No âmbito das actividades do Clube Unesco da Maia, teve lugar, no dia 14 de fevereiro de 2019, pelas 16h 30m, na sede da antiga Junta de Freguesia da Maia,
uma tertúlia de poesia sobre o amor com a coordenação da associada Aida Araújo Duarte.
Foi uma sessão muito animada em que tanto se referia o amor, como S. Valentim (simbolo dos namorados) e as suas prendas habituais, e Cupido certeiro, prazenteiro
disparando as suas setas em todos os corações de homens e mulheres, tornando-os felizes.
Cada um dos presentes leu poemas de grande beleza em que se cantava o amor em metáforas belas e deliciosas, declarações amorosas tradicionais. A coordenadora,
quando oportuno, comentava os textos, emprestando-lhes mais riqueza e magia.Prometeu e cumpriu a declamação de alguns “poemas mais picantes” para o fim que
suscitaram animado debate entre todos os participantes.
De facto, é lícito concluir que amar e poetar tudo vai de começar.
A terminar a sessão, o professor Raul da Cunha e Silva afirmou que é muito antigo o hábito de fazer tertúlias.
Referiu que já o filósofo Confúcio no século VI antes de Cristo, costumava reunir seus discípulos em tertúlias para falar sobre princípios filosóficos e morais.
Essa prática disseminou-se pelo Ocidente, ganhando a dimensão de palestra literária, reunião de parentes e amigos.
A Grécia antiga não ignorava estas práticas. Os sofistas difundiam as suas doutrinas, via tertúlias e conferências.
A cultura romana também as conhecia. Aliás, na minha opinião, a palavra “Tertúlia” é latina. Provém da gens (família) tulla a que pertencia Marcus Tullius
Cicero (160- 43 a.c.), grande escritor, filósofo e político Quem escrevesse 3 vezes (ter) melhor que Tullius era Tertullius donde Tertuliano(grande bispo
romano160-220.) e Tertúlia.
Parte integrante da tertúlia de carácter amoroso é Cupido um dos principais símbolos do amor e da paixão. Ele é o deus romano do amor representado por um
menino alado com um arco e flecha que dispara em todos os corações como referimos.
Também um sacerdote da época, S.Valentim, desrespeitando um decreto imperial realizava casamentos que o levaram à morte no dia 14 de Fevereiro do ano 269
cuja data deu origem ao dia dos namorados.
Durante esta belíssima sessão cantámos o amor, no dia dos namorados, ou seja, de S. Valentim.
Valeu a pena vivermos esta tertúlia e agora vamos continuar o convívio degustando um saboroso Poto D`Honra.
Raul da Cunha e Silva