Histórico de actividades 2009 e 2010
- 27-12-2010 - Assembleia-Geral Ordinária para aprovação do Plano de Actividades e Orçamento para 2011
- 11-12-2010 - Clube UNESCO da Maia comemora o 1º Natal
- 13-11-2010 - Visita ao Museu de Lamas e comemoração do S. Martinho
- 22-10-2010 - Comemoração do Centenário da República
- 16-10-2010 - Conferência sobre Alimentação e saúde
- 09-10-2010 - Visita a Monção e Melgaço
- 21-09-2010 - Dia Internacional da Paz
- 11-09-2010 - O Clube UNESCO da Maia reconhece espaços e vultos literários do Porto republicano
- 12-07-2010 - Conferência no encerramento da feira do livro
- 05-07-2010 - Escrita recreativa e lúdica
- 04-07-2010 - Apresentação do livro "Na ponta do lápis
- 12-06-2010 - Visita a Penafiel e Marco de Canavezes
- 05-06-2010 - Dia Mundial do Ambiente
- 28-05-2010 - Rota dos Moinhos
- 01-05-2010 - Sábado Cultural
- 01-05-2010 - Assinatura do Contrato de Comodato com a Junta de Freguesia da Maia
- 23-04-2010 - Visita ao Porto Romântico
- 15-04-2010 - Assinatura do Protocolo de Cooperação com a UNESCO
- 20-03-2010 - Dia da Poesia
- 19-02-2010 - Concerto na Casa da Música
- 13 e 14-02-2010 - Visita à Corunha
- 10-02-2010 - Constituição da associação CUMA
- 23-01-2010 - Visita a Aveiro e Ílhavo
- 15-12-2009 - Contactos entre a Comissão Instaladora e a UNESCO
- 12-12-2009 - Jantar de Natal
- 14-11-2009 - Confraternização na Casa da Sá (Romariz)
-
27-12-2010 - Assembleia-Geral Ordinária para aprovação do Plano de Actividades e Orçamento para 2011
Os associados do clube reuniram-se em Assembleia- Geral no dia 27 de Dezembro para votarem e aprovarem o Plano de Actividades e o Orçamento para 2011.
Elaborado e aprovado pela Direcção e pelo Conselho Fiscal como consta das respectivas actas, o documento foi presente à mesa da Assembleia que nos termos do artigo 14 b) do Regulamento Interno o sujeitou à discussão e votação, tendo sido aprovado por unanimidade.
A reunião constituiu momento de franco convívio e entusiasmo entre todos os associados.
-
11-12-2010 - Clube UNESCO da Maia comemora o 1º Natal
Artigo publicado no Jornal Maia Hoje
No dia 11 de Dezembro, o Clube Unesco da Maia comemorou o seu primeiro Natal. Estiveram presentes muitos associados, amigos, o presidente do Clube Unesco do Porto, Sílvio Matos, acompanhado pela esposa; Paulo Ramalho, em representação do Presidente da Câmara, Bragança Fernandes e também o Presidente da Junta, Carlos dos Santos Teixeira.
Do programa deste evento faziam parte: Concentração na Estalagem da Via Norte; Entoação de Cânticos de Natal por Mário Oliveira; Poesia do Natal; Ceia de Natal; Saudações Natalícias e comunicação sobre "Os Direitos do Homem" pelo Presidente do Clube Unesco da Maia; Avaliação do Concurso de "Doces de Natal"; Mensagens e para finalizar a coreografia de um Grupo infantil, sobre a responsabilidade da professora Maria João Bastos.
De acordo com o agendado, o professor Mário Oliveira entoou dois cânticos de Natal, abrindo, assim este evento. Após o repasto, com iguarias próprias desta época, e como estava agendado, o júri fez a seriação das iguarias de Natal, tendo decidido por unanimidade atribuir a todos o primeiro prémio. Este concurso tem como objectivo geral contribuir para o enriquecimento do nosso tesouro gastronómico natalício. Pretende ainda tornar mais vivo e participativo o jantar/convívio do Clube Unesco da Maia.
Das intervenções de momento, destacamos a comunicação do Presidente do Clube Unesco do Porto , Sílvio Matos, que se referiu à forma eficiente como este clube tem levado a cabo as suas actividades, realçando o seu empenhamento.
Paulo Ramalho fez a leitura de um texto da autoria do Presidente da Câmara em que enalteceu as capacidades do professor Raul da Cunha e Silva na programação e execução deste projecto em prol da comunidade da Maia. Segundo afirmou, este é mais um projecto que muito dignifica a Maia e que vem colmatar algumas carências que se sentiam na comunidade.Depois de saudar o representante do Presidente da Câmara Municipal da Maia, Sílvio Matos, presidente do clube UNESCO da cidade do Porto, e o presidente da Junta da Freguesia da Maia, Carlos Teixeira, referiu "In medias res assim começava a narrativa heróica da epopeia clássica. Estamos no meio da nossa Ceia de Natal e já podemos agradecer a todos e cada um dos membros da direcção, do seu conselho fiscal e da mesa da assembleia, como também de todos aqueles associados que nos emprestam o melhor do seu esforço. Agradecemos igualmente a colaboração muito activa da Junta da freguesia da Maia, do presidente do clube Unesco da cidade do Porto e de várias instâncias da Câmara Municipal da Maia".
Abordando o tema que constava do programa estabeleceu um paralelo entre a metafísica do cristianismo e a dos direitos do homem. Parte do passo joanino (1.12) "todos os que O receberem serão chamados filhos de Deus". Ora os que têm o mesmo pai são irmãos. Daí a fraternidade universal, intemporal e para todos em todos os espaços. Para que não restassem dúvidas a fraternidade incluía as crianças. Quem as escandalizar (pedofilia?) deverá ser deitado ao mar com a mó de um moinho atada ao pescoço. Estas mós, conquanto não fossem tão pesadas como as do rio Leça deveriam pesar bem. Esta dimensão representa a cara de uma moeda cujo reverso, a coroa, é a Declaração Universal dos Direitos do Homem. Evocou a criação da ONU em 1945, a da Unesco (organização das Nações Unidas para a Ciência, Educação, Cultura, Comunicação e a Paz em 16 de Novembro de 1945, a Declaração Universal dos Direitos do Homem em 10 de Dezembro de 1948 e finalmente a Declaração Universal dos Direitos da Criança, em 1959. Analisando o primeiro dos trinta artigos da Declaração, ou seja: "Liberdade, Igualdade e Fraternidade entre os homens", recordou que esta era a trilogia da Revolução Francesa: liberté, égalité, fraternité. No que concerne à liberdade, fez os seguintes registos: liberdade política, religiosa, de associação e de pensamento, para além de muitas outras liberdades que não são identificáveis com libertinagens. Relativamente à igualdade excluiu o paradigma de que uns sejam mais iguais perante a justiça perante a lei, perante a educação. Considera que a fraternidade nos nossos tempos é combater as desigualdades, a fome, a miséria. Combate não da treta como se vê e ouve. É também sinal da fraternidade pedir contas a todos quantos e em todas as instâncias do poder criaram e continuam criando medidas que estão rompendo a coesão nacional. Direito à vida. No fim, a eutanásia; no início o aborto. Liberdade na escolha dos parceiros de casamento e igualdade na dissolução do mesmo.Finalmente, os convivas puderam viver o Natal com alegria. A professora Maria João fez a animação desta noite especial e todos puderam dar o seu par de dança. O grupo infantil de Gueifães apresentou coreografias portadoras de mensagens próprias desta época festiva: amizade, liberdade, amor. Foi um momento muito agradáveL Foi um Natal vivido com fraternidade, paz e amor, conforme objectivos da Unesco.
-
13-11-2010 - Visita ao Museu de Lamas e comemoração do S. Martinho
O Clube Unesco da Maia celebrou o dia de S.Martinho no dia 13 de Novembro, em Romariz, Santa Maria da Feira, na casa dos associados Maria de Lurdes Bártolo e Óscar Bártolo.
De manhã visitámos o Museu de Santa Maria de Lamas e, sobre o assunto, sugerimos a leitura do texto de José Amorim, que neste momento faz uma pós-graduação em História de Arte sobre o espaço do museu." Este espaço museológico situado na freguesia de Santa Maria de Lamas, denominado por Museu de Santa Maria de Lamas, foi designado pelo seu fundador na década de cinquenta do século XX, o industrial Henrique Alves Amorim, como a sua "Domus Áurea, arquivo de fragmentos de Arte".
Numa pequena expressão o fundador deste espaço acabou por definir um pouco do carácter da sala 16, ou seja a sala da capela de Delães assim designada actualmente neste espaço Museológico, o objecto de estudo deste ensaio científico, onde de facto existe a exposição, colocação e apreensão de conceitos e fragmentos artísticos (neste caso talha dourada) de um espaço de uma capela privada da freguesia de Delães. Um dos espaços onde Henrique Amorim resgata fragmentos de arte, como ele próprio designa que neste espaço ganham novo conceito de existência em relação à sua forma e função.
Cronologicamente, a fundação deste espaço museológico situa-se entre a década de cinquenta do século XX, respondendo assim ao gosto pelo coleccionismo que o seu fundador o referido Henrique Amorim possuía. Construído de raiz para albergar todas as obras de arte e elementos que reuniu ao longo da sua vida este espaço apresenta uma arquitectura que remonta aos espaços civis e religiosos típicos da arquitectura vernacular portuguesa no inicio do século XX.
O espólio deste espaço apresenta uma variedade singular, pois o seu fundador segue um conceito iniciado entre o século XV e XVI, e consequentemente desenvolvido nos séculos seguintes, ou seja a criação de um espaço museológico segundo um gabinete de curiosidades, onde para além das obras de arte, dos fragmentos artísticos como designa, insere diversos objectos que permitem uma percepção do desenvolvimento humano e do desenvolvimento do próprio planeta, bem como das principais actividades da história da população portuguesa.
Na sua globalidade o espaço museológico é composto por 16 salas, passando a citar: Sala de Nª Sr.ª do Ó, Sala da Capela, Sala dos Evangelistas, Sala dos Presépios, Sala dos Oratórios, Galeria do Fundador, Sala da Etnografia, Sala dos Escultores, Gabinete das Ciências Naturais, Pavilhão da Cortiça, Sala da Cerâmica, Sala dos Crucifixos, Sala dos "Paramentos", Câmara dos Espelhos e dos Castiçais, Gabinete das Armas e Sala da Capela de Delães.
Nestes espaços encontra-se exposta dividida por diversos núcleos uma variedade significativa de colecções, assim sendo, arte sacra, com talha dourada, imaginária (de diversas proveniências, obras essencialmente datadas entre séc. XVII e XVIII), pintura religiosa (com destaque para cópias segundo obras de El Greco no tecto da sala dos presépios), relevos (destacando-se tríptico relevado e pintado datado do século XIV), medalhística (diversas medalhas assinalando personagens, datas, instituições e momentos da história nacional e internacional), papel-moeda ou seja notas, (assinalando os principais destinos da emigração portuguesa no inicio do século XX) presépios, (em cortiça virgem e seguindo o conceito de representação da Natividade criado por Machado de Castro entre o séc. XVII e XVIII) mobiliário religioso ou seja oratórios, esculturas de imaginária em Roca, objectos ligados às actividades laborais nacionais no inicio do século XX, (miniaturas de barcos típicos, elementos ligados à agricultura e elementos ligados à actividade doméstica) estatuária, (estudos em gesso executados por escultores nacionais de finais de século XIX e início do século XX, entre os quais Barata Feyo, Henrique Moreira, Sousa Caldas, Raul Xavier entre outros) elementos ligados às ciências naturais, (destacando-se os fósseis de trilobites, animais cronologicamente anteriores aos dinossauros) conjuntos escultóricos executados em cortiça, objectos ligados ao culto cristão, (cruzes e medalhas) peças em marfim, réplicas de mobiliário indo-português, tapeçarias, (onde se destaca uma colcha datada do século XVIII com bordado a ouro) peças em cerâmica, azulejaria, armas de diversas proveniências e cronologias, panejamentos litúrgicos, crucifixos, castiçais entre muitas outras colecções em reserva.
Este espaço amplo respondeu assim ao desejo de exposição dos diversos fragmentos de arte e peças consideradas de valor significativo para o fundador deste espaço, e como tal consciente do valor do espólio e da sua importância o fundador decidiu tornar este espaço acessível para todos e como tal, o ano de 1959 marca a o ano de 1959 marca a doação deste espaço museológico para a tutela da casa do povo de Santa Maria de Lamas. Susana Gomes Ferreira conservadora deste espaço museológico no seu estudo intitulado "Descoberta e valorização das colecções do Museu de Santa Maria de Lamas" cita um excerto da escritura de doação para a casa do Povo:
...Um edifício destinado a museu, com todo o seu recheio, sito no lugar do souto, de Santa Maria de Lamas, ao fundo do parque... Para possibilitar a melhoria social do meio, no aspecto material do meio, no seu aspecto material, cultural e moral... contemplando a realização de fins culturais e recreativos consignados pela actual legislação às casas do povo... visando o desenvolvimento do gosto artístico do povo.
Após este ano de fundamental importância para a percepção do desenvolvimento histórico deste espaço, segue-se uma nova data marcante na sua tabela cronológica, assim sendo o ano de 1977 assinala a morte do fundador e impulsionador deste museu. A sua dita Domus Áurea, acaba por iniciar em 1977 um período designado como de semi-adormecimento, onde grande parte das salas e das colecções acabam por sofrer agressões do meio envolvente e das carências do espaço bem como a ausência de zelo ou mesmo a aplicação de processos e substâncias incorrectas no âmbito da conservação e restauro, neste tipo de obras e materiais".José Amorim - Responsável da visita ao Museu de Santa Maria de Lamas
De tarde, cumprindo a tradição, não faltaram as gostosas castanhas assadas acompanhadas de jeropiga, mas antecedidas de um bem confeccionado almoço, composto por uma abundante e bem portuguesa entrada de afamados enchidos transmontanos e queijo da Serra, entre outras iguarias. Seguiu-se o "porco à medieval" (maneira muito própria de o preparar) acompanhado por coloridas saladas e depois as sobremesas variadas, fazendo jus à nossa doçaria.
Mas como o homem, felizmente, é também espírito, não podíamos deixar de aproveitar o convívio para pôr em prática algumas actividades culturais: a poesia, a música e a dança.
O presidente do Clube, Professor Doutor Raul Cunha e Silva, recordou a génese do clube, precisamente no ano anterior, neste mesmo espaço. Saudou carinhosamente os associados e incentivou a continuarem a trabalhar para que o Clube Unesco da Maia se torne uma referência para a comunidade.
Depois houve leitura de poemas alusivos ao Outono, tendo como suporte uma sequência de imagens outonais e fundo musical do Concerto de Aranjuez. Vimos em vídeo o poema de Augusto Gil "Passeio de Santo António", seguindo-se uma leitura teatralizada deste texto por dois associados. Finalmente o movimento, o ritmo e a harmonia da dança para todos os gostos.
O convívio teve a animação do casal Normando e Daniela.
-
22-10-2010 - Comemoração do Centenário da República
No dia 22 de Outubro o Clube UNESCO da Maia, em colaboração com o pelouro da Cultura da Câmara Municipal da Maia comemorou " O Centenário da República.".
Os trabalhos tiveram início às 9.40 e prolongaram-se até às 18 horas.
O Dr. Mário Nuno Neves, vereador da cultura da Câmara Municipal da Maia, como representante do Sr. Presidente da Câmara Municipal, indicou o motivo da ausência do presidente e o grau de satisfação e a disponibilidade da Câmara em apoiar iniciativas deste género.
Desenvolveu seguidamente o tema: "A importância de se celebrar a implantação da República" revelando uma vasta cultura e reflexões teóricas importantes sobre o tema. Registou as várias atitudes que se podem tomar em relação à República por ela ter, em parte, desestruturado a sociedade portuguesa vigente. Apesar de tudo, a República defendeu um sistema que a Monarquia não consegue: a igualdade de nascimento de todos os cidadãos.
A oradora Dr.a Lurdes da Cunha e Silva, desenvolveu, com muito agrado, o tema: "A Heróica Vila de Mirandela-Os combates na defesa da República e o contributo dos voluntários repubublicanos-1919". Versou a designada "Monarquia do Norte" e a contribuição da então Vila de Mirandela, na vitória da República sobre as forças monárquicas, em 1919.
Sublinhou a intervenção dos voluntários republicanos, vindos da cidade de Bragança, nas três lutas travadas naquela vila. Documentou a sua intervenção com registos fotográficos, que recolheu na investigação do tema.
Na parte final, referiu-se a Luís de Magalhães, Ministro dos Estrangeiros da Junta Governativa do Reino de Paiva Couceiro, focando o espaço da Batalha, na cidade do Porto, mais precisamente no Hotel Universal, hoje messe dos oficiais, de onde o "maiato" assistiu ao desmoronamento da " Monarquia do Norte".
Fez-se um intervalo de 20 minutos para uma visita ao bar, aliás bem recheado e magnificamente servido pelos associados do clube, e à exposição temática: " Letras e cores, ideias e autores da República" que a biblioteca organizou, bem como uma feira do livro sobre a República.
A 3ª conferencista, a professora Dr.a Isabel Nobre Vargues da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra dissertou sobre a: "A Mulher na República". Realçou o tema da igualdade, evocou figuras femininas republicanas, como Carolina Michaelis, a escritora Ana de Castro Osório, entre outras, precursoras, em certo sentido, da igualdade de género.
De notar que o moderador destas sessões (Prof. Dr. Raul da Cunha e Silva) fez a apresentação dos oradores, indicando em notas breves e pertinentes os seus currículos.
Depois do almoço os trabalhos recomeçaram, sendo a 1ªoradora a Dr.a Maria de Fátima Marinho, Directora da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, que dissertou sobre o tema: "A Implantação da Republica e as suas Representações na Literatura Portuguesa da pós-modernidade". Trabalho bem documentado com rigor académico.
O segundo orador, Doutor Henrique Manuel Pereira, Professor da Universidade Católica do Porto abordou o tema: Guerra Junqueiro "O Republicano": o pensador de um novo regime político na passagem do Século. Desenvolveu vários aspectos da sua personalidade, recordando que segundo uns era ateu, segundo outros anticatólico, mas era republicano e grande pensador humanista que se propôs defender a igreja perante a legislação de Afonso Costa.
Finalmente, o professor Doutor Jorge Alves, catedrático da Faculdade de Letras da universidade do Porto, dissertou sobre "O Ideário Republicano no Início do Século XX". Entre os vários subtemas abordados deu especial relevo à divisão administrativa do País no que se refere ao número de concelhos, ao seu agrupamento, à descentralização do poder. Promessas republicanas, muitas delas ainda por cumprir.
O moderador destes trabalhos foi o professor Doutor Esteves Rei, catedrático da UTAD que desempenhou com verdadeiro profissionalismo académico a sua função.
Terminou o seminário o presidente da Clube UNESCO da Maia, Professor Dr. Raul da Cunha e Silva que fez uma apreciação global aos trabalhos, recordando que os ritos sociais dentro dos quais se insere o Centenário da República são constitutivos do agir dos homens.
Agradeceu a todos os oradores, aos patrocinadores, Caixa Geral de Depósitos, Unicer e Café Delta, aos associados e membros da direcção do Clube, a todos os presentes, com relevo para as duas turmas da escola secundária da Maia e o grupo da Escola Superior de Educação do Porto. Realçou o grande envolvimento da Biblioteca Municipal da Maia e de todos os intervenientes no sucesso do Seminário.
Raúl da Cunha e Silva
-
16-10-2010 - Conferência sobre Alimentação e saúde
(Dora Freire e Luís Mariano)
No dia 16 de Outubro foi comemorado o Dia Mundial da Alimentação e o Clube UNESCO da Maia assinalou-o através da organização de um seminário, no hotel Egatur da Maia, intitulado Obesidade e Saúde - Cuidados Alimentares. Foram convidados a participar o médico Luís Mariano e a Nutricionista Dora Freire.
Na primeira parte do seminário abordaram-se sobretudo questões relacionadas com as causas e consequências da obesidade.
A OMS - Organização Mundial da Saúde define a obesidade como uma doença em que o excesso de gordura corporal acumulada pode atingir graus capazes de afectar a saúde . O excesso de gordura resulta de sucessivos balanços energéticos positivos ,em que a quantidade de energia ingerida é superior à quantidade de energia dispendida. Os factores que determinam este desequilíbrio são complexos e incluem factores genéticos, metabólicos, ambientais e comportamentais.
Os maus hábitos alimentares e o sedentarismo são os principais causadores da obesidade ou aumento de peso, aliados ao crescimento económico das últimas décadas, isto atingiu tal grau que podemos considerar uma pandemia onde estão incluídas crianças e adultos, pelo que se tornou necessário os países encararem este facto como um problema de saúde pública muito grave.
Mas todos nós cidadãos, família, escolas, serviços de saúde, autarquias, meios de comunicação social (TV principalmente), temos o dever de contribuir na prevenção do aumento de peso, praticando e incentivando bons hábitos alimentares, ambientais, exercício físico, diminuir os factores associados e as consequências para a saúde, algumas tão graves, nomeadamente: hipertensão arterial, doenças cardiovasculares, acidente vascular cerebral e diabetes.
Para classificar a obesidade é necessário saber o IMC- Índice de Massa Corporal.
O IMC resulta da razão entre o peso em quilogramas e a altura em metros quadrados.
A sublinhar que a atenção sobre aumento de peso e á obesidade deve ser dada em primeiro lugar às crianças e adolescentes, pois a prevalência continua a aumentar.
Na segunda parte dirigiu-se a atenção para os cuidados alimentares, tendo sido assinalados alguns comportamentos do dia-a-dia que se relacionam mais com o desenvolvimento de obesidade. A roda dos alimentos, a importância da leitura do rótulo dos alimentos e conselhos para um dia alimentar foram os principais conteúdos dinamizados.
No final, o público que assistiu ao seminário teve a possibilidade de avaliar a percentagem de massa gorda do organismo.
-
09-10-2010 - Visita de Estudo a Monção e Melgaço
No sentido de conhecer e divulgar o património nacional, um grupo de associados da CUMA - Clube Unesco da Maia realizou no dia 9 de Outubro um passeio cultural aos concelhos de Monção e Melgaço.
Em Monção visitámos o Palácio da Brejoeira, interiores e exteriores, de características barrocas e neoclássicos e monumento nacional desde 1910. Percorremos o centro histórico de Monção, visitando a Fortaleza, a Igreja Matriz e a Casa do Curro.
A tarde foi passada em Melgaço. Visitámos o Espaço Memória e Fronteira dedicado a temáticas sempre actuais: emigração e contrabando. No Museu do Cinema -Jean Loup Passek houve oportunidade de contactar com objectos relacionados com a história do cinema. Entrámos na Fortaleza, subimos à Torre de Menagem e, além da exposição presente, admirámos, do alto da Torre, um soberbo panorama da Vila e arredores. Terminámos o percurso no Solar do Alvarinho com uma simpática prova de vinho e visualização de um vídeo sobre as várias etapas da sua produção.
Foi um dia de amizade, cultura e paz.
-
21-09-2010 - Dia Internacional da Paz
Devemos recordar que este dia foi proclamado pelas Nações Unidas em 1981 pela resolução37/67.
Os seus objectivos fundamentais eram comemorar e fortalecer os ideais da paz em cada nação e entre as nações de todo o mundo.
O clube UNESCO da Maia, como de resto, a UNESCO assumem claramente estes ideais.
Aliás, pela sua constituição em 16 de Novembro de 1945 a UNESCO defende a Educação, a Ciência , a Cultura, bem como a Informação como instrumentos e armas da construção da paz. internacional e da prosperidade comum.
Daí se explica a conferência que sobre o tema o Clube Unesco da Maia celebrou no hotel Egatur no dia 21 do corrente mês.
Na oportunidade, o Presidente do Clube, prof. Raul da Cunha e Silva considerou que a paz não se refere somente ao silenciamento das armas ,mas a muito mais. Nos tempos hodiernos, a paz tem a ver com o diálogo das religiões, das culturas, do multiculturalismo. E também com a economia.
Se quisermos sintetizar, podemos relacionar a paz com a globalização e suas consequências num mundo interligado, ou seja, no cosmos e no microcosmos.
Depois do jantar, os associados, Dr. Oscar Bártolo e Oscar Pereira fizeram uma palestra muito interessante sobre o Dia Mundial da Paz.
Abordaram o seguinte sumário:
1. Noção de Paz em oposição a guerra.
2. Direito Internacional como regulador de conflitos.
3. O papel da ONU na regulação dos conflitos.
4. O Conselho de Segurança: funções e poderes.
5. Operações de manutenção da Paz, a nível mundial.
6. Principais pontos de conflito, a nível mundial.
7. Papel da UNESCO na promoção da Paz.
O desenvolvimento dos temas fez-se através da imagem e da palavra Foi assim possível ver mapas, imagens muito sugestivas do passado e do presente acções heróicas dos Capacetes Azuis, acções do combate à fome ,de auxílio aos refugiados numa demonstração clara de que na humanidade há forças que se dedicam a combater os malefícios da guerra.
O segundo orador ( DR. Oscar Pereira) dissertou sobre a UNESCO, a data da sua constituição, os seus objectivos de Educação, Ensino, Ciência, Informação visando a construção da Paz.
Fazia todo o sentido que o Clube Unesco da Maia fizesse esta conferência para interiorizar no espírito dos associados os grandes ideais do clube a que pertencem.
Ao terminar gostaria de dizer que a conferência está na íntegra no sítio do clube. Resta-me agradecer aos oradores, aos que orientaram o evento, ao hotel Egatur e a todos os nossos associados que participaram activamente na conferência.Raúl da Cunha e Silva
-
11-09-2010 - O Clube UNESCO da Maia reconhece espaços e vultos literários do Porto republicano
A cidade tem os seus foros: tradição de independência, de liberdade e franquia - João Chagas.
O Clube UNESCO da Maia, prosseguindo os objectivos que nortearam a sua génese, cumprindo a calendarização programática, visitou, no Sábado, dia 11 de Setembro, alguns locais da cidade do Porto, onde se viveram acontecimentos relevantes na 1ª República e se testemunharam debates ideológicos entre os maiores vultos literários portuenses.
De " O Porto Republicano", escolhemos a Praça da Batalha, o Aljube, e a Praça da Liberdade para focalizar os acontecimentos da designada "Monarquia do Norte". A escolha destes locais deveu-se apenas ao facto de Luís de Magalhães ter sido maiato por adopção e ter vivido nestes espaços os últimos dias da "Monarquia do Norte".
A Praça da Batalha, o Aljube, o Hotel Universal ( hoje messe dos oficiais ), o Quartel, o Teatro S.João e o antigo Eden - Teatro ( situado na rua Alexandre Herculano) estiveram ao serviço de Paiva Couceiro, durante 25 dias, tantos quantos viveu a "Monarquia do Norte".
Luís de Magalhães, Ministro dos Estrangeiros da Junta Governativa do Reino, fala, na primeira pessoa dos episódios entre Monárquicos e Republicanos, da implantação da Monarquia, em 1919, dos apoios militares que estruturavam a Monarquia de Paiva Couceiro.
" No Porto, pela 1 hora da tarde, contingentes de todos os corpos da guarnição e da Guarda concentravam-se no Monte Pedral. Pouco depois, Paiva Couceiro comparecia ali acompanhado d´alguns dos oficiais da Galiza. Entrando a cavalo no quadrado que as tropas formavam foram lidas as proclamações que são de estilo neste acto. Finda a leitura, desfraldada a bandeira, dadas as salvas da ordenança, Couceiro encaminhou-se de automóvel, que muitos outros já seguiam para a praça da Batalha. A surpresa foi estonteante. Mas logo se lhe seguiu a explosão do mais brilhante entusiasmo. Como que por encanto, à notícia do que vinha de passar-se no Monte Pedral, o Governo Civil encheu-se duma multidão de muitos milhares de pessoas que aclamavam ruidosamente a Monarquia, o Rei, a Junta Governativa. A ordem era perfeita. Não se fez uma prisão, não se exerceu a menor violência contra os adversários. (.) À noite os teatros funcionaram, no meio de atroadoras manifestações. Os cafés regurgitavam de frequentadores. O ministro da instrução, casualmente no Porto e o ministro da guerra, que aqui se deslocara para se inteirar dos factos, regressaram a Lisboa sem que ninguém lhes fizesse mal.
O Teatro S. João e o Eden - Teatro foram mobilizados pela Junta do novo Governo. No primeiro esteve instalado um destacamento da Infantaria 20; no segundo, um corpo de voluntários a quem estava destinada a Segurança Pública.
Todavia, o Eden ficou ligado a cenas de violência extrema praticadas pelas tropas de Paiva Couceiro, a que "O tripeiro" e outra imprensa se referem.
Por sua vez, Luís de Magalhães desmente tais atrocidades, através de artigos publicados na Imprensa da época. Diz que, depois da vitória dos republicanos, os presos do Eden estiveram 17 meses sem culpa formada e que o tribunal apenas os condenou por Associação de Malfeitores.
O convento de Santa Clara, bem como a Igreja foram ainda locais de visita pelo Clube UNESCO da Maia. A monumentalidade na concepção barroca da Igreja, materializada na talha dourada, a todos surpreendeu.O Aljube (extinto convento das Clarissas) serviu de prisão, quer a democratas, do Partido de Afonso Costa, quer a monárquicos, em períodos diferentes.
É também pelos depoimentos de Luís de Magalhães que conhecemos o desfecho desta tentativa de restaurar a Monarquia em Portugal. Da janela do seu quarto, no Hotel Universal, descreve:
Da janela do meu quarto vi que dois pelotões da cavalaria da guarda vinham da Batalha a passo, aproximando-se em pacífica atitude da sede do comando militar. Tal atitude fez-me crer, um instante, que esse destacamento viesse reforçar o Quartel General. (.) Mas nisto, vi um magote de prisioneiros do Aljube (.) mas esses presos eram todos democráticos, ali encarcerados no tempo de Sidónio Pais. (...) Mais uma vez o cego acaso favorecia a República o 13 de Fevereiro, foi, no seu êxito fortuito, como uma reedição do 5 de Outubro. (MAGALHÃES, Luís, Perante o tribunal e a Nação, Coimbra, Coimbra Editora, 1925, pp 24, 27 e 29)
Luís de Magalhães, na obra citada, refere a amizade e altruísmo de um dos maiores vultos da nossa literatura contemporânea, Guerra Junqueiro, sua testemunha, no julgamento, após o derrube da Monarquia, em 1919.
"Não podia da mesma forma esquecer as minhas testemunhas quase todas de política adversa à minha e algumas de propósito escolhidas entre as apresentadas pela acusação - à frente delas Guerra Junqueiro que nesse lance da minha vida foi o amigo admirável que com uma dedicação sem limites me cumulou de bondades, de cuidados e do mais generoso interesse nos 26 meses do meu encarceramento". (o.c. p 9).
Da escadaria da Igreja de Santo Ildefonso, onde a revolução de 31 de Janeiro de 1891 foi estancada por forças da Guarda, relembrámos os episódios que a caracterizaram e os grandes vultos portuenses ligados a essa tentativa de libertação.
Efectivamente a Cidade Invicta marcou a sua presença, neste período tão instável económica e politicamente, pela acção e intervenção de pensadores, filósofos, escritores, artistas que se reuniam nos cafés e botequins da "Praça Nova", hoje Praça da Liberdade, locais que serviram de discussão de ideologias políticas e literárias que estiveram na base de movimentações militares.
Antero de Quental, Eça de Queirós, Guerra Junqueiro, Oliveira Martins, Basílio Teles, Sampaio Bruno, Alves da Veiga marcaram este período com as suas intervenções, denunciando situações polémicas, muitas delas materializadas na Imprensa da época. Junto da estátua de D.Pedro foi recordado o seu heroísmo durante o cerco do Porto.
Deu-se ainda destaque a Almeida Garrett - o político (parlamentar, diplomata e ministro), o pensador, o dramaturgo, o prosador, o soldado que lutou ao lado de D. Pedro.
O carácter da cidade - livre, independente, franco, leal - e a sua relação com casario em anfiteatro, o granito, o rio, a luz, a neblina e as magnólias foram sentidos pelos textos de Alexandre Herculano, João Chagas e Manuel Teixeira Gomes, declamados na praça da Liberdade.Toda esta magia da cidade milenária é sentida neste excerto de prosa poética de Sophia de Mello Breyner "Nasci no Porto, a cidade, os seus arredores, as praias próximas, descendo para o sul, permanecem para mim a pátria dentro da pátria a Terra materna, o lugar primordial que me funda".
Ana Alice Cunha e Lourdes Graça Silva - Associadas do Clube UNESCO da Maia -
Colaboração com a Biblioteca Dr. Vieira de Carvalho na 5ª Feira do Livro inserida nas festividades da Nª Sª do Bom Despacho
12-07-2010 - Conferência no encerramento da feira do livro
"Que pode a leitura? Natureza e finalidades"
No dia 12 de Julho, o Clube UNESCO da Maia e a Biblioteca Municipal da Maia, inserida na sua V Feira do Livro, organizaram uma conferência, subordinada ao tema “Que pode a leitura? Natureza e finalidades”, na tenda da Feira, em frente ao edifício da Câmara Municipal. Foi proferida pelo Prof. Doutor José Esteves Rei, sócio fundador do Clube UNESCO da Maia e Professor da UTAD, em Vila Real. Perante uma assistência de várias dezenas de sócios, maiatos e visitantes da Feira do Livro, desenvolveu os pontos seguintes, entre outros:
1. Ler – um verbo de múltiplos sujeitos, complementos e significados. Ontem como hoje, lê-se sempre o homem, interior ou exteriormente, e o mundo, social ou político, mas também físico, metafísico ou cósmico: são os dois complementos do verbo ler: uma actividade exigente. O sentido, num texto, é produto de uma construção pessoal do leitor. Esta é imprescindível em toda a leitura.2. O que é um Livro? Na resposta de Victor Hugo “É engrenagem. Prestem atenção a estas linhas negras sobre o papel em branco; são forças, cujas ideias nos atraem: o livro só nos abandona depois de ter dado uma feição ao nosso espírito.”
3. O que é ler? Ler é uma forma universal de aprender. Aprender a ler é transformar o homem em cidadão. Não é um luxo, mas, antes, a realização de objectivos democráticos, quer dizer, abrir o espaço da leitura a todos os cidadãos. Como refere Colette Vivier, uma leitura deficiente a uma marcha raquítica: “Uma leitura cansada, desfalcada, conserta-se mais dificilmente do que a perna de uma criança.”
4. Um olhar retrospectivo – dois tempos, duas leituras – A história da leitura divide-se em dois tempos: o da leitura em voz alta e o da leitura em silêncio. Esta impõe-se a partir do século X. É hoje voz corrente que “a leitura é um assunto privado”, uma paixão, com dois riscos: o do erudito, que procura a verdade fora de si e lê passivamente, em repouso de corpo e espírito; e o do letrado que lê por ler e não para descobrir ou criar a verdade de si e do mundo. Mas houve um tempo em que a leitura era o pão para o espírito, o remédio para a ignorância dos povos, o tesouro escondido do funcionamento das instituições e da educação social. Em ambos os tempos, ler é uma forma de comunicação, do leitor e do autor, entre si e com o mundo.
5. Saber ler é perigoso – Por isso, os livros têm sido o flagelo das ditaduras. O poder absoluto requer que todas as leituras sejam leituras oficiais. A palavra do governante é suficiente, em vez de bibliotecas inteiras de opiniões. Por isso, Voltaire escreveu - num panfleto satírico intitulado: “Sobre o Horrível Perigo da Leitura” - que “os livros dissipam a ignorância, que é a melhor guarda dos estados bem policiados.”
6. Não há leituras inocentes – Pois cada um – sem se dar conta e sem que o possa evitar – projecta no livro aquilo que é, o que o mundo fez dele, o que o mundo lhe remete. Toda a leitura deve ter em conta esses elementos: sejam psicológicos (percepção do espaço, dos sons, das cores, lateralização, etc.), sejam culturais (códigos sociais, modelos de referência, origens sociais, frequência escolar…)
7. Finalidades da leitura – Distinguem-se quatro espécies de leituras, conforme as correspondentes finalidades: a de fundo, que requer uma atitude de confiança e credibilidade, sem abdicarmos do espírito crítico; a de ocasião, que exige o conhecimento da matéria, com os olhos postos naquilo que pretendemos fazer, aceitando o que nos pode ser útil; a de edificação que pede ardor e entusiasmo, procurando os autores e textos que nos são mais caros; e a de repouso, que pressupõe liberdade, para escolhermos os géneros de textos de que mais gostamos.
05-07-2010 - Escrita recreativa e lúdica
O Clube UNESCO da Maia, em colaboração com a biblioteca Dr. Vieira de Carvalho desenvolveu actividades de escrita, na feira do livro.
Objectivos:
Criar o gosto pela poética;
Desenvolver a criatividade;
Descobrir sentido (s);
Aprofundar a sensibilidade estética
Para a consecução destes objectivos trabalhamos actividades de escrita de carácter recreativo e lúdico, atendendo ao nível etário e desenvolvimento d os participantes.
Gostar de brincar com as palavras, saber o lugar de cada uma, num determinado contexto; conhecer os sons; analisar sonoridades e sentimentos são também percursos que pretendemos percorrer.
O borrão de tinta, o caligrama, o desenho cego, o texto fenda são algumas das estratégias que proporcionaremos a quem pretender integrar-se nas oficinas de escrita. Foram cerca de 25 os participantes, de idades diversas e trabalhamos o borrão de tinta.
Cada um deu largas à sua imaginação, encontrando sentido(s) nas manchas de tinta que surgiram. O entusiasmo está materializado nas imagens.04-07-2010 - Apresentação do livro "Na ponta do lápis"
Aconteceu na Feira do Livro da Maia, no dia 4 de Julho de 2010, o lançamento do livro:”Na Ponta do Lápis”, da autoria de um grupo de adolescentes (10-12 anos) que frequentam o A.T.L. República da Pequenada.
Testemunhámos com muita alegria o momento sublime vivido por todos os que directamente abraçaram o projecto, mas também por um número significativo de pessoas que acorreram à Feira do Livro, realçando uma participação muito significativa de pais , naquele domingo à tarde.
Os jovens fizeram boas leituras dos seus textos e explicaram as estratégias aplicadas na sua produção. Os pais e uma avó leram os poemas afixados no painel, os últimos a serem produzidos, e as dinamizadoras do projecto apresentaram o livro e agradeceram aos adolescentes, aos seus pais e à República da Pequenada todo o entusiasmo e disponibilidade, sem os quais não teria sido possível o livro “Na Ponta do Lápis”.
Por fim, os jovens autores, irradiando uma grande felicidade e à - vontade, autografaram reciprocamente os seus exemplares e os de todos os que adquiriram o livro.As dinamizadoras, três associadas do Clube Unesco da Maia, sentiram-se gratificadas pelo êxito do seu trabalho. -
12-06-2010 - Visita a Penafiel e Marco de Canavezes
No dia 12 de Junho, o Clube UNESCO da Maia fez uma visita cultural a Penafiel e ao Marco de Canavezes.
O primeiro ponto de visita foi o Museu de Penafiel que stá instalado no Palácio Pereira do Lago. É uma construção barroca, a que os arquitectos Fernando Távora e José Bernardo Távora deram uma nova dimensão. Está ligado à autarquia.
Visitar o museu de Penafiel é percorrer muitos espaços da História onde podemos encontrar exemplares únicos. Uma forte cultura castreja é apresentada aos visitantes, muitas vezes reconstituída para se aproximar mais do real, do período romano. Visualizámos um documentário filmado que enquadra toda a perspectiva histórica da actividade do Padre Américo.
Após o repasto na Quinta do Pereira em Requim – Favões – Marco de Canavezes, deu-se início à outra parte cultural, ou seja á concretização dos jogos tradicionais, jogados naquela localidade e que temos vindo a investigar.
Como as fotos do álbum documentam, foram muitos os jogos que deleitaram os participantes.
Vivemos mais uma jornada cultural cujos objectivos foram plenamente alcançados.
-
05-06-2010 - Dia Mundial do Ambiente
Artigo publicado no Jornal Maia Hoje em 11-06-2010
O Dia Mundial do Ambiente foi criado em 5 de Junho pela Assembleia Geral da ONU.
Os objectivos, muito amplos, sumariamente se poderão resumir nos seguintes itens:
Combate à poluição; Defesa do meio ambiente; Transformação dos recicláveis tendo por base que no mundo tudo se transforma; Economia da água; Emissão do Co2 com as necessárias alterações na economia e mudanças do estilo de vida; A eficiência energética e a utilização das energias alternativas.
O clube UNESCO da Maia decidiu evocar esta data, participando num conjunto de actividades que estão em sintonia com os seus objectivos. Participou e participa no programa Terra à Terra da Lipor (Projecto de compostagem caseira).
Em 22 do mês de Maio, curiosamente, dia internacional da biodiversidade promoveu em parceria com a Junta da freguesia da Maia e com a Lipor uma acção de formação monitorada pela engenheira Ana Lopes Castro. Os ouvintes eram cerca de 30 associados e simpatizantes do clube que se ofereceram para terem no seu jardim ou no quintal um compostor que a Junta se disponibilizou a entregar na casa dos aderentes.
O programa Terra à Terra é um projecto de compostagem caseira que visa o aproveitamento da componente orgânica dos resíduos, a união de esforços potenciando a prática da Compostagem Caseira, a actuação a nível local,- a Freguesia, o Cumprimento do Plano de Acção Maiambiente.
O paradigma é que todas as iniciativas que visem defender a Terra Mãe, a água, o ambiente, o ar, curiosamente os elementos constitutivos da religião cósmica, terão de ser o imperativo categórico de quem tem nos seus estatutos a Educação, a Cultura e a Ciência. Por isso, aderimos ao programa.
Ficou decidido que iríamos visitar a Quinta da Formiga no dia 5 de Junho. Fomos recebidos pela Dra. Rosa Veloso às 9 horas na sala de Formação da Horta da Formiga, onde se processou com bastante pormenor a apresentação do projecto Lipor. Visitámos o circuito da Reciclagem, o circuito da valorização orgânica e o centro de Compostagem Caseira na Horta da Formiga. Ficamos todos satisfeitos com a acção da Lipor que iremos divulgando junto de amigos.
Foi esta a maneira que encontramos para viver o Dia Mundial do Ambiente Agradecemos à Administração a possibilidade dada ao clube UNESCO da Maia para visitar a Lipor e também à monitora Dra. Rosa Veloso a amabilidade e clareza que teve ao explicar a problemática concernente ao meio ambiente.
Raúl da Cunha e Silva
-
28-05-2010 - Rota dos Moinhos
No dia 28 de Maio, os associados da CUMA, Clube UNESCO da Maia, num total de 32 pessoas, percorreram as margens do rio Leça, numa perspectiva de melhor conhecer esta parte do Património da Maia.
A indústria da moagem, nas terras da Maia, existe há muitos anos. Os rios foram sempre motivo de atracção e fixação de povos. O rio Leça, pelo seu caudal foi, certamente, local atractivo e ganha-pão, ao longo de gerações.
Na demanda de construção de um estudo sobre o assunto, encontrámos muitos dados dispersos por vasta documentação. Registos do século XVIII são um manancial importantíssimo de informações pelos detalhes relacionados com este Património.
Nos finais do século XIX, numa análise às indústrias da Maia, surgem os moinhos, num total de 61, sendo 58 moinhos de água ,1 de vento e dois moinhos a vapor, com a totalidade de 354 mós. A existência de tantas mós explica-se pela força caudalosa do rio Leça, pois há muitos moinhos com dez, doze ou mesmo quinze pares de mós.
Farta documentação da primeira metade do século passado ajuda-nos a construir a história dos moinhos, uma actividade então deveras florescente.
Os moinhos do rio Leça moíam não só para venda de farinha e troca de milho por farinha para a fornada da broa caseira, mas também para o fornecimento de farinha para as padarias do próprio concelho, como para as do Porto, Foz, etc.
O cereal mais usado era o milho. E como a Maia não possuía milho em quantidade suficiente para a laboração, tinha de ser comprado a fornecedores ou ao Grémio da Lavoura. O Concelho da Maia insere-se no grupo dos que compram parte dos cereais que moem e vendem o que sobra do consumo das necessidades. Segundo documentos de requisições de farinhas, o moleiro comprava grandes quantidades de milho.
A cidade do Porto é o primeiro mercado consumidor das farinhas que os moinhos do Rio Leça moíam.
O trabalho nos moinhos era uma actividade muito trabalhosa e necessitava de muita atenção - fazer boa farinha era uma arte – conhecer a farinha que fugia por entre os dedos era o reconhecimento dessa arte.
A moagem era à maquia e não era uma actividade a tempo inteiro. O trabalho no moinho alternava com o agrícola; o moleiro é ao mesmo tempo lavrador. Os seus proventos procedem da maquia e da lavoura. Exercia-se domesticamente: na família de moleiros todos são trabalhadores e quando há assalariados, o preço do trabalho é o dos criados de lavoura, com o qual tem notáveis analogias. O moleiro e o lavrador, numa comunhão de actividades, são duas faces da mesma moeda.
A moagem era artesanal, sem a introdução de capitais necessários à industrialização do sector. Situação, aliás bem diferente da que se verificava já em Lisboa.
Este carácter artesanal foi-se atenuando com o tempo. Porém, nos finais do século XIX a introdução de máquinas a vapor vieram transformar esta indústria tão importante para a economia do Concelho. São colocadas máquinas a vapor em 6 moinhos: 3 moinhos, em Couço e 3 em Águas Santas.
O trabalho de moleiro era sazonal, dependendo da força motriz do leito do rio; moía sempre no Inverno e nos meses de verão, para não morrer de fome voltava-se para a terra, sempre generosa e disponível para alimentar os braços trabalhadores. Era assim um trabalho de complementaridade. “Na família de moleiros todos são lavradores e quando há assalariados, o preço do trabalho é o dos criados de lavoura, com o qual tem notáveis analogias”, diz um relatório sobre o assunto.
A nossa visita, a que outras se seguirão, prendeu-se apenas com os moinhos de Águas Santas e Milheirós.
Após a visita, constatámos que a maior parte deste Património, que contém em si histórias de vida de gerações sucessivas, tem vindo a ser destruído com tempo. Esta actividade está extinta e a estrutura física dos moinhos, em vias de desaparecer completamente, pelo abandono a que tem sido votada.
“As ruínas do tempo são tristes mas belas, as que as revoluções trazem ficam marcadas com o cunho solene da história. Mas as brutas degradações (…) esses profanam, tiram todo o prestígio.”
São impressões de Almeida Garrett à vista do abandono do património arquitectónico de Santarém. Também nós sentimos tristeza e incompreensão face às ruínas e destruição daquilo que foi uma esplêndida casa, um magnífico jardim e uma fonte de produção de riqueza, os Moinhos do Trigo, propriedade de dois vultos da cultura portuguesa dos finais do séc. XIX e primeiro quartel do séc. XX: D. Carolina Michaelis de Vasconcelos e Joaquim António da Fonseca Vasconcelos.
Neste tempo, o Lugar do Moinho do Trigo era um lugar aprazível, atravessado pelas águas cristalinas do rio Leça, onde cresciam variedades de peixe que, na hora das cheias eram pescados à cana ou mesmo com balde, tal era a fartura, e constituíam, com o pão de milho, a base da alimentação dos habitantes, que também faziam das pedras do rio lavadouro. No verão uma levada ou catarata era a delícia para o mergulho. O acesso aos moinhos era todo ele um espaço idílico, coberto por uma ramada de uvas; a ponte, com uma entrada subterrânea para a levada , possuía como que um miradouro de forma arredondada e com um alto peitoril nas extremidades.
Fotografias e outros documentos da época mostram a importância destes espaços não só no plano afectivo e familiar, mas também como lugares de investigação, de estudo e de produção de ciência.
Carolina e Joaquim gostavam de dar longos passeios ao ar livre e de brincar com os netos nos jardins da sua casa de férias e de fins-de-semana em Águas Santas. Carolina, a primeira mulher professora universitária em Portugal, muitas vezes, passava horas e horas a trabalhar no seu gabinete, mas quando se sentia fatigada do estudo tornava-se uma exemplar dona de casa. Punha o seu avental, acendia o forno, preparava a massa e algum tempo depois deliciava a família com os bolos que carinhosamente preparava.
Pelo talento e competência foi doutora honoris causa pelas universidades de Friburgo e Hamburgo, professora de filologia na universidade de Coimbra, sócia honorária do Instituto de Línguas Vivas de Berlim, presidente honorária do Conselho Nacional das Mulheres Portuguesas e com Maria Amália Vaz de Carvalho foi a primeira mulher a entrar para a Academia das Ciências.
O trabalho de Joaquim de Vasconcelos desenvolveu-se nas áreas das artes e da arqueologia, tendo deixado inúmeros estudos pioneiros da História da Arte e da Música. Membro da Sociedade de Instrução do Porto, bateu-se pela reforma do ensino ao propor o desenvolvimento de novos métodos pedagógicos, a revisão dos materiais didácticos e ao promover a instrução nos domínios da ciência da arte e da indústria. Foi o ideólogo de duas importantes exposições realizadas no Porto com uma missão pedagógica: a Exposição das Indústrias Caseiras de 1881 e a Exposição de Cerâmica de 1882. Com Soares dos Reis, Henrique Pousão, Marques de Oliveira e outros fundou o Centro Artístico do Porto com o objectivo de contribuir para o desenvolvimento das belas artes, mas também de intervir, fazendo uma análise crítica ao estado das artes em Portugal.
As fotografias aqui apresentadas mostram o contraste entre o ontem e o hoje dos espaços em que decorreu a história de vida que acabámos de referir, histórias de duas vidas unidas pelo amor: o amor à vida e o amor à ciência.
Esta jornada enquadrou-se no artigo 3º., alínea h (fazer o levantamento do património cultural da Maia) dos estatutos do Clube Unesco da Maia.
-
01-05-2010 - Sábado Cultural
No dia 1 de Maio, sábado, pelas 16 horas reuniram-se os associados da CUMA na sede do Clube para uma confraternização e também para falar de poesia.
Declamaram-se alguns poemas, de acordo com as preferências de cada um e no final, os participantes “brincaram”com as palavras, tendo como modelo o poeta modernista Herberto Hélder, no poema: “ cidades”. Deste “brincar” resultaram belos jogos de sons, sentimentos, de cores. Registamos alguns desses poemas:Cidades e janelas com rosto
Rostos de cidades com janelas
E janelas de cidades com mulheres
Pracetas para chuva entre aspas
Jarras de pracetas com rosto de cidadeCidades são loucura
Rostos de chuva
Pracetas com mulheres girando
Nas ruas como pés descalços
Em cima de brasas
Janelas com cortinas de flores
Com puras donzelas olhando os rostos
Como crianças em busca de carinhoCidades cegas de luz
Olhos em chamas
Almas vazias de alegria
Destinos crus com desalentoCrianças com sorrisos
Olhos com brilho
janelas com alma
Serenata de flores
Lagos de nenúfares
Noites em chamaCidades são rostos de expressões variadas
Jardins com relva verdejante!
Cortinas de vida e amor
Jarras de flores nas janelas
Mulheres com penas e risos!Cidades são mulheres com rosto de chuva
São pracetas de jarras com janelas
Em brasa
São janelas são cortinas são rostos
De tudo e de nada… -
01-05-2010 - Assinatura do Contrato de Comodato com a Junta de Freguesia da Maia
O Club Unesco da Maia fez no passado dia 1 de Maio de 2010 um contrato de comodato com a junta de Freguesia da Maia para cedência do espaço situado no Parque das Fontes ( antigas instalações do Turismo da Maia).
Estiveram presentes elementos do Executivo da Junta e sócios do Clube Unesco da Maia. Das intervenções do momento, salientam-se a intervenção do Presidente do Clube que traçou, em linhas gerais, o percurso feito até ao momento, salientando a colaboração de um grupo de maiatos que abraçaram, desde o primeiro momento, este projecto. Salientou as áreas de intervenção do clube nomeadamente a educação, a cultura e a ciência. O Presidente da Junta demonstrou a sua total disponibilidade em ajudar o Clube, pelos objectivos que o norteiam.
-
23-04-2010 - Visita ao Porto Romântico
“Do Porto Medieval ao Porto Romântico”
Objectivos: - Identificar baluartes do património da Unesco na cidade do Porto;
- O Porto visto por vultos da literatura;
- Inferir a importância deste património no contexto nacional e mundial.Um grupo de associados do Clube Unesco da Maia percorreu o centro histórico do Porto, para saber mais sobre o passado desta cidade e, assim, melhor compreender o presente.
A visita foi conduzida por um historiador de renome, Frei Geraldo Coelho Dias, e por uma associada, professora de literatura portuguesa, Ana Alice Cunha. Para que a informação fosse mais completa, em todos os monumentos visitados foram acompanhados por guias dos respectivos serviços.
O percurso iniciou-se junto à estátua de D. Pedro IV, na Praça da Liberdade, local marcado para a concentração do grupo. Aqui ouviram informações históricas sobre o período liberal. Seguiram para a Sé onde se falou de História, mas sobretudo de arquitectura. Visitaram a igreja de S. Lourenço e o Museu de Arte Sacra. Percorreram ruas antigas do centro histórico, olhando fachadas, azulejos, varandas.
Almoçaram num restaurante típico na Ribeira, conheceram a Casa do Infante, visitaram o museu, o ossário e a igreja de S. Francisco. Na Rua de S. João Novo, entraram no convento de S. Bento da Vitória para verem a igreja, o coro e a sacristia. O responsável do mosteiro, Frei Geraldo Coelho Dias prestou informações sobre a história do convento e das obras de arte ali guardadas. A visita terminou no Museu de Fotografia (antiga Cadeia da Relação), onde viram uma exposição sobre o centenário da República.
Relacionando os factos históricos e os espaços percorridos com a literatura, tomaram conhecimento da estética romântica, Almeida Garrett e ”O Arco de Santana”, Camilo Castelo Branco e “Uma Família Inglesa”. Na Ribeira, ouviram um excerto da Crónica de D. João I de Fernão Lopes, referente à visita do Mestre de Avis ao Porto, e outro de “Saga” de Sophia de Mello Breyner, nos quais estes escritores, tão separados no tempo, descrevem o espaço magnífico que é a Ribeira do Porto.
-
15-04-2010 - Assinatura do Protocolo de Cooperação com a UNESCO
No dia 15 de Abril de 2010 procedeu-se, nos Passos do Conselho da Maia, à assinatura do protocolo que deu origem ao Clube UNESCO da Maia.
Com a participação de mais de 90 associados e simpatizantes e antecedendo a assinatura do protocolo, houve um espaço de alto significado cultural e histórico.
Um excelente momento musical pelo Conservatório de Música da Maia.
Um registo de muito valor da História da Maia designado por: "As Terras da Maia - Percursos".
Uma sinopse das primeiras actividades do CUMA, sobretudo do dia mundial da poesia na Biblioteca Municipal da Maia .
Estes três momentos deram o mote ao que se ia seguir pois constituem o paradigma de um Clube UNESCO.
O protocolo foi assinado pela Dr.ª Anna Paula Ormeche, membro da Comissão Nacional da UNESCO e em representação do Sr. Embaixador Fernando Andresen Guimarães, ausente por problemas de saúde, e pelo presidente do CUMA-Clube UNESCO da Maia, Prof. Dr. Raul da Cunha e Silva.
O Presidente do Clube agradeceu, em primeiro lugar, ao Dr. Sílvio António Matos, Presidente do Clube UNESCO da Cidade do Porto e secretário executivo da Federação Europeia das Associações, Centros e Clubes UNESCO a sua colaboração fundamental para a consecução dos objectivos do clube UNESCO da Maia.
Agradeceu também, à Dr.ª Anna Paula Ormeche e ao Senhor Embaixador que conseguiram aliar as exigências do estatuto de Clube UNESCO a uma simpatia a todos os títulos assinalável.
Recordou a amabilidade do Sr. Presidente da Câmara Municipal da Maia por ter disponibilizado o espaço e apoio logístico que muito estavam a contribuir para o brilho e grandeza da sessão.
Referiu o Sr. Carlos Teixeira, Presidente da Junta da Freguesia da Maia, que, desde o primeiro momento, pôs à disposição do Clube UNESCO da Maia um espaço que temos vindo a utilizar e que será objecto de assinatura de comodato muito em breve.
Mencionou ainda o senhor Vereador da Cultura, Dr. Mário Nuno Neves, sempre disponível para colaborar em tudo o que possa promover os valores culturais da Maia e um grupo de amigos com destaque para o Sr. Mário Silva que, desde o início, impulsionaram e acompanharam o projecto.
Sintetizou a sua intervenção referindo as dificuldades na criação do projecto, a fundação da UNESCO, em 16 de Novembro de 1945, os seus objectivo na educação, na cultura e ciência, o combate ao analfabetismo, a defesa do Património.
Estes serão os grande objectivos do Clube UNESCO da Maia.
Seguidamente usou da palavra o Dr. Sílvio Matos, Presidente do Clube Unesco da Cidade do Porto, que referenciou os grandes ideais da UNESCO e a disposição de colaborar com o clube da Maia. Ofereceu na sua delegação um lugar ao presidente do clube UNESCO da Maia para o congresso de Genebra no próximo mês de Dezembro (Convite gostosamente aceite).
A Dr.ª Anna Paula Ormeche congratulou-se com o nosso clube e revelou estar convencida do seu dinamismo e importância.
Finalmente o senhor Presidente da Câmara Municipal considerou uma mais valia para a Maia o clube UNESCO, e disse que estava disposto a colaborar e pediu uma salva de palmas.
Finalmente o almoço no Egatur . Depois do espírito, o estômago.
Daremos notícias à comunicação social sobre os nossos próximos passos.
Raul da Cunha e Silva
-
20-03-2010 - Dia da Poesia
No dia 20 de Março, a CUMA, Associação Maiata para Cultura da Paz, em parceria com a Biblioteca Municipal da Maia, levou a efeito, nesta, uma Sessão Pública, “Viver Poesia”, celebrando o Dia Mundial da Poesia, a ter lugar no dia seguinte. Entre a numerosa assistência, contavam-se muitos dos seus sócios, familiares e população maiata, que respondeu ao convite feito pelo Presidente da Câmara, Eng.º Bragança Fernandes, o Vereador da Cultura, Dr. Mário Neves e o Presidente da CUMA, Prof. Doutor Raúl Cunha e Silva, divulgado pelos Serviços de marketing da Autarquia e pela imprensa local e nacional.
Dinamizada pelo Prof. Doutor José Esteves Rei, da Universidade de Trás os Montes e Alto Douro, Vila Real, nela foram abordados os temas: a poesia e a comunicação, o mistério da língua e da poesia, ensinar e aprender poesia e a poesia e os homens. Feita a apresentação teórica de cada um deles, em breve e claro desenvolvimento, seguiu-se a leitura de alguns poemas, criteriosamente escolhidos, por uma dezena de associados, para o que se haviam preparado afincadamente nos dias anteriores.
Para além disso, a Sessão contou, ainda, com a participação musical do Dr. Mário Oliveira que brindou a assistência com três bonitas canções, a solo, com músicas da sua autoria e letras de Miguel Torga, António Boto e Fernando Pessoa. Relevante, ainda, foi o acompanhamento à viola da leitura dos poemas, feito pelo Dr. Domingos Mateus. Foi, ainda, solicitada a participação de autores de poemas presentes, tendo respondido o Senhor Manuel. António Gregório.
A parte final da Sessão foi preenchida com o testemunho de figuras públicas sobre o seu relacionamento com a poesia, presente na introdução dos livros, Os Poemas da Minha Vida, editados pelo jornal, Público, em 2005.
Entre elas, contavam-se: Miguel Veiga, para quem “ - A poesia foi-se-me tornado tão necessária como a pão de cada dia”; Diogo Freitas do Amaral que diz “- A poesia não me é estranha, nem nunca foi”; António Lobo Xavier, o qual refere “- Em nossa casa, a poesia fluía constantemente e ainda hoje em família”. Para António Ramalho Eanes, “- A poesia é capaz de recriar o mundo, é uma espécie de brisa fresca”; e Eunice Muñoz, afirma “- Desde os tempos do Conservatório, que leio e digo poesia”.
Soube a pouco, essa hora, passada a “Viver Poesia”. -
19-02-2010 - Concerto na Casa da Música
Porque a música penetra mais fundo na alma humana – segundo Platão – e porque é ponto de encontro de pessoas, ideias e estéticas, um grupo de associados da CUMA- Associação Maiata para a Cultura da Paz assistiu ao concerto “A Primavera”, apresentado pela Orquestra Nacional do Porto, sob a direcção musical de Olari Elts e ao piano Jean-Efflam, na Casa da Música, no dia 19 de Fevereiro de 2010. Depois do espectáculo, alguns associados reuniram-se num dos agradáveis espaços públicos que a Casa da Música oferece aos visitantes, para um momento de confraternização e de troca de ideias sobre o concerto.
-
13 e 14-02-2010 - Visita à Corunha
Um pouco de História
Galiza( latim Gallaecia) deriva da palavra Gal – nome que os romanos usavam para designar um povo indo-europeu da Europa Central.
Há uma forte identidade étnica, linguística, histórica e geográfica entre a Galiza e o Norte de Portugal. Apesar da forte influência do castelhano, nos últimos séculos, a fala da Galiza e do Norte continua a ser o Galaico-Português.
A Corunha (latim corona) é a segunda cidade mais populosa da Galiza. Aí visitámos a Praça Maria Pita, ou Praça Maior, a Torre de Hércules (farol mais antigo do Mundo em funcionamento).Alguns pontos turísticos de destaque:
A Igreja de Santiago foi um ponto turístico de interesse. O seu nome está relacionado com o apóstolo Santiago que, segundo a tradição, está sepultado nesta cidade. A catedral é a mais importante criação do românico espanhol. Nasceu e cresceu devido às peregrinações. Na Idade Média havia três destinos importantes de peregrinação: Jerusalém, Roma e Santiago. O Ano Santo perdoa dívidas e concede outras regalias. Começou a fazer-se de 15 em 15 anos, depois mais frequentemente. Convém recordar a profunda religiosidade desses tempos, a salvação da alma e o papel da Igreja nesse campo. O Papa Calisto II concede o jubileu plenário, nos anos em que a festa do santo é ao domingo. Mediante a comunhão, as esmolas e outros rituais garantia-se o perdão dos pecados. Este facto obrigou multidões a deslocarem-se a Santiago, obrigação tão sentida que se dizia que quem não fosse em vida teria que ir em morto. Antes da partida, as pessoas levavam o bordão, a escarcela, ou a cabacinha. Havia rituais interessantes no fim da jornada e chegados a Santiago, entravam descalços no templo e depositavam as esmolas.
A muralha de Lugo data da segunda metade do século III. A necessidade da sua construção prende-se com as necessidades de defesa, pelo ataque dos bárbaros ao Império Romano e também pela importância estratégica da cidade. Tem um cumprimento de mais de dois quilómetros. Tem 10 portas coma a função de ligar a antiga Lucus e a parte nova.
A 15 de Abril, a muralha de Lugo é declarada Monumento Nacional e em 2000, Património da Humanidade.
A catedral de Lugo é um belo exemplar românico do século XIII. A Igreja possui o privilégio papal da exposição permanente do Santíssimo Sacramento, daí o cálice e a hóstia aparecerem no escudo da cidade.
O dia dos namorados foi também celebrado nesta viagem. Relevam-se as memórias de S. Valentim. (A igreja Católica terá cristianizado as celebrações pagãs da Lupercália). O mês de Fevereiro era o mês oficial do início da Primavera e era considerado um mês de purificação. O dia 14 era dedicado à Deusa Juno, deusa das mulheres e do casamento.
Para comemorar o dia entregámos a todos os veraneantes versinhos de amor, recolha de José Leite de Vasconcelos, de que registamos este exemplo: Coração por coração/ Não deixes d´amar o meu/Sabes cô mê coração/Sempre foi lial ó teu.
Foi uma jornada de alto valor cultural. -
10-02-2010 - Constituição da associação CUMA
-
23-01-2010 - Visita a Aveiro e Ílhavo
Objectivos: Tomar contacto com o património de Aveiro: Museu, casas "Arte Nova", azulejaria e gastronomia;
Visitar o Museu Marítimo de Ílhavo para identificar objectos relacionados com a pesca do bacalhau e com a faina agro-marítima da Ria de Aveiro.Para cumprir estes objectivos visitámos o Museu de Aveiro (Santa Joana Princesa) para admirar, sobretudo, as suas colecções de arte religiosa barroca, mas também escultura e pintura. Admirámos fachadas de edifícios exemplificativos de Arte Nova, nomeadamente a casa Major Pessoa, que visitámos, mas também o edifício da casa dos ovos moles, onde assistimos à sua confecção, a Casa e Edifício do Rossio, o Museu da República e outras. Percorremos a cidade de autocarro, acompanhados por uma guia, que foi chamando a nossa atenção para aspectos arquitectónicos e decorativos, nos quais se inclui a azulejaria, cujo exemplar mais interessante são os painéis da antiga estação de caminho de ferro.
Após o almoço, num restaurante voltado para a Pateira de Fermentelos, ( lagoa natural incluída na Rede Natura 2000, zona de protecção especial e importante zona húmida), visitámos o Museu Marítimo de Ílhavo, testemunho de ligação de Ílhavo ao mar, aos barcos e à pesca. Na parte mais importante do museu, que representa a pesca do bacalhau à linha, estão expostos os diversos compartimentos dos bacalhoeiros, nos quais decorriam as actividades de conservação do bacalhau e o dia-a-dia da tripulação. -
15-12-2009 - Contactos entre a Comissão Instaladora e a UNESCO
-
12-12-2009 - Jantar de Natal
Uma das etapas essenciais para a fundação da Cuma, Associação Maiata para a Cultura da Paz, conditio sine qua non para a assinatura de um protocolo com a Comissão Nacional da UNESCO de que resultaria o Clube UNESCO da Maia, ocorreu em 12 de Dezembro de 2009 no restaurante do Parque da cidade da Maia.
Um grupo de cerca de 75 amigos decidiu fazer a Ceia de Natal, época propícia à reflexão sobre os grandes valores da vida humana e eventual tomada de decisões importantes.
Para além do convívio que sempre existe, quando os amigos se encontram, houve uma parte cultural que consistiu na recitação de poemas de autores portugueses e brasileiros e de quadras singelas dedicadas a alguns participantes.
Eram grandes as perspectivas e os objectivos esperados na área da Educação, da Cultura, da Ciência e da Paz.
Foi neste contexto que o professor Raul da Cunha e Silva anunciou formalmente os passos que já tinham sido dados para a constituição da Cuma, os contactos com a Comissão Nacional da UNESCO e a certeza de que a Maia teria, muito em breve, um clube novo, operativo e dinâmico.
Se todos dessem as mãos, como esperava, começávamos a fazer história nas Terras do Lidador.
Seguiram-se manifestações de profunda alegria e convivialidade.
-
14-11-2009 - Confraternização na Casa da Sá (Romariz)
O primeiro encontro do potencial Clube Unesco da Maia realizou-se, no dia 14 de Novembro de 2009, em Romariz, Duas-Igrejas, Santa Maria da Feira, na Casa da Sá.
O grupo, constituído por 43 pessoas, levou a cabo um Magusto Medieval. Com efeito, a ementa do almoço era constituída, entre outras coisas, por porco assado à moda medieval e por castanhas, para se conhecer, respectivamente, a tradição implementada pela população feirense com a Viagem Medieval e também para se comemorar o São Martinho. A propósito, foi distribuído o texto:
“Era uma vez
um porco
medieval
e montês…”O convívio foi animado com música, canto, dança e adivinhas, bem como com a visualização de um filme dedicado à reflexão sobre a paz.
De realçar que os princípios da UNESCO foram enunciados por um dos elementos do grupo – o professor doutor Raúl da Cunha e Silva – com o objectivo de fomentar no espírito de todos os presentes a futura constituição da CUMA.
Para não faltar ao convívio a vertente cultural, relacionada com as terras que se conheceram, o grupo só almoçou, depois de ter efectuado, durante a manhã, uma visita guiada ao Museu do Convento dos Lóios que se situa em Santa Maria da Feira.
E assim se passou mais um dia de sã convivência onde imperou a boa disposição e o enriquecimento dos nossos conhecimentos interpessoais e culturais.