A evocação do 1º Centenário da Monarquia do Norte foi tema de uma conferência realizada pelo Clube UNESCO da Maia, em parceria com a Junta de Freguesia da
Vila de Moreira, cujo tema: Evocação do 1º centenário da Monarquia do Norte (1919-2019). O Conselheiro Luís de Magalhães.
A palestra foi tratada por quatro associados do Clube. Foi moderador da sessão José Augusto Maia Marques.
Os quatro oradores versaram os seguintes temas:
Lourdes Graça, tratou da Contextualização sociopolítica do País, ao tempo, e percursos de guerra;
os restantes palestrantes abordaram a figura do Conselheiro Luís de Magalhães sobre perspectivas diferentes.
Assim Hélder Quintas expôs o conteúdo político na obra; “A Crise Monarchica”;
José Gabriel procurou perscrutar os objectivos do Conselheiro na obra
“ Perante o Tribunal e a Nação”.
Pedro Pereira deu-nos a conhecer o seu lado de poeta: “Breves Impressões poéticas”. Analisou obras diversas, de que
destacou: “Frota de sonhos”.
A abertura ficou a cargo do Presidente da Junta de Freguesia, Carlos Moreira, e o Presidente do Clube UNESCO da Maia, Adalberto Costa, encerrou a sessão.
Durante a conferência, o legado político, literário e cultural de Luís de Magalhães – que residiu na Quinta do Mosteiro, em Moreira – foi transversal a
todas as intervenções.
De realçar a presença de familiares do Conselheiro que se mostraram agradados pela belíssima palestra, que, a nosso ver, foi também uma homenagem ao Ilustre
Ministro de Paiva Couceiro na “Junta Governativa do reino. “
Lourdes Graça elencou situações políticas sociais e económicas que precederam as incursões da denominada Monarquia do Norte: a crise cerealífera, a lei da separação
do Estado das Igrejas que arrastou atrás de si um grande descontentamento do alto e do baixo clero bem como das gentes rurais, pois a nossa matriz religiosa assim o exigia.
A entrada de Portugal na guerra que segundo Fernando Rosas “, a guerra foi a morte da Primeira República. Ela iria exacerbar os graves problemas e contradições que,
desde o início, atravessaram o novo regime… “ A saída humilhante de Portugal elevou ao descontentamento de todos, particularmente dos militares. Sublinhou
ainda a figura de Sidónio Pais e o afeiçoamento e o renovar da esperança do regresso à Monarquia.
Particularizou as lutas civis entre monárquicos e republicanos na Vila de Mirandela; as três batalhas a 2, 9 e 13 de fevereiro. Referiu a presenças de jovens
voluntários a que o governo da República recorria nestas lutas. Analisou um telegrama que anuncia a rendição das forças realistas.
O palestrante Gabriel Gonçalves começou por estabelecer um paralelo entre O Conselheiro Luís de Magalhães e seu pai, José Estêvão.
A seu tempo, o Presidente da Assembleia Geral, Raul da Cunha e Silva realçou o significado da colaboração do clube com a Junta de Freguesia da Vila de Moreira
e o seu crescimento no cumprimento dos objectivos da UNESCO.
Em jeito de conclusão poderemos afirmar com o presidente do clube, Adalberto Costa que uma vez mais o Clube UNESCO da Maia esteve atento aos problemas nacionais.
Regozija-se com os resultados desta conferência, na justa medida em que continua a contribuir para a cultura, para a Ciência Educação da Comunidade e assim participar
na criação do conhecimento.
Lourdes Graça