntos Portuenses, à Sala Memória e à Sala de Exposições.
Tanto na visita à Feitoria Inglesa como na visita à Casa do Infante fomos guiados por especialistas que nos acolheram com muita simpatia e se mostraram disponíveis para dar todos os esclarecimentos.
Manuela e Ana Alice
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15-11-2013 - Dia Internacional da Tolerância
(Embora o dia internacional da tolerância se comemore no dia 16 de novembro consideramos que dada a sua relevância, ele deve ser considerado na data desta actualização.)
O dia internacional para a tolerância foi instituído pela resolução 51/95 da Unesco em 1995.
Para promover a tolerância e vencer a intolerância, a UNESCO declarou que era necessário agir no âmbito da lei, da educação, da informação, consciência individual e problemáticas regionais.
A tolerância é, assim, um dever político, legal e moral, ou seja, um caminho indispensável para a observância dos Direitos do Homem.
A ideia da tolerância foi implantada, porque surge aos olhos de muitos como uma prática em extinção em zonas de conflitos religiosos, étnicos e políticos.
Antes de avançarmos convém ter em conta que tolerância (latim tolerantia, do verbo tolerare significa a capacidade de suportar, de aguentar. Não é uma atitude passiva mas muito ativa. Na verdade, a tolerância é um ato de humanidade.
Ela é guiada por direitos humanos universais e liberdades fundamentais. Significa admitir a dignidade de outros como a base de sua própria e não uma humilhação.
Tolerância não é indiferença a outros. Nem mesmo implica a total aceitação de toda crença e comportamento. Tolerância não significa menor comprometimento com as próprias convicções ou fraqueza de propósitos. A tolerância não é condescendente; ela não comporta a perspectiva implícita de que uma posição é superior a outra.
Com a maior proximidade surgem mais ameaças que são exploradas por aqueles que buscam aprofundar cisões e conflitos. Os laços que unem as pessoas e sociedades multiplicaram-se, assim como as oportunidades de desentendimentos e tensões.Quanto mais se fala de globalização mais se noticiam fenómenos de intolerância e radicalismo.
As diferenças não deviam ser motivo de separação, mas sim de fortalecimento. Essa é a mensagem central do Dia Internacional da Tolerância.
Num mundo em rápidas mudanças, em sociedades cada vez mais diversificadas, somos alertados todos os dias para necessidade da tolerância.De uma maneira global podemos considerar vários tipos de tolerância. Tolerância de ponto Tolerância civil , tolerância eclesiástica, Tolerância religiosa, Tolerância medicamentosa que tem vária conotações num quadro da história da tolerância e do totalitarismo, A tolerância é uma maneira de desarmar o medo, de abrir o mundo para melhores mudanças e lançar as bases para a paz duradoura internacional.
Essa é a missão da UNESCO : fomentar a solidariedade entre as fronteiras, entre todos os povos, fortalecer a humanidade como uma única comunidade reunida em torno de valores comuns. educação para ensinar a tolerância e o entendimento a crianças, além do significado de ser cidadão global. .
Devemos inventar novas maneiras de fortalecer os laços que nos unem. Devemos estender a mão a jovens mulheres e homens, que carregam o maior fardo da mudança.
Raúl Cunha e Silva
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08-11-2013 - S. Martinho
No dia 8 de novembro festejamos o S.Martinho com castanhas, pão e vinho no Hotel da Via Norte.
Cerca de 50 associados e amigos confraternizaram num espírito de muita amizade e são convívio.A festa caracterizou-se por 3 grande momentos:
1º - Exposição da socióloga Adorinda Carvalho sobre castanheiros cuja beleza e conteúdo podemos observar
Diz o povo que “o castanheiro leva 300 anos a crescer, 300 a viver e 300 a morrer”. Retirando o exagero da expressão, o que se pretende dizer é que se trata de uma árvore muito longeva, capaz de viver vários séculos. É uma árvore autóctone, aparecem indícios de castanheiro nas escavações dos castros. Desta convivência ancestral com o castanheiro, as populações aprenderam a tirar partido de todas as suas potencialidades. O fruto, a nutritiva castanha, pode ser consumida fresca, cozinhada das mais variadas maneiras, desde requintadas sobremesas a simplesmente cozida com sal. Utilizou-se largamente na alimentação de animais domésticos. Pode-se transformar em farinha que depois se utiliza para fazer pão, bolos e em todas as aplicações normais das farinhas. Inclusivamente faziam-se tintas a partir das raízes e dos líquenes que crescem na sua casca rugosa.
Em Portugal foram desenvolvidas algumas variedades de castanha específicas, que não existem noutros países, como é o caso da Judia, a Longal, a Martaínha, a Boaventura. Pelas suas características organoléticas reconhecidamente superiores, alguns países estão a tentar aclimatar aos seus “terroirs” as chamadas variedades portuguesas.
A nível Europeu são poucos os países produtores de castanha, sendo a Turquia o maior produtor, a que se segue Portugal. A produção portuguesa foi em 2011, 18 271 toneladas de castanha das quais se exportaram 7 355 toneladas num valor de 17 466.000 €. No nosso país existem quatro zonas de produção de castanha com Denominação de Origem Protegida (DOP).As maiores extensões situam-se em Trás os Montes com as regiões da Terra Fria com 23 000 há e da Padrela com 7 000 ha,seguindo-se os Soutos da Lapa, na Beira Alta, com 2 500 ha e a de Marvão-Portalegre com 550 ha.
As áreas de souto não são apenas belíssimos conjuntos de castanheiros, que se vestem de um amarelo suave e perfumado na primavera e de um castanho alaranjado no Outono. São muito mais do que isso: potenciam uma notável bio diversidade tanto animal como vegetal, que seria impossível enumerar em pouco espaço. Os castanheiros velhos, apresentam formas bizarras, moldadas pelos séculos, com inúmeros buracos em diversos níveis. Aí se abrigam espécies animais favoráveis ao ambiente como os morcegos arbóreos que se alimentam de insetos que iriam prejudicar as culturas. Também corujas e mochos, aves destruidoras de roedores, se abrigam nas suas reentrâncias. Ao nível do solo nasce uma miríade de cogumelos, cujas hifas estabelecem simbioses com as raízes do castanheiro e se protegem mutuamente. Estão incluídas nesta categoria de fungos micorrízicos o saborosíssimo Amanita Caesaria e o Boletus Edilus.
          
Amanita Caesaria Boletus Edilus
As castanhas são aproveitadas por animais selvagens que partilham a colheita com os donos dos castanheiros: javalis, corsas, lebres, coelhos bravos costumam servir-se livremente.Das muitas árvores notáveis pela sua vetustez, está classificado um exemplar em Lagarelhos, Vinhais, com uma idade estimada em mais de mil anos.
2º - Leitura de textos e comunicação do presidente do clube Raul da Cunha e Silva que referiu provérbios alusivos ao evento, a dramatização da oferta da capa de S. Martinho, o seu reconhecimento em 2005 pelo Conselho da Europa como personagem europeia e importância na criação e difusão dos ideais da Europa.
Recordar a sua vida, estudar os(seus) provérbios é manter vivo o património imaterial da humanidade .
S.Martinho divide o ano agrícola em duas partes:
Tempo das colheitas (Verão.) e tempo de testar as colheitas principais(Início do Inverno).
O vinho, o pão , o porco, as castanhas, a água do moinho , a sementeira do cebolinho são os grandes temas dos provérbios de S. Martinho
Recordou as colheitas do clube, os estudos dos moinhos do Leça, o seminário sobre o 1º centenário da República, os serões de Miguel Torga,as viagens culturais, exposição de quadros e desenhos dos moinhos, grande festa do 1ºaniversário,entrega de prémios aos melhores trabalhos que alguns alunos da escola secundária da Maia.
Se isto não é muito, então o que é ser pouco?.
Agradeceu por fim a todos os associados e amigos presentes, membros da direção que estiveram na origem desta grande festa.
3º - Animação do grupo do dr. Normando a concluir o tradicional bailarico.
Raul da Cunha e Silva
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24-10-2013 - Dia internacional da informação sobre o desenvolvimento
1. No dia 24 de outubro, celebra-se o Dia Internacional da Informação sobre o Desenvolvimento, criado pela Assembleia Geral das Nações Unidas, em 1972. Dois objectivos presidiram a essa decisão: informar as populações sobre os problemas relacionados com o desenvolvimento e intensificar a cooperação internacional.
Passados quarenta anos, perguntemos que é feito deste desiderato? Se há países, como Portugal, cujo desenvolvimento foi considerável, outros há, nos quais ele tem a mesma acuidade do período inicial, como em muitos países africanos.
Cabo Verde, definido como um bom gestor de ajudas, situa-se a meio do caminho para o desenvolvimento. Que o digam os muitos estrangeiros africanos que o procuram. Tal facto arreda-o mesmo do acesso a algumas ajudas.2. O “Público” referia há dias terem sido criadas mil empresas agrícolas em Portugal, nos últimos seis meses, É relevante quer pelo número, quer pela época, quer pelo sector em que surgem.
Tratando-se, sobretudo, de jovens, a investir em novos produtos, com novas técnicas, esse Portugal empreendedor agrícola poderia bem ser apresentado como o modelo da concretização desse desiderato da ONU.
A “informação” era, no início, técnica e consistia em dizer às pessoas o que e como fazer! Todavia, verificou-se que isso não chegava. As pessoas tinham as suas crenças e não abdicavam delas. Era como se pensassem, “mas sempre se fez assim, desde os meus antepassados, que sabe este estrangeiro disto, para trazer alternativas…”
Mais tarde, concluiu-se que, antes de informar sobre “o e como fazer”, era necessário conquistar as gentes. Colocá-las a conversar, a tomarem consciência da sua situação e a quererem melhorá-la! E o estrangeiro teve de se integrar na comunidade, participar do seu ambiente e mostrar como se faz por dentro, não, de fora.
A informação é, assim, para a cidadania, para se ser pessoa. Primeiro, há que visar as pessoas, colocá-las a pensar a situação, elas mesmas e suas circunstâncias.3. O exemplo clássico, que ilustra este percurso é o do engenheiro agrícola que chega a dada localidade do Lesoto, reúne a comunidade dos pastores e informa-os sobre como podem multiplicar o número de cabeças de gado e a produção de cada uma. Aparentemente, todos aceitam a “doutrina” exposta por esse mago que vem de longe. Mas ninguém a aplica!
Perante tal alheamento, o engenheiro constitui o seu rebanho, faz com ele o que disse aos pastores e, de facto, a produção e a qualidade aumentam, entrando pelos olhos dentro da comunidade local. Um belo dia é interpelado por um, depois por outro e, mais tarde, todos querem conhecer o segredo da mudança…J. Edsteves Rei
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11-10-2013 - Entrega de prémios Literário e Artes Plásticas
Escola Superior da Maia
No passado dia 11 de Outubro, o Clube UNESCO da Maia procedeu à cerimonia solene de entrega dos Prémios Escolares relativos ao Concurso Literário realizado na Escola Secundária da Maia. Assim e de acordo com os critérios definidos no inicio do ano lectivo, foram entregues três prémios na categoria literária e dois nas categorias de filme e desenho,. Os literários evidenciaram valores da toponímia local escritos com beleza e rigor .
Os outros surpreenderam por serem um trabalho sob a forma de documentário, elaborados por uma equipa, em alternativa ao trabalho individual das disciplinas de Desenho e Pintura.
Cumpre- reconhecer a qualidade dos trabalhos selecionados pelo que, sem dúvida, são considerados merecedores de prémio no que respeita ao enquadramento fílmico nos objectivos do Prémio Escolar.
Esta iniciativa teve o mérito de abrir um novo horizonte de ambição que pode vir a alargar o seu âmbito para manifestações plásticas que contemplem as quatro dimensões.
O 1º. Prémio – Documentário sobre os moinhos evidencia-se:
pela qualidade do trabalho construído;
pela capacidade de integração na atividade que , nesta temática, vem sendo desenvolvido pela CUMA. Clube Unesco da Maia;
pelo facto de ser um trabalho de equipa;
pelo reconhecimento da capacidade de trazer até nós a necessidade de considerar novas áreas da expressão plástica.O 2º.Desenho a grafite sobre papel
pela composição e utilização adequada e expressiva de grafismos, diversidade e intensidade da linha e gradação da mancha(apreciação da equipa que elaborou o parecer)
Os prémios constaram de cheques fnac (70 euros para cada um dos dois primeiros;60 para os segundos e 40 para o terceiro.) Os restantes participantes receberam um diploma de participação e o livro “Moinhos do Leça”.
A cerimónia, bastante participada por alunos/ concorrentes e colegas, contou com a presença da direção da escola , presidente e membros do Clube Unesco da Maia e presidente do Clube Unesco da Cidade do Porto, associação dos pais do agrupamento de escolas da Maia.
Houve algumas intervenções alusivas ao momento, nomeadamente, da vice-diretora do agrupamento das escolas da Maia ,do presidente do clube Unesco da cidade do Porto e encerrando a sessão do presidente do clube UNESCO da Maia prof. doutor Raul da Cunha e Silva que referiu:
A escola é um lugar de cultura, educação e ciência, O acrónimo Unesco significa educação. cultura e ciência para a paz,
Objetivos semelhantes em instituições diferentes
Não causou admiração a utilidade da colaboração durante três anos entre o clube e a escola que urge de uma pausa para reflexão
Raúl Cunha e Silva
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07-09-2013 - Notáveis da Maia - Augusto Simões
Augusto Simões Ferreira da Silva
O Homem da lavoura e o defensor de causas sociais
Oradores: Ana Alice Cunha, Laura Mora, Lourdes Graça
Esta sessão sobre “Notáveis da Maia” é a 9ª conferência que o Clube Unesco da Maia realizou. Desta vez, na freguesia de Pedrouços, pois Augusto Simões é um ilustre maiato nascido nesta freguesia do concelho da Maia.
Augusto Simões Ferreira da Silva, filho de António Ferreira da Silva e de Rosa da Silva Neves, nasceu em 1881, na Freguesia de Pedrouços, e faleceu 30 de Setembro de 1948.
Filho de lavradores abastados, assumiu durante a sua vida a causa do desenvolvimento da lavoura, tornando-se uma figura nacional pela sua participação em iniciativas de agrícolas, designadamente a motomecanização da mesma e a necessidade urgente de associações de lavradores, a promoção da pecuária foi também uma das suas bandeiras
Foi membro da Junta Nacional de Produtos Pecuários, da Junta de Província do Douro Litoral, do Instituto dos Vinhos Verdes, Presidente do Grémio da Lavoura da Maia, cargo que exercia aquando da sua morte.
A comenda da ordem de Mérito Agrícola, com que foi agraciado, em 1932, por Decreto de 30 de Janeiro, constitui o reconhecimento público da sua atividade em prol do desenvolvimento e modernização da agricultura e pecuária.
O seu interesse pela res publica levou-o à presidência da Câmara da Maia, nos finais da 2ª década do século passado e entre 1941 e 1944.
Aqueles que com ele conviveram e preservaram a sua memória evidenciam as principais qualidades. Uma atividade cívica notável e uma forte personalidade.
José Joaquim da Silva que, enquanto jovem, com ele privou, de perto, por ser filho do presidente do Sindicato Agrícola do Porto, quando Augusto Simões presidia ao da Maia, recorda-o como um homem apaixonado pela agricultura. Um orador de primeira qualidade. O dom da palavra nasceu com ele. Sabia de lavoura como ninguém. Foi sempre um defensor do associativismo agrícola. Quando ele falava o respeito e atenção eram muito grandes. Recorda a frase muitas vezes ouvida: Vai falar o Simões.
Álvaro do Céu Oliveira reafirma a dedicação deste ilustre maiato às políticas agrícolas. O seu carácter interventivo e frontal caracterizavam-nos:
Demasiado modesto, descuidado no vestir, mal barbeado por regra, unhas crescidas e dedos tisnados pelo cigarro que nunca largava, afável e prestante, espírito culto e brilhante e um técnico agrícola (mais teórico que prático) de reputada competência.A imprensa do norte: O Comércio do Porto, O Primeiro de Janeiro, O Jornal de Notícias sublinha, por ocasião do seu falecimento, as mesmas qualidades.
A lavoura nortenha está de luto. A perda do seu defensor acérrimo, lutador intransigente, mais português do que bairrista, cobriu de luto um concelho, ou antes uma região. Conhecia e amava profundamente a lavoura, a nossa maior riqueza. Era um homem de carácter e grande amigo da Maia.
Uma das coroas de flores era do grupo de lavadeiras de Pedrouços que choravam a perda do maior amigo dos pobres
Augusto Simões era um lavrador. As suas palavras escutadas com respeito constituíam preciosos ensinamentos. Conhecedor profundo dos problemas, Augusto Simões sem subterfúgios atacava de frente os erros, apontava soluções e terminava os seus discursos vibrantes com um hino às terras da Maia.O amor de Augusto Simões pela Maia e suas gentes está patente no seu testamento, feito em de Março de 1940. Enviuvou cedo, não tendo voltado a casar. Morreu sem descendentes diretos. Numa decisão que o enobrece, institui herdeira do remanescente da sua herança que é constituída por prédios rústicos a Câmara Municipal da Maia, com a obrigação de instalar nos prédios um asilo escola para recolher crianças pobres, a quem será ministrado o ensino suficiente para fazer deles bons operários agrícolas; na admissão a essa escola terão preferência em primeiro lugar três crianças que provem ser parentes até ao 3º grau dele testador e em segundo lugar filhos de cultivadores pobres do concelho da Maia.
Após a aceitação da herança, nos termos expressos no testamento, a Câmara elaborou os estatutos para uma escola agrícola, criou a “Fundação Augusto Simões”, mas a escola não foi feita. Em 1978, Álvaro do Céu Oliveira diz a este respeito: “O prédio foi doado ao Município com a obrigação de ali instalar uma Escola Agrícola. Por dificuldades materiais, ao que julgo, nunca foi satisfeita a vontade do doador”. Sabemos, contudo, que a Câmara Municipal custeou cursos agrícolas a alunos carenciados.
Esta sessão foi orientada pelo Dr Fernando Moreira de Sá e encerrada pelo Presidente do Clube, Professor Raúl da Cunha e Silva que, na oportunidade, disse que trazer à memória dados da História como Os Notáveis da Maia, as atividades moageiras é ter presente os ilustres varões que por obras valorosas se foram do esquecimento e do ostracismo tentando libertar. Não se pode avançar para o futuro ignorando a História.
Ao defender o Património cultural imaterial, o Clube UNESCO da Maia insere-se, cabalmente, nos ideais da UNESCO.
De salientar que esta sessão foi aberta pelo Presidente da Câmara, engenheiro Bragança Fernandes, que louvou a ação do Clube UNESCO da Maia, pelo tratamento de temas oportunos para a cultura da Maia. Na resenha histórica que fez da vida e obra de Augusto Simões não esqueceu de sublinhar que fora um dos maiores, senão o maior, benemérito do Concelho.
Lourdes Graça e Paulo Melo
              
                                        
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15-07-2013 - Notáveis da Maia - Soeiro Mendes da Maia
O Clube UNSECO da Maia e a Biblioteca Municipal da Maia promoveram uma conferência, na VIII Feira do Livro da Maia, em 15 de julho de 2013, pelas 21:30h, derradeiro dia das Festas da Maia. Foi orador, o Professor Doutor Luís Amaral, docente do Departamento de História e de Estudos Políticos e Internacionais da Faculdade de Letras da Universidade do Porto (FLUP), Vice-presidente do Conselho Científico da mesma Faculdade e Vice-presidente do Conselho de Ética da Universidade do Porto, apresentado pela Drª. Manuela Baptista, Associada do Clube UNESCO da Maia.
Perante vasta assistência o ilustre conferencista abordou o tema: “Soeiro Mendes da Maia, o mais poderoso e o mais nobre de todos os Portucalenses”.
Analisou os seguintes temas:
       1. Origens e identidade das Terras da Maia
       2. Soeiro Mendes da Maia, personagem central do Condado Portucalense, último quartel do Séc. XI;
       3. Foi-lhe confiada a defesa cidade de Santarém (1093) por D. Raimundo, por ser um excecional guerreiro;
       4. Os Maias tornam-se a família mais relevante do Condado Portucalense, por via do engenho militar, político e económico;
       5. Braço direito do Conde Dom Henrique;
       6. Tio do Conde Dom Henrique, por parte de Dona Teresa, mãe de Dom Afonso Henriques, cuja educação foi de sua responsabilidade até à maioridade;
       7. O Panteão da Família dos Maias foi edificado no Mosteiro de Santo Tirso, perpetuando a sua memória e a sua linhagem (não existem atualmente vestígios);
       8. Avô de Gonçalo Mendes da Maia;
Após a brilhante exposição gerou-se um animado debate em que intervieram a Dra. Lourdes Cunha e Silva, Dra. Suzana Silva, Padre Joaquim Moreira dos Santos e o Dr. Sílvio Matos, Presidente do Clube UNESCO da cidade do Porto.
A concluir este momento alto da VIII Feira do Livro da Maia, o Presidente do Clube Unesco da Maia, Professor Doutor Raúl da Cunha e Silva referiu que acabara de ouvir um Passado Medieval no Presente, como se estivesse a assistir à própria realidade, tal foi o brilho, a clareza e objetividade do Conferencista. Viu no Presente o Passado que é uma maneira de assegurar o património imaterial da Humanidade, um dos objetivos primordiais da UNESCO, da Comissão Nacional da UNESCO e do Clube UNESCO da Maia.
Raúl Cunha e Silva
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29-06-2013 - Ilustre maiato: Joaquim Antunes de Azevedo
No dia 29 de junho o clube Unesco da Maia quis relembrar a figura do ilustre maiato Joaquim Antunes de Azevedo
Numa primeira parte visitámos o museu Fernando Neves onde pudemos admirar a biblioteca com livros de literatura clássica, teológica, religiosa, dicionários. Utensílios agrícolas, manufatura do linho, e tecidos de linho. vestuário, rupas, máquinas de costura ,rádios e bicicletas.
Ou seja, um vasto espólio altamente valioso que foi património parcial de Joaquim Antunes de Azevedo.
Na segunda parte e já na anfiteatro da Junta de Vermoim o prf.Jorge Alves, o p. Joaquim e a prof Lourdes Graça debruçaram-se sobre o manuscrito de Joaquim Antunes de Azevedo considerando a sua erudição e amor à terra.
Nessa tarde quente de sábado, 29 de junho, algumas dezenas de maiatos souberam, por iniciativa da CUMA, Clube Unesco da Maia, da vida e obra do Padre Joaquim Antunes de Azevedo, um notável da Maia.
Coube ao Professor Jorge Alves da FLUP, com a colaboração do pároco de Vila Nova da Telha, Joaquim Moreira dos Santos e Lourdes Graça da CUMA, evidenciar a importância dos quatro volumes não publicados do Padre Antunes de Azevedo para o conhecimento da história da Maia e da sociedade do final do século XIX.
Concebida como um dicionário/enciclopédia, com entradas por ordem alfabética, a obra de Antunes de Azevedo revela um profundo conhecimento da história das terras da Maia aliada a uma profunda erudição e interesse pelos dinamismos socioeconómicos do seu tempo, o último quartel do século XIX. Os problemas da agricultura, a renovação potenciada pelos “brasileiros”, imigrantes regressados, a lógica de afirmação patrimonial das ricas famílias rurais da Maia são algumas das problemáticas que, segundo Jorge Alves, os escritos deste notável maiato ajudam a compreender. São, pois, uma inestimável fonte histórica não só para a história da Maia como para a história socioeconómica e conhecimento antropológico das populações do Entre Douro e Minho.Desta iniciativa, que contou com o patrocínio da Junta de Freguesia de Vermoim, ficou o desafio à edição crítica dos quatro volumes escritos pelo Padre Antunes de Azevedo. O CUMA, com a colaboração da autarquia e outras entidades que entendem que a preservação da memória e a compreensão do devir das sociedades no respeito pela sua identidade é alicerce de um desenvolvimento socioeconómico sustentado e com sentido hão de corresponder a este apelo.
A sessão terminou com as palavras do presidente do clube Raul da Cunha e Silva que prometeu tudo fazer para que o manuscrito abordado venha a ser publicado.
Raúl Cunha e Silva
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15-06-2013 - Viagem cultural a Trás-os-Montes
O clube Unesco da Maia visitou nos dias 15 e 16 de junho três concelhos(Carrazeda de Ansiães, Vila Flor e Alfândega da Fé) dos 5 que constituem a Zona Quente transmontana.
Carrazeda de Ansiães
No primeiro dia, o vereador da cultura de Carrazeda mostrou-nos o CICA(centro interpretativo do Castelo de Ansiães) que permite o encontro com a história do concelho.
Nele se expõem produtos arqueológicos com sustentação museológica credível..
E o castelo de Ansiães., vila medieval fortificada cuja história evoluiu desde o 3º milénio antes de Cristo até o ao século XVIII. De registar a existência de duas igrejas (uma das quais., a de S. Sebastião é uma verdadeira joia do Românico do Norte de Portugal.
A Igreja Matriz , o Museu Internacional de Escultura Contemporânea ao Ar Livre e todo um vasto acerbo de dados que vão desde a arte rupestre às antas causaram-nos profunda admiração que a escassez do tempo não nos permitiu saciar a sede de conhecimento, mas deixou-nos a vontade de regressar.
Vila Flor
Para além do nome há muitos motivos de encanto nesta vila transmontana.
A visita foi orientada pela vereadora da cultura da Câmara Municipal
Visitámos o Museu Municipal Dra. Berta Cabral cujo espólio é constituído por Pintura, Arqueologia, Etnografia, Arte Sacra, Numismática e um Arquivo designado por ”Pequena Torre do Tombo”. Pena que o espaço seja tão pequeno.
Apreciamos a Igreja Matriz de Vila Flor dedicada a São Bartolomeu padroeiro da vila, É uma igreja Barroca, com duas torres .No interior há talha dourada muito rica.
O Pelourinho de Vila Flor é uma coluna esbelta com capitel joanino.
Subimos o monte do Santuário de Nossa Senhora da Assunção um dos pontos mais altos (760 metros de altura)do concelho cujo miradouro propicia um panorama de rara beleza..
De registar outro monte e miradouro, o de Na Senhora da Lapa. Significativo é o parque de Campismo
Alfândega da Fé
Cerejas na cooperativa local e alojamento no Hotel e SPA de Alfândega da Fé (Estalagem Senhora das Neves) .
De registar a qualidade das instalações, a sua localização panorâmica no monte Bornes, o jantar com a presença da presidente da Câmara municipal e do presidente da junta da freguesia de Sambade. e a intervenção do grupo coral de Sambade.
No dia 16 fizemos o percurso pedestre pelos cerejais da Cooperativa e por Alfândega da Fé visitando os seus monumentos mais significativos.
Depois do almoço percorremos a aldeia de Sambade, o Museu, Igreja Matriz, as várias capelas e outros locais de grande interesse .Regressámos a casa com a ideia de que há um património humano e cultural que um país decente não pode perder.
A simpatia das pessoas , o seu acolhimento parece ser um apelo a todos os visitantes para que mantenham vivo o espírito de solidariedade entre todas as regiões de Portugal.
Raúl Cunha e Silva
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29-05-2013 - 3ª Palestra Intermunicipal
Artigo publicado no Jornal Maia Hoje em 07-06-2013
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18-05-2013 - Dia Mundial da Saúde
Artigo publicado no Jornal Maia Hoje em 07-06-2013
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03-05-2013 - Dia Mundial da Dança
Clube Unesco da Maia celebra DIA MUNDIAL DA DANÇA
No dia 3 de Maio celebrámos o Dia Mundial da Dança na Estalagem da Via Norte enfatizando as seguintes rubricas:
Espetáculo de Dança Contemporânea e debate em que se desenvolveu o tema: ocultação e desocultação onde o corpo surge num limite de visibilidade, trabalhando noções de presença e de transmutação de si mesmo.
Jantar-convívio com farta boa disposição no fim do qual o presidente do clube teceu as seguintes considerações:
Queremos recordar que o Dia Mundial da Dança foi instituído pela Unesco no dia 29 de Abril de 1982. Com o objetivo de “reunir todos os tipos de dança (…) e mostrar a sua universalidade, independentemente, das barreiras políticas, culturais e éticas.”
Isto significa que a dança se insere no paradigma da Unesco ou seja, na ciência, educação e cultura que são os grandes objetivos da organização. Mas a UNESCO enfatizou o aspeto intercultural na medida em que a dança é comum a todos os povos e civilizações como atesta a história. Até os animais dançam.
A celebração do Dia Mundial da Dança tem como objetivo celebrar esta arte e mostrar a sua universalidade, independentemente das barreiras políticas, culturais e éticas. Alguns dos objetivos desta comemoração é aumentar a atenção pela importância da dança entre o público geral, assim como incentivar governos de todo o mundo para fornecerem melhores políticas públicas voltadas à dança e promover a liberdade de expressão e a igualdade de direitos.
Dança, teatro e música, eis a trilogia inseparável ao longo dos tempos. Dança ou movimento do corpo para induzir movimentos do espírito ou movimentos do espírito que os movimentos do corpo traduzem.
Daí a dança, como aliás o teatro e música estão conotados com valores religiosos, guerreiros sociais, artísticos e eróticos.
Sem fazer a catalogação das várias espécies da dança, devemos considerar a dança de salão, a dança do ventre, a dança folclórica. E muitos outros tipos de dança.
Agora estamos a viver este tempo graças a todos quantos intervieram na realização deste evento e de todos os presentes sejam eles da direção, sejam amigos ou simpatizantes.
No fim, animado baile encerrou o convívio.
Raúl Cunha e Silva
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19-04-2013 - Apresentação do livro Moinhos da Maia
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19-04-2013 - 3º aniversário do Clube
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05-04-2013 - Dia Mundial dos Moinhos
No dia 5 de Abril na biblioteca municipal da Maia comemorámos o dia mundial dos moinhos.
A partir das 10 horas um grupo de alunos do 1º ciclo compôs textos que serão avaliados e expostos no dia 19 de Abril, aniversário do clube.
A partir das 15 horas cerca de 13 alunos do secundário com duas professoras apreciaram trabalhos em exposição.
Às 21 horas, perante 43 associados, amigos e proprietários dos moinhos, fez-se um debate tendo por base as comunicações dos seguintes oradores:
1º - O professor Raul da Cunha e Silva considerou que estariam abertos ao público a nível nacional 222 moinhos.
Recordou o dia recordando toda a história da humanidade.
Sendo imperativo categórico: ” comerás o pão com o suor do teu rosto”, ter-se-á de considerar todos os trabalhos que, desde o início, tiveram de ser percorridos para chegar ai. Trabalhos a nível do cereal, da moagem e dos ritos que ao pão se referem.
Em primeiro lugar, o 1º moinho foi a boca com os seus molares, em seguida as pedras, o pilão, os moinhos movidos pelos animais (que libertaram a força humana) depois a água e o vento que dispensaram a força animal. Finalmente, a eletricidade, ou seja, vários tipos de energia cada uma relevante para o desenvolvimento humano.
2º - A Dra. Lurdes Graça da Cunha e Silva comparou os moinhos do primeiro livro com os do segundo, referiu os vários tipos de moinhos e a sua correlação com o estatuto social dos seus proprietários.
3º - A Dra. Ana Alice repristinou a figura carismática de uma proprietário de um moinho do Leça, em Águas Santas, Carolina Michaelis.
4º - A Dra. Adorinda analisou dados estatísticos importantes que constam dos estudos apresentados.
De seguida, um debate com os lavradores presentes de que relevo o sr. Porfírio. Menciono também o Engº. Bastos e outros que falaram da sua experiência pessoal
Debate vivo e um pouco saudosista.
Raúl Cunha e Silva
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02-03-2013 - Visita à Casa-Museu Biblioteca Ferreira de Castro
e Parque Molinológico de UlA Literatura, o Património Material e a História conjugaram-se nos objetivos da viagem que o Clube Unesco da Maia realizou, no dia 2 de Março, a Oliveira de Azeméis.
Iniciámos a visita cultural pela Casa-Museu e Biblioteca Ferreira de Castro, na freguesia de Ossela.
Durante o percurso, a associada Ana Alice falou sobre Ferreira de Castro: dados biográficos do escritor e alcance e natureza da obra.
Ferreira de Castro, falecido em 1974, é considerado precursor do Neo-Realismo em Portugal, imortalizando-se pela relevância da sua obra literária, sobretudo com os romances “A Selva”, “Emigrantes”, “A Lã e a Neve”, “Eternidade”, “Terra Fria”, traduzidos e lidos em muitos países, conforme reconheceu a Unesco, em 1971, ao informar que “A Selva” era um dos dez romances mais lidos no mundo.
Em Ossela, durante a visita à Casa-Museu, local de nascimento e infância do escritor, fomos acompanhados pelo responsável da Associação Ferreira de Castro, a guia do Museu e a ex-conservadora que privou com Ferreira de Castro, facto que enriqueceu o nosso conhecimento sobre tão notável figura. O responsável da Associação prestou esclarecimentos e leu textos de várias obras relacionados com os diferentes espaços que íamos percorrendo, ou seja, pontos de referência da vida e obra de Ferreira de Castro.
Guiados pelos mesmos entrámos na Biblioteca Ferreira de Castro. O edifício e o acervo, composto por 6000 volumes foram doados pelo escritor a Ossela para que a população local e demais interessados pudessem usufruir deste património: “…decidi romanticamente pois não sou rico, edificar uma biblioteca em Ossela, ao seu povo destinada.”
Fomos surpreendidos pela falta do acervo que, segundo informação ali transmitida, teria saído por decisão da Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis para ser inventariado.
De tarde fomos ao Parque Molinológico de Ul onde, a juntar à paisagem magnífica e ao ambiente aprazível, tivemos ocasião de apreciar os passos da moagem da farinha, o fabrico do pão –as famosas padas - de que provámos e aprovámos a excelente qualidade. Acompanhou-nos o moleiro, Sr. Manuel, que explicou todo o processo da moagem desde o encaminhamento da água até à produção da farinha e guiou-nos no museu que contém os utensílios usados na “indústria” da panificação.
No regresso à Maia, a associada Manuela Baptista falou da história do concelho referindo-se em particular ao papel de Oliveira de Azeméis na História de Portugal no séc. XIX e ao seu desenvolvimento nesse século, bem como da passagem de freguesia a vila e de vila a cidade. Referiu também alguns pontos turísticos e terminou destacando a personalidade do jornalismo portuense ligada ao jornal “O Comércio do Porto”, nascido em Oliveira de Azeméis: Bento Carqueja.
Chegámos à Maia às 18 horas, tendo cumprido os objetivos propostos para esta viagem cultural.
Ana Alice Cunha
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21-02-2013 - Dia Internacional da Língua Materna
O dia Internacional da Língua Materna proclamado pela UNESCO em 17 de novembro de 1999 foi reconhecido formalmente pela Assembleia- Geral das Nações Unidas. É comemorado anualmente em21 de fevereiro com o objetivo de promover a diversidade linguística e o multicuralismo.
A importância desta data releva dos valores da aprendizagem da língua como instrumento fundamental da construção do mundo e das suas representações.
Há, de facto, uma correlação fundamental entre a língua, a identidade do indivíduo, da comunidade, do pais.
Ou seja, entre a linguagem, as representações, o pensamento, o universo intelectual, a identidade e o meio sócio económico e cultural.
A aprendizagem da língua materna implica a aquisição dos valores e representações dos seus falantes que forma m uma comunidade fundamental para as situações políticas, para a defesa do indivíduo, da comunidade e do multiculturalismo.
Por isso, urge preservar as línguas na medida em que elas transportam valores culturais identificativos dos povos.
Segundo estudos da Unesco, há muitas línguas que se perderam e outras que se vão perdendo e outras que podem ser salvas.
A Diretora-Geral da UNESCO, Irina Bokova, afirmou, não há muito tempo, que a diversidade linguística é um património frágil e corre risco de ser perdido.
Ressaltou que a língua é uma aliada-chave contra a discriminação, serve para proteger a herança cultural mundial e para a promoção da diversidade criativa.
“A diversidade linguística é nosso património comum. A perda das línguas empobrece a humanidade. Isso é um retrocesso na defesa do direito de qualquer um poder ser escutado, aprender e comunicar”, disse Bokova.
De acordo com ela, 50% de todas as línguas faladas no mundo – uma estimativa de 6.700- estão em perigo de desaparecer até o fim do século. “[As linguagens] são quem nós somos; ao protegê-las, nós protegemos a nós mesmos”. Bokova argumentou que permitir populações excluídas, como povos indígenas, a aprender línguas maternas em classes de aulas desde pequenos poderia promover a igualdade e a inclusão social e promover o multilinguismo e a diversidade cultural.
A língua materna é uma aliada fundamental contra a discriminação, serve para proteger a herança cultural mundial e para a promoção da diversidade criativa e multicultural.
Falantes de uma mesma língua apresentam diferenças nos seus modos de falar, de acordo com o lugar em que estão, com a situação de fala ou do seu registo ou, ainda, de acordo com o nível socioeconómico.
É certo que há regionalismos que urge preservar como são o nortenho, o lisboeta, alentejano, madeirense ou açoriano, desde que respeitem a gramática e não curem de se impor aos restantes. É que as variantes linguísticas revelam regiões dentro de um espaço nacional.
Esta realidade deve merecer profunda reflexão e defesa perante o globalismo, se cada falante quiser conservar a sua identidade.
Nos tempos atuais há uma aceleração muito rápida relativamente ao futuro, em boa parte desconhecido, mas em que a globalização parece ser uma meta a atingir.
E se admitirmos que o mundo caminha para uma língua oficial de comunicação, reconhecendo como língua oficial o inglês, temos de admitir que as restantes seriam em primeiro lugar secundarizadas, depois esquecidas e com elas o acerbo cultural mundial minimizado.
Em tempos idos este fenómeno aconteceu, por exemplo, com o latim no tempo do império romano do ocidente e com o grego no do oriente.
Com as línguas secundarizadas e desaparecidas também as culturas desaparecem.
Por isso, há que defender a nossa língua como instrumento de comunicação e de identidade cultural, mesmo que haja necessidade de falar outras línguas.
E quando se diz defender, diz-se usar nos fóruns nacionais e internacionais a língua própria, mesmo que se saiba falar a dos outros. Claro que a língua materna deve ser defendida em primeiro de ignorância, de anglicismos dispensáveis de certos falantes que têm o microfone sempre perto da boca.
Raul da Cunha e Silva
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09-02-2013 - Carnaval 2013
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12-01-2013 - Visita cultural ao Porto
No dia 12 de Janeiro de manhã, o Clube UNESCO da Maia realizou uma visita ao Parque de Nova Sintra, propriedade das Águas do Porto, situado na Rua Barão de Nova Sintra, numa área sobre o rio Douro. Possui o Parque uma vegetação luxuriante e variada com árvores que despertam a admiração dos visitantes.
Tem ainda numerosas fontes que foram trazidas de diversos locais da cidade quando deixaram de ter utilidade. Há ainda fontes que sempre pertenceram aos Jardins que também fazem parte do conjunto. É pois este parque um museu aberto. A visita foi guiada pela associada Manuela Baptista que referiu também a personalidade, vida e obra do Barão de Nova Sintra.
Durante a tarde foi feita uma visita ao Museu Militar que suscitou grande interesse. Foi guiada, com grande clareza e rigor, pela Exma. Sra. Dr.ª D. Alexandra Anjos.
Obtivemos ainda informações sobre a possibilidade de visitas temáticas e da utilização da biblioteca do Museu.
Artur Baptista
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01-01-2013 - Dia Mundial da Paz
Este dia foi criado em 8 de dezembro de 1967.
Na sua primeira mensagem, Paulo VI exorta todos os homens a celebrar o Dia da Paz, em todo o mundo, no primeiro dia do ano civil.
Ao iniciar um ano novo, nada melhor que pôr de lado os grandes problemas do velho. e abraçar com entusiamo os desafios do novo.
As grandes organizações internacionais,como as igrejas, a ONU, a Unesco , os homens de boa vontade lamentam o que se passa no mundo: guerra clara ou oculta entre povos e nações, guerra entre culturas, guerra dentro das sociedades, dentro das famílias na economia, na política, no mundo do crime, guerras em todas as áreas. guerra entre as religiões, guerra dentro de cada pessoa.(os conflitos pessoais e interpessoais.)
Em muitas zonas do mundo, falta a liberdade religiosa, não se percorre o caminho da paz e da tolerância, não se aceita o primado dos valores, nem o combate à pobreza, nem a igualdade de género
Parece mesmo que o estado normal do homem no mundo é a guerra.
Não basta, porém fazer grandes ou pequenas análises no dia mundial da Paz. É preciso muito mais.
Primeiro transformar todos os dias em dias de paz, e sobretudo fazer alguma coisa a favor da paz.
Raul da Cunha e Silva