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Histórico

Ano 2023
27 de janeiro e 3 de fevereiro. Terra da Maia entre os séculos X e XII: da construção do território à organização dos poderes
10 de fevereiro. A Terra da Maia: aproximações à evolução da geoadministrativa do território
24 de fevereiro e 3 de março. A Maia: apontamentos de geografia histórica e contemporânea
8 de Março. Dia mundial da mulher
7 de Abril. Comarca da Maia
22 a 29 de abril. Em torno do Foral da Maia
5 de maio. Aspetos particulares da Maia
12 de maio. O namoro à carreira
26 e 27 de maio. Mogadouro – Terra dos Templários; tradições e valores Patrimoniais.Miranda do Douro - Património
17 de junho. O Mosteiro de Moreira e os 400 anos da sua Igreja
10 de julho. Maia Hoje - Feriado municipal, Festas do Concelho e da Feira do Livro da Maia
Ano 2022
20 de outubro. A nova sede do clube
20-1 de novembro. A água e a origem do mundo A água fonte de vida
8 Dezembro. Vice-Presidente da Câmara Municipal apresenta livro sobre Mulher da Maia
Ano 2020
04-01-2020 - Dia Mundial da Paz - Os conflitos laborais no mundo social
08-02-2020 - Ciclo de Formação CUMA-IGCP 2020
22-02-2020 - Clube UNESCO da Maia vive o Carnaval
29-02-2020 - Dia Internacional da Língua Materna
08-03-2020 - Dia Internacional da Mulher
12-07-2020 - FEIRA DO_LIVRO 2020
20-07-2020 - Almoço Convívio do Clube Unesco da Maia
Ano 2019
12-01-2019 - Conferência O Direito à Paz e sem Guerra                              Redes sociais - Contributo para a Paz
17-01-2019 - Tertúlia sobre Sebastião da Gama
14-02-2019 - Tertúlia no dia dos namorados
23-02-2019 - Evocação da Monarquia do Norte (1919-2019)                       O Conselheiro Luís de Magalhães
02 e 03-03-2019 - Carnaval na CUMA 2019
21-03-2019 - Tertúlia sobre Fernando Campos
29-03-2019 - A Mulher da Maia - da periferia à urbe portuense                       (final do século XIX - início do século XX) no Maia Shopping
07-04-2019 - CUMA participa em Visita d’autor
13-04-2019 - 9º Aniversário do CUMA
11-05-2019 - Visita à Quinta dos Cónegos
12-05-2019 - Visita ao Cemitério de Agramonte
25 e 26-5-2019 - Visita a Montesinho e Bragança
15-06-2019 - Visita a Ovar e Santa Maria da Feira
29-06-2019 - O Barroco na Maia
15-07-2019 - Conferência Nazoni do Porto à Maia
14-09-2019 - Tertúlia poética sobre Sophia de Melo Breyner
21-09-2019 - O Culto Mariano em Portugal
30-09-2019 - Organização Geoadministrativa da Maia
24-10-2019 - Luís de Magalhães, o político e o Homem de Letras
26-10-2019 - Conferência sobre Padre António Vieira
07-12-2019 - Ilustre Maiato: Domingos da Costa
14-12-2019 - Almoço de Natal
Ano 2018
13-01-2018 - Conferência sobre O Dia Mundial da Paz
17-01-2018 - Visita de D. Pio Alves, bispo auxiliar do Porto
20-01-2018 - O Éthos do Direito
10-02-2018 - Quando a Cultura anda de mãos dadas à recreação
24-02-2018 - O Clube UNESCO da Maia e as superstições
24-03-2018 - À descoberta do Património Arquitectónico da Misericórdia do Porto
13-04-2018 - Tertúlia sobre Eugénio de Andrade
21-04-2018 - 8º Aniversário do Clube UNESCO da Maia
17-05-2018 - Abolição da Pena de Morte
09-06-2018 - Conferência sobre António Ventura de Azevedo e Sousa                                De familiar do Santo Ofício a Administrador do Concelho da Maia
30-06-2018 - Brandas e Inverneiras - A vida ao compasso do clima
09-07-2018 - Os artistas da Maia no Porto do Séc. XVIII
29-09-2018 - Sabrosa na peugada de Miguel Torga
29-09-2018 - A Mulher da Maia da periferia à urbe portuense                        (final do século XIX - início século XX)
13 e 14-10-2018 -Participação do Clube UNESCO da Maia no 6º Encontro Nacional dos Centros e Clubes UNESCO – Vila Nova de Foz Côa
20 e 21-10-2018 - Acção de Formação “Programa Educativo GEA – Terra Mãe e os objectivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas”
26-10-2018 - Homenagem a Álvaro do Céu Oliveira
15-12-2018 - Natal 2018
Ano 2017
07-01-2017 - O clube UNESCO da Maia e o dia Mundial da Paz
14-01-2017 - O património cultural num mundo global
03-02-2017 - Conferência do Provedor do Município
25 e 26-02-2017 - A CUMA e o Carnaval
08-03-2017 - Dia Mundial da Mulher
25-03-2017 - Visita Cultural a Santo Tirso
07-04-2017 - Tertúlia Poética
28-04-2017 - Exposição de Pintura dos alunos do Clube UNESCO da Maia
29-04-2017 - 7º aniversário do Clube UNESCO da Maia
21-05-2017 - O espírito da Montanha e os Santuários dos Altos
27-05-2017 - Da Maia a Baião com Eça de Queiroz
17-06-2017 - A mobilidade no concelho da Maia
20-06-2017 - Dia Mundial dos Refugiados
01-07-2017 - Arte Pública na Maia
02-07-2017 - A Mulher Maiata - contributos para a economia familiar
10-07-2017 - O processo da reforma da Igreja em Portugal nos finais da Idade Média
16-09-2017 - Almoço convívio - reinício das atividades
23 e 24-09-2017 - Viagem ao verde Minho
29-09-2017 - A Arte Sacra e os Santeiros da Maia
28-10-2017 - O Clube Unesco da Maia, o espírito da montanha, os santuários e as procissões
18-11-2017 - Os clubes UNESCO da cidade do Porto e da Maia confraternizam no S. Martinho
23-11-2017 - Tertúlia sobre o escritor Mia Couto
16-12-2017 - Almoço de Natal do Club UNESCO da Maia
Ano 2016
16-01-2016 - Dia Mundial da Paz
06 e 07-02-2016 - A CUMA celebra o Carnaval
27-02-2016 - Poetas entre nós
01-04-2016 - Os judeus em Portugal
10 a 17-04-2016 - 44 obras de 7 alunas "da casa"
16-04-2016 - 6º aniversário do Clube UNESCO da Maia
22-04-2016 - Mãe Terra
27-05-2016 - Para além das palavras. Comunicação gestual no dia a dia
29-05-2016 - Aldeias históricas do norte de Portugal                        Viagem a Vila Pouca de Aguiar
03-06-2016 - Homenagem às lavadeiras da Maia
04-06-2016 - 3ª jornada dos caminhos de Santiago
18-06-2016 - Conferência "O Património Mundial da UNESCO em Portugal"
11-07-2016 - Conferência sobre o foral da Maia
15-07-2016 - Conservação da natureza
23-08-2016 - Escravatura, abolida?
09-09-2016 - Visita ao Santuário de Santa Eufémia
16 e 17-09-2016 - 4º Encontro nacional de centros e clubes UNESCO
23-09-2016 - Visita às fontes do Porto
01-10-2016 - Desfolhada tradicional em Guadalupe"
22-10-2016 - Viagem a Vinhais – Feira da Castanha (Rural Castanea)
29-10-2016 - Visita cultural - De Pampelido à Casa de Chá da Boa-Nova
19-11-2016 - Centenário da fundação da Junta Patriótica do Norte
10-12-2016 - Almoço de Natal do Clube UNESCO da Maia
Ano 2015
09-01-2015 - Dia mundial da Paz
24-01-2015 - Visita a Águas Santas
06-02-2015 - Conferência sobre Energia
08-03-2015 - Dia internacional da mulher
28-03-2015 - Visita cultural ao Porto
07-04-2015 - Moinhos abertos na Maia
18-04-2015 - Quinto aniversário do Clube UNESCO da Maia
05 a 08-05-2015 - Visita às Aldeias Históricas de Portugal
22-05-2015 - Clube UNESCO da Maia e Comunicação Humana
30-05-2015 - Dia Mundial da Saúde
06-06-2015 - Conhecer a Maia pelos Caminhos de Santiago
11 a 14-06-2015 - FPACU - Encontro Internacional da UNESCO
27-06-2015 - Visita ao Porto          Percurso "A MAIA E A BURGUESIA PORTUENSE OITOCENTISTA"
12-07-2015 - Apresentação do 3º volume "Memórias de tempos idos"                        de Joaquim Antunes de Azevedo
13-07-2015 - São Rosendo e a Reorganização do Monaquismo no Noroeste                         Hispânico entre os Séculos X e XI
30-08-2015 - Dia da Solidariedade
30-08-2015 - Diversidade Cultural
19-09-2015 - Viagem cultural a Santa Tecla, Baiona e Vigo
17-10-2015 - Apresentação do 3º volume "Memórias de tempos idos"                        de Joaquim Antunes de Azevedo, em Vilar do Pinheiro
24-10-2015 - Conferência "O Legado dos «BRASILEIROS» na paisagem do                        Concelho da Maia: memórias passadas, património presente"
20-11-2015 - Clube UNESCO da Maia celebra o São Martinho
27-11-2015 - Clube UNESCO da Maia e as Superstições
08-12-2015 - Convívio de Natal
11 e 12-12-2015 - 3º Encontro Nacional de Centros e Clubes UNESCO
Ano 2014
10-01-2014 - Os Reis Magos e as Janeiras
25-01-2014 - Visita cultural a Coimbra
21-02-2014 - Dia Internacional da Lingua Materna
28-02-2014 - Visita cultural ao Porto de Nasoni
08-03-2014 - Dia Mundial da Mulher
21-03-2014 - Dia Mundial da Floresta e da Poesia
29-03-2014 - Visita cultural a Celorico de Basto - Rota do Românico
12-04-2014 - 4º aniversário do Clube UNESCO da Maia
10-05-2014 - Dia Mundial da Saúde
17-05-2014 - Visita cultural à Praia da Granja
31-05-2014 - Tertúlia sobre o pão
14-06-2014 - Visita cultural a Esposende
17-06-2014 - Dia Mundial do combate à desertificação
20-06-2014 - Notáveis da Maia - Abílio Augusto Monteiro
15-07-2014 - Memória dos Tempos Idos - P.e Joaquim Antunes de Azevedo                        Notáveis da Maia - D. Paio Mendes da Maia
03-09-2014 - Tomada de Posse dos Corpos Sociais para o biénio 2014-2016
20 e 21-09-2014 - Visita cultural a Montalegre e Boticas
18-10-2014 - Visita cultural a Arouca
25-10-2014 - Maria Peregrina de Sousa
14-11-2014 - S. Martinho, castanhas e vinho
05-12-2014 - Apresentação do 2º volume de "Memórias de Tempos Idos"
13-12-2014 - Convívio de Natal 2014
20-12-2014 - Notáveis da Maia - Mestre Albino José Moreira
Ano 2013
01-01-2013 - Dia Mundial da Paz
09-02-2013 - Carnaval 2013
21-02-2013 - Dia Internacional da Língua Materna
02-03-2013 - Visita à Casa-Museu Biblioteca Ferreira de Castro                        e Parque Molinológico de Ul
05-04-2013 - Dia Mundial dos Moinhos
19-04-2013 - Apresentação do livro Moinhos da Maia
19-04-2013 - 3º aniversário do Clube
03-05-2013 - Dia Mundial da Dança
18-05-2013 - Dia Mundial da Saúde
29-05-2013 - 3ª Palestra Intermunicipal
15-06-2013 - Viagem cultural a Trás-os-Montes
29-06-2013 - Ilustre maiato: Joaquim Antunes de Azevedo
15-07-2013 - Notáveis da Maia - Soeiro Mendes da Maia
07-09-2013 - Notáveis da Maia - Augusto Simões
11-10-2013 - Entrega de prémios Literário e Artes Plásticas
24-10-2013 - Dia internacional da informação sobre o desenvolvimento
08-11-2013 - S. Martinho
15-11-2013 - Dia Internacional da Tolerância
22-11-2013 - Visita cultural à cidade do Porto
22-11-2013 - Visita cultural à cidade do Porto
10-12-2013 - Dia dos direitos humanos
14-12-2013 - Almoço de Natal do Clube UNESCO da Maia
Ano 2012
13-01-2012 - Dia Mundial da Paz
21-01-2012 - Visita ao Museu Soares dos Reis e à Fundação Serralves
27-01-2012 - Notáveis da Maia - Visconde de Barreiros
17-02-2012 - Notáveis da Maia - Joaquim de Vasconcelos e Carolina Michaelis
25-02-2012 - Visita cultural a Vila do Conde
21-03-2012 - Dia Mundial da Poesia
24-03-2012 - Dia Mundial da Água
31-03-2012 - Visita cultural a Braga
14-04-2012 - Caminhos de Santiago nas terras da Maia
18-04-2012 - Dia Internacional dos Monumentos e Sítios
21-04-2012 - 2º aniversário do Clube UNESCO da Maia
27-04-2012 - Notáveis da Maia - Fernando Silva Campos
19-05-2012 - Ano Europeu do Envelhecimento Activo
26-05-2012 - Notáveis da Maia - Augusto Martins
9 e 10-06-2012 - Viagem a Ribadavia e Orense
11-06-2012 - Através de moinhos e açúdes, pelo rio Leça adentro...
30-06-2012 - Notáveis da Maia - Ghilhermina Suggia e Eurico Thomaz de Lima
07-07-2012 - Visita cultural à Foz de Raúl Brandão
09-07-2012 - Notáveis da Maia - Gonçalo Mendes da Maia
08-09-2012 - Visita a Guimarães - Capital Europeia da Cultura
22-09-2012 - Visita cultural a Amarante
28-09-2012 - Notáveis da Maia - Luís de Magalhães
27-10-2012 - Prémios escolares 2012
08-12-2012 - Festa de Natal 2012
Ano 2011
08-01-2011 - Visita ao Mosteiro de Tibães
28 e 29-01-2011 - Primeiro encontro de Clubes e Centros UNESCO de POrtugal
30-01-2011 - Visita à Citânia de Sanfins e Almoço-convívio com a Confraria do Capão de Freamunde. 1º serão cultural: a análise do conto de Miguel Torga: "A Paga"
18-02-2011 - 2º Serão Cultural: análise do conto de Miguel Torga: "Destinos"
21-02-2011 - Dia Internacional da Língua Materna
11-03-2011 - Dia Mundial da Mulher
18-03-2011 - 3º Serão Cultural:                        análise do conto de Miguel Torga: "O alma grande"
26-03-2011 - Visita à Fundação Castro Alves e Museu do ouro
07-04-2011 - Dia Mundial da Saúde
15-04-2011 - 1º aniversário do Clube
14-05-2011 - Maio mês do coração
28 e 29-05-2011 - Visita a Foz Côa e Freixo
02-07-2011 - Convívio em Favões
14-07-2011 - À mesa com Eça de Queirós
09-08-2011 - Dia Internacional dos Povos Indígenas
12-08-2011 - Património Cultural Imaterial
24-09-2011 - Visita Cultural ao Douro Vinhateiro
01-10-2011 - Dia Mundial da Música
08 e 09-10-2011 - Visita Cultural a Cascais e Sintra
21-10-2011 - Entrega dos prémios escolares do concurso literário
11-11-2011 - S. Martinho "com castanhas e vinho"
20-11-2011 - Visita à Casa da Música
03-12-2011 - De Freixo à Maia - Guerra Junqueiro e Luís de Magalhães
03-12-2011 - Visita Cultural a alguns espaços emblemáticos do Porto
10-12-2011 - Luisa Dacosta no almoço de Natal
Ano 2010
23-01-2010 - Visita a Aveiro e Ílhavo
10-02-2010 - Constituição da associação CUMA
13 e 14-02-2010 - Visita à Corunha
19-02-2010 - Concerto na Casa da Música
20-03-2010 - Dia da Poesia
15-04-2010 - Assinatura do Protocolo de Cooperação com a UNESCO
23-04-2010 - Visita ao Porto Romântico
01-05-2010 - Sábado Cultural
01-05-2010 - Assinatura do Contrato de Comodato com a Junta de Freguesia da Maia
28-05-2010 - Rota dos Moinhos
05-06-2010 - Dia Mundial do Ambiente
12-06-2010 - Visita a Penafiel e Marco de Canavezes
04-07-2010 - Apresentação do livro "Na ponta do lápis"
05-07-2010 - Escrita recreativa e lúdica
12-07-2010 - Conferência no encerramento da feira do livro
11-09-2010 - O Clube UNESCO da Maia reconhece espaços e vultos literários do Porto republicano
21-09-2010 - Dia Internacional da Paz
09-10-2010 - Visita de Estudo a Monção e Melgaço
16-10-2010 - Conferência sobre Alimentação e saúde
22-10-2010 - Comemoração do Centenário da República
13-11-2010 - Visita ao Museu de Lamas e comemoração do S. Martinho
11-12-2010 - Clube UNESCO da Maia comemora o 1º Natal
27-12-2010 - Assembleia-Geral Ordinária para aprovação do Plano de Actividades e Orçamento para 2011
Ano 2009
14-11-2009 - Confraternização na Casa da Sá (Romariz)
12-12-2009 - Jantar de Natal
15-12-2009 - Contactos entre a Comissão Instaladora e a UNESCO

22-10-2016 – Viagem a Vinhais – Feira da Castanha (Rural Castanea)

No passado dia 22 de outubro, pelas oito horas da manhã, o Clube UNESCO da Maia iniciou a viagem de 2 dias a Vinhais.

Seguimos pela A4 até Mirandela, pelo que pudemos mais uma vez apreciar essa obra extraordinária de engenharia que é o túnel do Marão, que com os seus cerca de 5,7 km
permite ultrapassar esta montanha em apenas cinco minutos!

Apesar da ameaça de tempo chuvoso, a viagem prosseguiu alegre e bem disposta depois do Prof. Raul Silva ter dado as boas vindas e felicitado os associados da CUMA pelo
interesse manifestado em participarem nesta viagem, lamentando o facto de nem todos os interessados terem podido acompanhar-nos, face à falta de instalações hoteleiras
disponíveis.

Todos se manifestaram deslumbrados com a paisagem que desfilava perante os seus olhos e puderam apreciar os inúmeros soutos com os castanheiros ainda carregados de frutos,
uma vez que a falta chuva no verão atrasou a colheita.

Durante a viagem, a associada Lourdes Graça teceu algumas considerações sobre as terras de Trás-os-Montes, em especial, sobre Vinhais, permitindo aos participantes um
melhor enquadramento do que era esperado.

Na chegada à vila, pudemos apreciar o Maior Assador de Castanhas do Mundo, atribuído pelo Guinness World Records.

                       

Está convenientemente instalado numa rotunda e tem 9,5 metros de altura, cinco de diâmetro e pesa 600 quilos, permitindo assar mil quilos de castanhas ao mesmo tempo.

Depois de instalados no Hotel e findo o almoço, foi efetuada uma visita ao recinto da feira, nomeadamente ao Espaço de Exposição e Venda, onde pudemos apreciar e comprar
os produtos tradicionais do Nordeste Transmontano (fumeiro, queijos, compotas, mel e doces que integravam a castanha na sua confeção).

Foi possível também degustar castanha assada no assador gigante e visitar dois espaços que integravam a Rural Castanea: um Espaço Temático do Castanheiro e um pavilhão
de Exposição de Animais de Raças Autóctones Transmontanas, com excelentes exemplares de porcos da raça bísara.

Do programa, fez parte assistir ás Chegas de Touros de Raça Mirandesa, onde dois corpulentos machos aproximam (“chegam”) as cabeças, que mantêm encostadas para
determinar o mais forte.

             

Pelas 17,30 horas, fomos recebidos pelo Exmº Senhor Presidente da Câmara de Vinhais, Dr. Américo Pereira, no Centro Cultural Solar dos Condes de Vinhais, o qual numa
breve alocução de boas-vindas forneceu alguns dados relativos ao concelho que administra. Assim, pudemos tomar conhecimento que se trata de uma vila portuguesa, pertencente
ao Distrito de Bragança, com cerca de 3000 habitantes. É sede de um município com 694,76 km² de área e mais de 9000 habitantes, subdividido em 26 freguesias.

Em Vinhais, realizam-se duas grandes feiras: a mais conhecida e mais antiga, a do Fumeiro ocorre no 2º fim-de-semana de fevereiro de cada ano e vai já na sua 32ª edição
e a Feira da Castanha cuja 11ª edição estava a decorrer nesse fim-de-semana.

A castanha representa para o concelho a atividade económica mais importante. Cerca de dois terços da produção nacional resultam dos soutos existentes na Terra Fria que
abrange os concelhos de Bragança e Vinhais.

A concluir a audiência,o Professor Raul da Cunha e Silva fez a apresentação do Clube Unesco da Maia com a oferta do segundo volume dos moinhos da Maia.

Foi efectuada a visita ao Solar dos Condes de Vinhais, um monumento setecentista, que exibe na sua fachada todo o dinamismo barroco.,

A Câmara adquiriu-o e recuperou-o instalando nele o Centro Cultural que possui biblioteca, espaço internet, capela, teatro e cafetaria, com uma agenda cultural variada e
diversas exposições temporárias.

Para além do teatro, onde se realizam conferências, festas escolares, teatro e concertos musicais, há também uma sala de exposições onde atualmente se pode apreciar a
divulgação das diversas festas realizadas no concelho sob o título Vinhais – Terra de Mil Diabos, bem como o espólio cedido pelos antigos responsáveis pela exibição de
filmes nesta terra.

À hora do jantar, a associada Adorinda expôs o tema ”A importância da castanha na economia de Vinhais e uma abordagem sumária sobre os pombais e sua influência.

No 2º dia visitámos o Museu de Arte Sacra da Ordem Terceira que integra o conjunto arquitetónico da Igreja de São Francisco e do Seminário dos Missionários Apostólicos
de Vinhais onde apreciámos a coleção de crucifixos e de diversos objetos de arte sacra, bem como a talha e esculturas de santos ali expostas.

Na zona denominada por Castelo, observámos as muralhas medievais à base de xisto, o pelourinho no centro de um largo.

Neste espaço encontra-se o Centro de Interpretação do Parque Natural de Montesinho. que permite por meios audiovisuais, conhecer o património cultural, antropológico e
histórico do concelho de Vinhais, bem como o património natural do Parque Natural de Montesinho (clima, relevo, fauna e flora).

                            
  

Em seguida, a visita continuou no Centro Interpretativo do Porco e do Fumeiro, espaço de excelência, localizado no Solar do Conde Sarmento, e resultante da parceria da
autarquia e da Associação Nacional de Criadores de Suínos de Raça Bísara (ANCSUB), com o apoio técnico da Universidade de Trás-os- Montes e Alto Douro. O Centro é abrangente,
não se dedicando apenas à raça bísara e ao fumeiro local. É feita referência às raças existentes em Portugal, à origem do porco desde o javali, ao fumeiro nacional, e é dada
uma panorâmica geral da importância do sector.

O recurso a elementos expositivos interativos, baseados em tecnologias multimédia, proporciona uma experiência cultural rica e atrativa, permitindo apresentar o porco nos seus
múltiplos aspetos: no espaço rural, na criação, na alimentação, na matança, no fumeiro.

Depois do almoço, iniciamos a viagem de regresso, tendo chegado à Maia por volta das 20 horas, felizes e culturalmente enriquecidos com os inúmeros conhecimentos adquiridos ao
longo da viagem.

Normando Faria

 

 

09-09-2016 – Visita ao Santuário de Santa Eufémia

             
               
  Reinício das actividades do clube Unesco da Maia

No dia 9 de setembro no santuário-capela de Santa Eufémia o nosso clube retomou
oficialmente as suas actividades com dois momentos essenciais:

Conferência sobre o espírito das montanhas, dentro do templo e lanche-convívio no
exterior.

             
               
     A importância das montanhas no contexto cultural

As montanhas são símbolos fundamentais para compreender os diversos modelos e
tradições do pensamento, da cultura e da religião , essenciais para a inteligibilidade do
mundo.

Superstições e, mais tarde, as religiões admitiam que os deuses moravam nas
montanhas tornando-as sagradas, ou seja, hierofanias. Muitas religiões têm a sua
montanha sagrada que faz as vezes do deus Sol (Mythologies des Montagnes, des Forêts
et des Iles, Laro usse. Paris, 1963,pg.130.) No cimo das montanhas dizem os indígenas
norte americanos residem os espíritos protectores (ibid.177).

A montanha expressa a ideia de elevação e de subida. Podemos tomar como modelo o
sonho de Jacob (Génesis 28,11-19) que viu uma escada apoiada na terra, cuja
extremidade tocava o céu e ao longo dela subiam e desciam mensageiros de Deus, ou
seja, uma escada (imaginária) que une a terra ao céu.

Narrativa semelhante encontramos na antiga Caldeia, segundo a qual.” Próximo de
Eridu,
a casa do deus da água, Enki, havia um jardim com uma misteriosa Árvore
Sagrada, a Árvore da Vida, plantada por divindades com raízes profundas, e ramos que
atingiam o céu, protegido por espíritos. Tratava-se da morada dos deuses.”

Também Gilgamesh (o Homem que não queria morrer), Rei de Ur, faz uma longa
viagem à procura de Utanapist i , “o Noé da Suméria”, sobrevivente do Dilúvio,
conhecedor dos segredos da imortalidade e restaurador dos santuários que não foram
destruídos pelo Dilúvio (Tablette 1ª, verso 42),situados nos altos das montanhas que são
lugares sagrados mais próximos do céu onde mora Samash Aí praticam-se rituais em
forma de círculos com tochas fumegantes que fazem lembrar operações mágicas e
exorcismos que proporcionam as boas graça de Samash e afastam as más.

Gilgamesh, subindo ao alto da montanha, lugar sagrado mais próximo do céu, tendo
praticado o ritual mágico-religioso da incubação, pede um sonho que seja promessa de
felicidade (…) l’Épopée de Gilgamesh, trad. Jean Bottéro, Gallimard,1992, pag.99.

Segundo o Génesis,11.1-5 ”Vamos construir uma cidade e no cimo uma torre que
atinja os céus”. Era a torre de Babilónia. Mas Deus pôs-se lá de cima a espreitar, desceu,
viu e confundiu as línguas”.

Os chineses deram grande importância às montanhas às quais ofereciam sacrifícios
solenes. Segundo eles, as montanhas estão próximas do Céu, fazem nascer nos seus
flancos as nuvens transportadoras da chuva. Tornam-se, por isso, sagradas.

O monte Fugi (Património mundial da Unesco) é considerado uma montanha sagrada
por muitas religiões japonesas.
Desde tempos antigos os budistas acreditam que o monte Fugi é a porta de entrada para
um novo mundo, juntamente com o Monte Tate e Monte Haku, que formam as Três
Montanhas Sagradas do Japão.

Machu Pichu ou a velha montanha, cidade perdida dos Incas construída a 2430 metros
no alto de uma montanha. É património mundial da Unesco e uma das sete maravilhas
do mundo moderno. Registar que na zona sagrada onde está o templo do sol tudo estava
preparado para a passagem do deus sol.(Inserir a foto da cidade do texto anterior)

Há, pois uma ligação entre as divindades e as montanhas, seja nas religiões do Próximo
Oriente, seja na Europa ou noutros credos espalhados pelo mundo.

                  
                   
           Montanhas emblemáticas

Recordemos, a título de exemplo, o monte Olimpo, residência oficial dos deuses gregos,
a acrópole (cidade alta) ateniense, as sete colinas de Roma, o Monte do Sinai, onde
Moisés recebeu as Tábuas da Lei (Decálogo),a Montanha onde Jesus pregou um dos
seus mais importantes sermões, o muito célebre sermão da montanha.

O monte Carmelo, o local onde Elias desconcertou os profetas de Baal, levando de
novo o povo de Israel à obediência ao Senhor. (2Reis 1:9-15). Foi também no Monte
Carmelo que Elias fez descer fogo do céu, que consumiu por duas vezes os 50 soldados
que o rei contra si enviara.

O monte Hira perto de Meca em cujas grutas Maomé em 610, recebeu a mensagem do
arcanjo Gabriel e o Corão.

                 
                  
                    Altos bíblicos.

Os lugares altos eram simplesmente locais de adoração em porções elevadas de terra ou
altares levantados sobre terras baixas (como um vale). Os lugares altos foram
originalmente dedicados à adoração de ídolos.

Os judeus encontraram muitos lugares altos dos cananeus que os consideravam espaços
sagrados.

Levítico,26.30 Se não me escutas, ”destruirei os vossos lugares altos, derrubarei os
vossos altares portáteis…”ameaças do Senhor aos judeus incumpridores.

Números.33.52, Como ides passar o Jordão para a terra de Canaã, destruireis todos os
ídolos, todas as estátuas de metal, devastareis todos os seus lugares altos onde se faziam
práticas horrendas, sacrifícios de crianças, prostituição ritual e idolatria.

Deuteronómio 12.2. Destrui todos os santuários em que os povos por vós desalojados,
tiverem prestado culto aos seus deuses nos altos montes, nas colinas e debaixo das
árvores frondosas.

Há aqui uma alusão aos “lugares altos do culto da fertilidade dos cananeus. (lugares
altos eram elevações de terreno, geralmente com vegetação abundante, onde os
cananeus praticavam o seu culto aos deuses. Eram providos de um altar para as oblações
sacrificiais, havia ali estatuetas das divindades adoradas…)

Isaias,16.12 “Havemos de ver Moab afadigar-se por subir aos lugares altos e entrar no
seu santuário para orar mas de nada lhes valerá.”

Jeremias,32.35” E construíram (os filhos de Israel e de Judá) altares a Baal no vale de
Ben-Hinom para aí imolarem os filhos e as filhas em honra de Moloc, coisa que nunca
lhes mandei nem me passou pela mente cometer semelhantes abominações.

1 Reis 11:11 Embora Salomão tenha construído o templo de Deus em Jerusa lém, mais
tarde, ele estabeleceu altos idólatras para as suas mulheres estrangeiras, fora de
Jerusalém e adorou com elas, causando -lhe a perda do reino.

Génesis 12:6-8, Nem todos os lugares altos foram dedicados à adoração de ídolos. Eles
desempenharam um papel importante na adoração israelita e a primeira menção bíblica
de um local de culto, mais tarde chamado de “lugar alto”, encontra-se onde Abrão
edificou altares ao Senhor em Siquém e Hebron.

Estes santuários muitas vezes incluíam um altar e um objeto sagrado, como um pilar de
pedra ou pedaço de madeira que se identificava, através do seu formato, com o objeto
de adoração (animais, constelações, deusas e deuses da fertilidade.).

Génesis 22:1-2. Abraão construiu um altar na região de Moriá e estava disposto a
sacrificar o seu filho lá (Acredita-se tradicionalmente que este local é o mesmo alto
onde o templo de Jerusalém foi construído).

(Josué 4:20) Josué construiu pilares de pedra, depois de atravessar o Jordão e
considerou este alto um lugar de adoração, porque os israelitas “subiram” da Jordânia
aos terrenos mais elevados.

Os profetas denunciavam os lugares altos com todas as suas práticas

1ºSamuel,8,12-1Contudo, só com o cativeiro da Babilónia as práticas dos lugares altos
ora perseguidas, ora reassumidas, terminaram).

Alguns altos muito especiais: Notre Dame de la Garde em Marselha, Montserrat em
Barcelona, Sameiro, Viso, Senhora da Graça, Senhora da Neves em Sambade, Assunção
em Vila Flor, Senhora da Serra no ponto mais alto da serra de Nogueira, Senhora da Mó
em Arouca, Fátima.

Em boa verdade podemos dizer que em Portugal não há altos de relevo sem uma capela
– santuário frequentemente, mariano.

Um altar celta foi descoberto muito recentemente na capela de Santa Ana no Outeiro
Seco em Chaves. “É um altar monumental, único em Trás-os-Montes e provavelmente
em Portugal” É um achado muito importante sobre o nascimento de Outeiro Seco.

Aliás, “a palavra Outeiro vem do latim clássico ‘altarium’ que quer dizer altar que, por
sua vez, deriva de alto. Assim, alto, altar e outeiro integram a mesma família semântica,
vocábulos conotados com a oração.

Na segunda parte da conferência, intervieram os associados padre joaquim e Lourdes
Graça que, dentro do tempo disponível, abordaram os seguintes itens:

A vida de Santa Eufémia, em várias versões, sobretudo a escrita num pequeno opúsculo do
santuário.

O relato e envolvimento popular desta festa nas zonas envolventes e particularmente nas
Terras da Maia. A este propósito, citou-se um texto de Luís de Magalhães, inserido na obra: “O
Brasileiro Soares” relevando, alguns excertos que falavam na alegria e preparação da merenda,
o envolvimento das raparigas maiatas, “raparigas bonitas, trigueiras, de ancas largas, seio
repolhudo”, os namoricos e todo o espaço sagrado, profanado pelos comes e bebes, “uma
pipa calçada por duas achas, os canjirões que se despejavam nas goelas dos fregueses”, a
quinquilharia com a venda de assobios, cornetas de barro ou anéis de chumbo.

Quase em círculo fechado, a envolver este ambiente mítico, o orbe celestial vai-se tornando
cada vez mais azul, mais intenso, mais sacralizado, pontuado aqui e além de pontinhos
luminosos Entra-se num espaço sagrado. O mesmo sentir de Mirceia Eliade, quando diz: “ A
simples contemplação da abóbada celeste desencadeia já uma experiência religiosa”. Será
também este um mistério dos Santuários da Montanha.

Sobre a arquitetura do santuário, poucos pormenores testemunham o seu passado. A capela
tem sofrido alterações sucessivas, algumas registadas na testeira da porta principal. Os altares,
em barroco tardio, referem a reconstrução dos finais do século XIX.

Sublinhe-se a crença popular nos milagres da santa, perfeitamente testemunhados pela
enorme coleção de ceras, de todas as partes do corpo humano, existentes na capela.

A terminar e no exterior do santuário fizemos um alegre convívio com um lanche suculento.

Raul da Cunha e Silva

 

 

23-08-2016 – Escravatura, abolida?

Artigo publicado no Jornal Maia Hoje a 2 de setembro de 2016

1.- No dia 23 de agosto, a UNESCO comemora o “Dia Internacional para a Memória do Comércio de Escravos e sua Abolição”. Cabe bem nos dias que atravessarmos refletir e agir sobre “Comércio de Escravos” e “Abolição” desse comércio. Estamos neste dia a fazer “memória” de um comércio de homens, mulheres e crianças e lamentamos, pedindo perdão por tais atos indignos na nossa sociedade. Natural que assim seja, nós portugueses que abolimos a escravidão e o comércio de escravos, nem que tenha sido por imposição do nosso aliado de sempre. Que fizemos, em nome de Deus, escravatura e da dura, isso realizamos, sem titubear. Leiam-se as cartas do padre António Vieira digno opositor de toda a escravatura humana e defesa intransigente dos indígenas, e como foi perseguido pela Santa Inquisição. Reis, nobres, religiosos, padres e quando possível pessoas do povo, foram algozes para os índios e populações a quem pertencia a terra, ensinando a obedecer, em nome de princípios de seu próprio bem, subjugando, maltratando e matando, aqueles cujo único crime fosse tentar não ser tão escravos. Um povo que submete outros povos, só pode ser um povo submisso.

2.- A memória continua, porém, a fazer-se sobre o “comércio de escravos” e a “abolição” que está a muitas léguas de ser cumprida. Se é verdade quem em muitos pontos desta Terra Azul se continuam a comercializar pessoas, obedecendo a ditames dos senhores do dinheiro e da guerra, também o é a existência de novas formas de escravatura. Desde logo a escravatura cultural, dramática e ofuscante, por que não se vê, ou a escravatura económica, ou mesmo a social. Existe escravatura, como antigamente, e como, agora, arranjamos forma de a cobrir com mantos de cores estrangulantes. Escravizamos o outro sempre que não reconhecemos nele, um nós, um não-eu, e o tratamos como um eu. Uma maneira encoberta de escravizar: no trabalho, na escola, na saúde, na educação, na formação, no mais elementar da vida humana.

3.- Mas existe a escravatura ambiental, a forma como tratamos a Terra Mãe, aquela que tudo nos dá para vivermos, e de onde delapidamos o que nos apetece. A Natureza está a ser escravizada, assim como o fazemos aos nossos irmãos não-humanos. A fúria humana para viver duma forma de lauto banquete, embrutece as consciências, e não reconhece a terra. Escravizamos quem nos fornece a vida e o ser ontológico, incompreensivelmente. Onde estão as estações do ano? Este é um pecado estrutural, pecado original originante, a que todos submetemos, sem sequer nos preocuparmos com o devir. Está longe o dia em que falemos da “abolição” da escravatura, por que esta existe sobre outras formas. Dia 23 de agosto, dia em que nos fará muito bem refletir sobre estas coisas.

Joaquim Armindo

 

 

11-07-2016 – Conferência sobre o foral da Maia

No dia 11 de junho, aquando das festas do concelho da Maia e perante uma assistência de 60 pessoas, o professor doutor Luís Carlos Amaral, como já vem sendo hábito,
nesta altura, fez, desta vez, uma abordagem do foral da Maia.

                        

O conferencista contextualizou o documento dentro da política foraleira manuelina que, se por um lado pretende confirmar a existência jurídica e regulamentar os direitos
e deveres das populações, por outro lado, pretende fortalecer a autoridade real, cerceando poderes locais e centralizando poderes municipais que acabavam por consolidar a
supremacia do rei. Nesse sentido, sublinhou o papel de Fernão de Pena nesta questão dos forais.

Recordou a particularidade de foral da Maia, um documento extremamente curioso, pela elencagem das localidades que pertenciam à Maia, mas também pela pormenorização de
determinados foros que levam a concluir das atividades desse tempo. O Foral da Maia data de 15 de dezembro de 1519 e insere-se na designação de forais novos, dados por D. Manuel.

Recordou a extensão das terras na Maia, os conflitos das populações próximas do mar com o donatário, Pêro da Cunha, a propósito dos impostos exigidos aos lavradores que
pretendiam tirar o sargaço para estrumarem as terras.

Falou ainda do Mosteiro de Vairão, ao tempo pertencente às terras da Maia, sua importância económica e a função social e a importância que o foral lhe consagra.

Concluiu afirmando que a comemoração do 6º aniversário (2016) será altura de um estudo mais aprofundado do documento.

Houve várias questões postas pela assistência, o que muito animou a conferência.

A apresentação do orador e do tema esteve a cargo de Lourdes Graça. Por fim, o presidente do Clube, Raul da Cunha e Silva encerrou os trabalhos agradecendo ao orador o
brilho e a eloquência da sua comunicação e também aos associados e amigos do clube Unesco da Maia que respondem muito bem aos eventos programados.

Lourdes da Cunha e Silva

 

 

29-05-2016 – Aldeias históricas do norte de Portugal

                       Viagem a Vila Pouca de Aguiar

Eram quase oito e meia da manhã do passado dia 29 quando o autocarro iniciou a marcha com destino a Tresminas. Nele seguia um grupo sedento de saber e pertencente à C.U.M.A. presidido pelo
ilustre Professor Raul Silva.

A curiosidade era grande e as expectativas maiores ainda pois iríamos à “terra do ouro”.

Seguindo a A4 foi-nos dado, experimentar o túnel recentemente inaugurado e que nos permite ultrapassar o Marão em cinco minutos!

Apesar da chuva havia a compensação da deslumbrante paisagem que desfilava perante os nossos olhos.

E a viagem prosseguia depois do Prof Raul ter proferido uma breve peroração e um dos “viajantes” tecido algumas considerações ao “reino maravilhoso” Trás – os – montes – assim designado por Miguel Torga.

Chegados a Vila Pouca de Aguiar juntou-se-nos uma guia que seguiu connosco até ao local do destino.

Começámos por ver as “Cortas”, lugares donde o ouro era retirado, a céu aberto e bastante profundos. Tudo isto exigia trabalho braçal sobretudo escravo em quantidade para arrancar esses
pedregulhos para
depois de tratamento adequado, ultrapassados múltiplas tarefas, se chegava ao produto final, o ouro escravo

                        

Também as galerias por onde se escoavam os escombros fonte residual do metal precioso e que foram visitadas deparando com grande quantidade de morcegos, hoje os residentes desses lugares ancestrais.

Descemos à povoação de Trêsminas onde nos foi servido um lauto almoço com a particularidade de vir para a mesa um “ensopado de cogumelos” que a todos surpreendeu pelo seu agradável sabor.

Deixámos a “Tasca” e passámos ao Centro Interpretativo onde visualizámos pormenores alusivos ao tema tendo até tido a oportunidade de “mexer” em réplicas de instrumentos utilizados na extracção do metal amarelo.

                        

No regresso ainda tivemos oportunidade de visitar o museu cujo espólio catalogado nos forneceu mais informação do mundo Aguiarense.

Pela A7 viemos até à Maia havendo ainda lugar a um pequeno espaço poético para gáudio das gentes.

Já passava das dezanove horas quando aconteceram as despedidas e debandada geral com comentários altamente positivos ao dia que se encaminhava para o final.

Jaime

 

 

27-05-2016 – Para além das palavras. Comunicação gestual no dia a dia

No passado sábado, dia 21 de Maio, a CUMA – Clube Unesco da Maia realizou, no salão nobre da Junta de Freguesia da Maia, uma sessão subordinada ao tema : PARA LÁ DAS PALAVRAS.A Linguagem Não-verbal.
Foi orador Miguel Ângelo Rodrigues, Provedor dos Munícipes da Maia e membro do Clube Unesco da Maia.

                        

Perante uma significativa plateia de associados, Miguel Ângelo Rodrigues dissertou sobre as diversas formas de comunicação gestual e corporal que fazem parte do nosso dia-a-dia, no domínio
da Paralinguagem, da Cinésia e da Proxémica.

Assim a Cinésia estuda a linguagem corporal, gestos, expressões faciais e visuais que exprimem uma linguagem universal, como afirma Paul Ekman, professor na Universidade da Califórnia.
Este cientista que fez estudos em partes longínquas como Argentina, Japão ou Papua/ Nova Guiné concluiu que os seres humanos, embora diferentes uns dos outros na sua morfologia, são idênticos
no modo como expressam as suas emoções : felicidade, tristeza, repulsa, surpresa , medo, desprezo, etc.

A Paralinguagem ocupa-se da forma ” como dizemos ” e que, muitas vezes, vale mais do que o conteúdo das palavras: o tom de voz, ritmo, pausas, sonoridade, silêncios, etc. Através da
vocalização transmitimos diferentes emoções e estados de alma. Empregar o tom de voz adequado a cada circunstância, é um poderoso instrumento de comunicação.

Por sua vez, na Proxémica, estuda-se a gestão do espaço que ” exigimos ” na proximidade dos outros e em relação aos objetos. Este espaço é determinado por valores culturais e etários,
mas todos temos necessidade de uma ” zona privada ” e reagimos, comunicando sentimentos, quando é violada.

Na realidade, a Linguagem Corporal é uma forma de comunicação não-verbal que abrange gestos, posturas, expressões faciais, o movimento dos olhos, o tom de voz a apresentação visual e a
proximidade física entre interlocutores.

Para melhor se perceber a importância desta Linguagem, basta citar o investigador americano Ray Birwistell que num estudo recente concluiu que 55% da mensagem é linguagem corporal,
38% é paralinguagem e apenas 7% da comunicação é feita pela palavra . Este processo de comunicação feito através de expressões faciais, gestos, olhos, postura corporal, vocalização e
sonoridade é mais expressiva e mais sincera contrariando, muitas vezes, o que se está a dizer por palavras.

Para o orador, Miguel Ângelo Rodrigues, o nosso corpo é um verdadeiro tratado de comunicação. Não é possível não comunicar. Mesmo no silêncio mais profundo, ou numa atitude introspetiva
estamos a comunicar. O conhecimento desta linguagem que está PARA ALÉM DAS PALAVRAS é fundamental para uma boa comunicação interativa, no nosso dia a dia, em que todos somos emissores e recetores.

Com a ” lição ” bem preparada e através de múltiplos exemplos e imagens, o Provedor dos Munícipes deu uma verdadeira ” aula” de comunicação tendo mantido vivamente interessados e participativos
ao longo de duas horas, os ” alunos ” do Clube Unesco da Maia.

Por fim, o presidente do clube Unesco da Maia agradeceu a competência e o brilho do orador bem com a participação dos presentes.

Miguel Ângelo

 

 

16-04-2016 – 6º aniversário do Clube UNESCO da Maia

No dia 16 de abril, o Clube Unesco da Maia celebrou o seu 6º aniversário. Foi um tempo memorável pelo esforço que temos feito na prossecução dos
objetivos que nos nortearam, aquando da constituição do clube.

Um esforço coletivo de todos e de cada um, pelo que o sucesso obtido é também de cada um dos associados.

O aniversário baseou-se no seguinte programa:

      11.30 Horas – Passagem de um vídeo com o histórico do último ano do Clube;
      12 – Admissão de novos associados;
      13 – Almoço e momentos de comunicação.

Os vinte minutos do histórico de 2015 traduziram de forma fiel todo o trabalho realizado. Um trabalho muito bem estruturado pela Lourdes Graça e Augusto Amaral.

O segundo momento foi a admissão de 7 novos associados que muito vão contribuir para um acréscimo do dinamismo do clube.

Candidatos e respetivos padrinhos assumiram o prazer de entrar num clube que, segundo as suas palavras e as nossas certezas é um grande clube para o qual eles irão dar o seu contributo.

Este momento foi iniciado pela Raquel Lima que tocou “Melodie en miniature” de Armando Ghidoni que lhe havia conferido o 2º lugar num festival infantil.

                        

Cada um recebeu o segundo volume dos “Moinhos da Maia” e o Regulamento Interno do clube.

Das intervenções, gostaria de realçar a comunicação da Dra. Olga Freire, Presidente de Junta da cidade da Maia que, revelando grande conhecimento dos
nossos trabalhos, teceu encómios lamentando que a questão da sede não esteja ainda resolvida.

O almoço foi um momento de grande e animado convívio. O protocolo foi dirigido pelo associado Normando Faria e Laura Mora.

                        

Fez-se um momento de silêncio pela partida da associada Maria Estela.

Leram-se textos, declamaram-se poemas, numa aliança bem conseguida entre os prazeres da cultura e os sabores do estômago.

O Clube Unesco da Cidade do Porto, representado pela Ermelinda Pereira, realçou a grande amizade entre os dois clubes e a preocupação pela saúde muito
periclitante do seu presidente, Dr Sívio Matos.

Antes de degustar o bolo de aniversário e cantar as canções próprias do momento, o presidente do clube, baseando-se em passos da Eneida e dos Lusíadas
cantou o longo caminho de seis anos que da Ocidental Praia Lusitana aportou aqui, navegando através de grandes dificuldades para revelar ao mundo os feitos
maravilhosos em boa parte mostrados no início da sessão da manhã. Salientou ainda um passo muito célebre de Cícero ao afirmar:

A amizade encontra semelhantes ou faz semelhantes aqueles que não o eram. E hoje essa identidade é a nossa força.

E foi com este auxílio, incluindo os outros que nunca chegaram, que nos foi possível estar aqui com trabalho feito e muita alegria.

Raul da Cunha e Silva

 

 

06 e 07-02-2016 – A CUMA celebra o Carnaval

A CUMA celebrou o Carnaval num convívio com relevante participação dos associados, nos dias 6 e 7 de Fevereiro, no Inatel de Vila Nova de Cerveira.

Durante a viagem, os objectivos que norteiam o Clube não foram esquecidos. O Presidente, Dr. Raúl da Cunha e Silva explicou as origens e o significado do Carnaval,
um associado leu um poema a propósito do evento e uma associada explanou o tema do Carnaval em Portugal, referindo-se em particular ao Carnaval do Porto, tema ilustrado
com a leitura de textos da obra de Alberto Pimentel, ”O Porto na Berlinda”.

A celebração do Carnaval decorreu com animação e alegria.

                        

No dia 7, antes do almoço, visitámos o Aqua Museu de Vila Nova de Cerveira, instituição que desenvolveu acções “no sentido de aumentar o conhecimento do património
natural e etnográfico, associados ao Rio Minho”.

                        

No Miradouro do Cervo apreciámos a bela paisagem circundante e ficámos a conhecer a “Lenda do Rei – Cervo” e a hipotética relação com o nome da terra.

                        

Depois do almoço, regressámos à Maia e durante o percurso houve intervenções de associados que lembraram poetas ligados à região como Pedro Homem de Mello e
António Correia de Oliveira. Do poeta do Belinho” foi lido o poema “A preguiça”.

Chegámos com vontade de repetir convívios que reforçam os laços de amizade e de cultura.

Artur Baptista