Artigo publicado no Jornal Maia Hoje
40 associados puderam contemplar a Citânia de Sanfins, monumento nacional a partir de 1946.
Durante a viagem foi referida a distinção entre castro e citânia. Os castros abundam no noroeste peninsular (Minho e Galiza).
Estabeleceram-se pelo século V antes de Cristo e são de origem celta.
Foram em parte destruídos, pelo século III, aquando da vinda dos romanos. O de Sanfins é um dos maiores do noroeste.
In loco a guia forneceu-lhes uma visão satisfatória do que foi a vida nesses tempos. Mostrou o tipo de casas que, como sabemos,
é redondo, as muralhas, a sua finalidade fortemente defensiva, o balneário castrejo para banhos de vapor e água fria, o cemitério cristão medieval.
A visita ao museu mostrou a cultura celta e a romana que se distinguem perfeitamente. De salientar as várias mós de moinhos
giratórias movidas por mulheres para a transformação de cereais (milho miúdo, painço bolota, etc.).
Este relato não dispensa uma visita.
No hotel rural do Pinheiro conviveram com a Confraria do Capão, degustaram um opíparo almoço e confraternizaram.
Seguidamente dramatizaram o conto de Miguel Torga: “A Paga, numa demonstração artística dos seus associados, designadamente
das personagens que intervieram na dramatização do conto.
A encerrar a jornada, o prof. Raul da Cunha e Silva analisou a sociologia da narrativa referindo os seguintes pontos:
Valores tradicionais; Lei de Talião e ajuste de contas; namoro e casamento, classes sociais.
Este dia foi muito frutífero para o clube UNESCO da Maia.