No dia 26 de outubro, o Clube UNESCO da Maia, em parceria com a Biblioteca Municipal tratou o tema: “Álvaro do Céu Oliveira – vida e obra.”
Foi o 14º notável da Maia que o clube UNESCO da Maia estudou. Foi um encontro quase familiar, assim o programámos, e sublinhamos com muito carinho a presença dos descendentes do autor: filhas, genros e netos e a esposa: Senhora Dona Maria Helena Gramaxo.
A conferência teve três palestrantes: Manuela Baptista, Jaime Gonçalves e Adalberto Costa.
Foi um momento alto para a cultura da Maia, pois relembrar um ilustre Maiato, com o perfil de Álvaro do Céu Oliveira é um ato de glória e de gratidão.
Foi moderadora da sessão Natércia Cardeano.
“Também a nível local há quem se preste a anotar nos anais do tempo os feitos das pessoas que por isto ou por aquilo se vieram a destacar na sociedade onde viveram inseridos deixando o nome bem visível no livro do tempo lido por todos os interessados.
Foi o que se passou com o nosso póstumo homenageado, Álvaro Do Céu Oliveira.
Pessoa arguta que se apercebeu que certos factos, narrações, acontecimentos ou pessoas deveriam subir ao pedestal da imortalidade vindo a servir de exemplo aos vindouros.
O desfilar perante os nossos olhos da visita da rainha Dª Maria a Terras da Maia com toda a pompa e circunstância onde se deliciou pela primeira vez com lampreia até aos confrontos de ideias entre os “velhos” absolutistas e os defensores do liberalismo, convulsões que desembocarão no regicídio em 1908… As lutas intestinas pela transferência do município do Castelo param Barreiros/picoto/Maia… O anticlericalismo…Uma pessoa que prendeu a atenção do autor foi o Visconde de Barreiros.
Numa época em que o país mais aposta na “exportação” de mão de obra dadas as grandes dificuldades que as famílias portuguesas atravessavam a segunda metade do séc. XIX fo ipródigo nesse movimento migratório.
O Brasil era apontado como o lugar de enriquecimento fácil, daqui essa atração. Claro que a maior porte só não conseguiu os seus intentos como mais se endividou e morreu na miséria-
Alguns, porém alcançavam grande poder, sobretudo económico. Eis O Visconde de Barreiros e a notoriedade pela disponibilidade demonstrada com os investimentos públicos sobretudo a instrução e as escolas.
Conheci o Sr. Álvaro do Céu Oliveira era ele já “balzaquiano”, quando nos cruzámos casualmente no escritório do Prof. Vieira de Carvalho ao tempo Presidente do Município. E trocámos impressões, algumas pois o tempo urgia´, e deu para entender a pessoa interessada que era nas questões da sua terra e na vontade de as levar à estampa para que se não perdessem e pudessem atender aos mais jovens.
Para os seus escritos sempre contou, segundo dizia, com os conselhos do Presidente e do P, Duarte à altura pároco de S. Miguel de Barreiros,, (…)”
Jaime Gonçalves