Quando os frios apertavam quase aos limites da resistência humana a comunidade habitante nos contrafortes da Peneda/Suajo seguindo ao ritmo do
clima ora vivia, trabalhava, pastoreava nas zonas abrigadas, ora se mudava com armas e bagagens para casas/abrigo onde esperavam que as intempéries
acabassem a fim de prosseguir com os trabalhos inerentes à atividade agrícola e ao pastoreio.
Há certos animais que vimos na visita de estudo que a CUMA levou a efeito no próximo passado 30 de Junho deambulando em pequenos grupos liderados
por um macho, que as gentes chamam de “burras” mas que se trata de cavalos ainda que de pequeno porte e que designamos de “garranos”.
A partida fez-se às oito da manhã para aproveitamento total do dia. Pequena paragem na área de serviço de Barcelos e prossecução da viagem até ao ponto
do norte do território a fim de, no terreno confirmar o que em teoria havia sido focado – o viver das gentes alto-minhotas.
Aqui chegados, os deslumbramento foi total:
Montes que se sucediam com os seus socalcos tratados em alternância com outros mais elevados onde as “casas funcionavam como autênticos abrigos naturais
(cavernas) do tempo imemorial do “troglodita”, todas feitas com grandes lajes de granito e que acompanhavam as paredes até aos telhados e pequenos jane lucos
que mal permitiam “respirar”…
Não faltavam estruturas religiosas – Igreja de peregrinações e romarias onde a existência de anexos para os crentes passantes ou frequentadores dos
festejos ou “turismo de habitação “para os visitantes.
Constatámos que hoje se procede ao repovoamento das zonas mais montanhoso/planálticas com animais de caça para sustento do lobo, da águia-real e
equilíbrio ecológico .
O almoço, servido num restaurante local, satisfez até o mais exigente pois a carne que constituía o prato era de primeiríssima qualidade, bem como
as sobremesas: queijo e marmelada, pudim e gelado…
O regresso aconteceu já a tarde caminhava mas ainda fizemos uma paragem em Monção para uma saltada à feira do “Alvarinho” com prova respectiva.
Chegámos ao ponto de partida – Maia – já passava das dezanove horas com a sensação de uma viagem de estudo interessante e muito proveitosa nos
ensinamentos que recolhemos.
Parabéns à CUMA pela óptima organização na pessoa do Sr. Ramos, ao seu Presidente Prof. Raul da Cunha e Silva e demais “trabalhadores” que permitiram
a concretização de tal iniciativa.
Jaime Gonçalves