No dia 17 de junho, no Lar de Nazaré o clube Unesco da Maia realizou uma conferência sobre a mobilidade no concelho da Maia. Os trabalhos iniciaram-se às 17 horas.
Foi orador o dr Adalberto Costa, vice-presidente do clube Unesco da Maia e moderador o associado dr José António.
A mobilidade implica a capacidade de deslocação e tem muito a ver com o território e assume vários meios:
Ferroviário (comboio, metro)
Rodoviário (transportes colectivos, automóvel, moto, bicicleta) e pedonal
Elementos da mobilidade: elevadores, aeroportos, ferrovias, rodovias e naturalmente veículos.
O sistema de transportes é público e privado e cada uma tem o seu lugar.
A mobilidade da Maia não pode ser considerada fora da área metropolitana do Porto.
O centro do concelho é o local onde se anda mais a pé e também o que tem mais transportes.
Os transportes no concelho da Maia se não estão em falta, pelo menos são deficitários em freguesias de fronteira, como Fogosas, S. Pedro Fins, o que determina o
enfraquecimento da mobilidade nestas comunidades. Registe-se ainda a não coordenação entre as operadoras de transportes a operar no concelho.
A qualidade de vida das pessoas, o seu bem-estar, a velocidade da sua circulação no território e a proximidade ao centro de cada um dos seus interesses determinam-se
em grande parte pela mobilidade que lhes é oferecida ou que lhes é permitida.
A deslocação das pessoas é fundamental para a sua realização e formação e é também dado determinante para a economia local e nacional. Por isso a mobilidade é
essencial para as pessoas, para as localidades e para os países
O concelho da Maia se tem infra-estruturas que contribuem para que a mobilidade seja assegurada, não tem meios e instrumentos que a dinamizem, sendo certo que esta
mobilidade não abraça todo o território concelhio de igual modo O centro do concelho da Maia é «vivido», a periferia está afastada dessa «vivência».
É importante para o futuro das comunidades a mobilidade no seu ponto de equilíbrio, mas também que ela se estenda para além do que é politicamente querido, ou seja,
para além do que é estático.
Finda a conferência, a assistência levantou varias questões de que vale a pena relevar a política dos passeios em todas as freguesias da Maia e a consequente
dificuldade de trânsito para os peões.
A encerrar os trabalhos o presidente do clube, Dr Raul da Cunha e Silva agradeceu ao senhor Padre Domingos Jorge a cedência das instalações para a nossa conferência.
Louvou o brilho do conferencista e o papel eficaz do moderador. Não se esqueceu de se congratular com a presença dos associados e amigos pois são eles a essência de uma
organização.
No fim, um muito agradável Porto d´honra contribuiu para continuar a conferência e tornar mais densos os liames entre os sócios.
Raul da Cunha e Silva