“Arte Pública na Maia” foi o tema de mais uma iniciativa que se concretizou, no dia 1 de julho de 2017, pelo Clube UNESCO da Maia.
Conscientes que na Maia existe um património edificado, sob a forma de arte pública, que traduz uma história de gentes e costumes digno de divulgação,
o Clube UNESCO da Maia reuniu, associados e amigos, para um percurso de valorização e divulgação deste mesmo património.
“Também Eu te digo: Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a Minha Igreja…” foram palavras proferidas pelo senhor Presidente do Clube, Professor Doutor
Raúl da Cunha e Silva, relembrando e salientando a importância da pedra na edificação de um património, não só material como imaterial.
Pelas 9.30h, e tendo como ponto de encontro a Câmara Municipal da Maia, deu-se início a esta atividade, com as boas-vindas do senhor Vice-presidente do Clube,
Dr. Adalberto Costa, e com as preciosas e pertinentes intervenções de Mário Aguiar, Daniela Alves e Hélder Barbosa, sobre as personalidade e gentes da Maia,
Cátia da Hora e Silva sobre as obras de arte edificadas e de Ana Almeida com alusão ao tipo e características da pedra usada, foi possível dar a conhecer
alguma da arte pública que existe na freguesia da Cidade da Maia.
Neste percurso, e depois de abordada obra de arte “Os Dados estão lançados”, seguiram-se as visitas a estátuas em homenagem não só a diversas personalidades,
como a Estátua Dr. Vieira de Carvalho, a Estátua Visconde de Barreiros, e a Estátua “O Lidador”, mas também à gente maiata, como a Estátua ao Lavrador da Maia,
a Homenagem a António Santos Leite, o Monumento à Comunidade Maiata e à Árvore de S. Francisco, esta última edificada em propriedade de gentes da Maia
– a família Gramaxo. Também foi visitado o monumento “A Nossa Mãe”, obra de um escultor maiato, José Lamas, criada em 1985. Foram visitadas ainda duas obras
edificadas após os vários Simpósios de Arte, já decorridos nesta cidade, e que traduzem expressões de vida – “O Grito” e “Janela para o Céu”.
Mais uma vez, o Clube UNESCO da Maia se uniu numa agradável e interessante iniciativa, à volta de um património que urge preservar e divulgar.
A concluir, o Presidente do clube, Professor Doutor Raul da Cunha e Silva disse:
“Acabámos de visitar estátuas em homenagem a diversas personalidades e à gente maiata, bem como obras de arte pública edificadas na cidade. Tivemos oportunidade de verificar a sua relevância tendo presente que a sua prática, valor e significado se identificam com a cultura dos povos. As estátuas são representações simbólicas e ou imagéticas de reis, de antepassados muito importantes, de valores ideias e crenças. Neste caso as esculturas são designadas por imagens. De uma maneira geral, a estátua tem como objectivos tornar presentes realidades ausentes mas que importa recordar. Ou seja, aqueles que por obras valerosas se foram de lei da morte libertando, como diz Camões.
É do nosso conhecimento que nem todos os que se dedicam aos outros são constituídos modelos, porque a construção da modelagem é uma operação muito complicada No entanto, a sociedade precisa de ícones.
Terminou agradecendo a todos os associados e amigos, àqueles que ao longo de sete anos vão dando o seu esforço e dedicação para se construir na Maia um grande clube Unesco
Ana Almeida