O dia mundial da Paz (1 de janeiro) foi criado pelo papa Paulo VI em I967 Também a ONU declarou em 30 de novembro de1981 o dia internacional da paz a celebrar
no dia 12 de setembro. Duas datas, duas entidades, com um tema comum: a Paz no mundo
Subordinada ao tema, o clube Unesco da Maia realizou uma conferência em 4 de janeiro no Salão Nobre da Junta da vila de Moreira da Maia.
A conferencista, Professora Doutora Maria João Machado analisou os conflitos laborais no mundo social, partindo dos tempos primordiais, mais concretamente, do
registo bíblico “comerás o pão com o suor do teu rosto” (Génesis 3,19).
Assim se inicia a epopeia do direito e da obrigação do trabalho.
Segundo a autora, o nome de trabalho deriva de tripalium(do latim vulgar). Significa o aparelho de tortura degradante composto de 3 paus, ou seja, ferramenta
de 3 pernas que imobilizava cavalos e bois para serem ferrados. Era também o nome de um instrumento de tortura contra escravos e presos.
Referiu os vários tipos e metas do trabalho como: Trabalho escravo. Trabalho livre. Trabalho mediante pagamento.
Trabalho medieval. Direito do trabalho na revolução industrial
Grupos sociais em conflito. Rerum novarum. Quadragesimo anno Socialismo utópico. OIT (organização internacional do trabalho). Crises de 70 e de 80. Modelo de
colarinho branco.
Em resumo, a Professora. Dra. Maria João Machado teceu considerações sobre a história do Direito do Trabalho, deixou aos presentes a ideia do que é a relação
de trabalho e a sua regulamentação, assim como a de alguns conceitos ligados a este ramo do saber que marcam a importância das relações laborais e dos conflitos,
mas que devem ser resolvidos em termos equilibrados e sem excessos, tendo por base a pessoa humana, o trabalhador, mas também a organização onde a população ativa
circula e se relaciona no mundo social.
O prof Raul da Cunha e Silva caracterizou a paz (A sua falta) segundo várias ruturas muito graves no mundo de hoje.
Rutura dos valores familiares, laborais, religiosos e globais.
O nosso mundo enfrenta várias crises que põem em sério risco a paz.
Desde logo, os conflitos familiares, seja na área da relação do casal, seja deste com os filhos. O modelo de família que nós conhecemos e tinha como guião:
Ninguém separe o que Deus uniu, ou seja, unidos até à morte está moribundo sendo substituído pela violência familiar com não pequeno número de mortos .
Ora a paz social começa e acaba na família e em cada um dos seus membros.
O mesmo se poderá dizer, salvas as devidas proporções, das crises no mundo laboral.
Por fim e para não alongar muito os problemas da globalização com novas dinâmicas interculturais, linguísticas económicas, de afirmação dos nacionalismos e
religiosas encerrou a sua comunicação.
A concluir o Presidente do CLUBE Unesco da Maia Dr Adalberto Costa afirmou:
O dia 4 de janeiro passou com a realização de mais uma palestra que teve por objeto a discussão do tema genérico da Paz, mas subordinada ao tema “Conflitos
laborais no mundo social pessoal e da globalização.
Tal como tem sido tradição do Plano de Atividades do Clube Unesco da Maia, o dia mundial da Paz não passa despercebido ao labor de atuação do Clube e da
prossecução dos seus objetivos delineados em torno da sua contribuição para: uma mais educação, mais ciência, mais cultura e mais paz … com vista a uma maior
harmonização de interesses e de valores a projetar a sociedade dos homens.
Raul da Cunha e Silva