“A Mulher da Maia. Elites no feminino: a Senhora e a Lavradeira Rica”. Assim se denomina o livro lançado,
este sábado, pelo Clube Unesco da Maia e que diz respeito ao período de final do séc. XIX e início do séc.
XX e que teve apresentação da Vice-Presidente da Câmara Municipal, Emília Santos.
É uma obra que reúne o contributo de 22 autores, na sua grande maioria, membros do Clube UNESCO da Maia, que
deram corpo ao objetivo anunciado aquando da edição do 1.º volume voltado para a temática da mulher e que
passava por aprofundar a problemática da mulher, na sociedade maiata, que se apresenta vasta e
diversificada, abordando as condições económicas e sociais específicas da Senhora e da Lavradeira Rica,
posicionadas, deste modo, no topo da pirâmide social, no lado oposto ao da mulher do campo estudada no 1º
volume.
Este livro foca-se no estudo das microbiografias de oito mulheres nascidas na Maia ou que fizeram das Terras
da Maia a sua terra. São elas Ângela Adelaide de Calheiros e Menezes, Carolina Michaellis de Vasconcelos,
Catarina Justina Bellocq, D. Maria Peregrina de Sousa, Guilhermina Suggia, Maria da Conceição de Lemos
Pereira de Lacerda Sant´Iago Magalhães, Maria Margarida de Oliveira Pinto e Rita de Moura Miranda Magalhães.
A apresentação da obra esteve a cargo da Vice-Presidente da Câmara Municipal da Maia, Emília Santos, que não
esquecendo a biografia daquelas “extraordinárias” Mulheres destacou que o livro “ganha ainda mais relevância
ao oferecer-nos o Contexto Geográfico e Administrativo que faziam da Maia a terra de eleição de vilegiatura
da burguesia portuense, o papel da Mulher e a evolução da sua emancipação à luz do direito e da lei”.
Emília Santos destaca, ainda, os textos dedicados à Mulher da Maia no Contexto Sociopolítico e cultural e que
focam os lugares considerados apropriados, na época. “De caminho, o livro destaca o papel da Senhora e da
Lavradeira Rica na estrutura social, sendo de elogiar o trabalho documental que enriquece os textos”,
concluiu a Vice-Presidente.